segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ovário policístico contribui para depressão

Estudo publicado recentemente pela revista norte-americana ´´Obstetrics & Gynecolog´´ aponta que mulheres com a síndrome de ovários policísticos (SOP) têm muito mais chances de desenvolver depressão do que as demais. Cientistas da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, observaram que independentemente do aumento de peso - um dos sintomas comuns da síndrome - as chances de desenvolver a depressão pode chegar, segundo o estudos, em até 40% a mais nessas pacientes do que na população geral.A equipe liderada pelo pesquisador Anuja Dokras, analisou a realidade de 522 mulheres com a síndrome e outro grupo composto por 475 mulheres saudáveis. No trabalho os pesquisadores constaram que o risco de obter casos de depressão foi de 4,03 vezes mais elevado nas mulheres com a síndrome do que no segundo grupo.Para a médica ginecologista Naura Tonin, de Toledo (Oeste do Estado), que também é pesquisadora na área, o que chama a atenção na análise é a constatação de que a imagem corporal não é necessariamente o único motivo das mulheres apresentarem depressão, o que, segundo ela, se acreditava anteriormente. ´´Uma paciente obesa por conta das alterações hormonais apresenta depressão e outra que não é obesa, mas que também tem a síndrome dos ovários policístico, também tem depressão. Sendo assim, é bem provável que haja alguma característica genética ou neuroendócrina que contribui para essa alteração orgânica. Com certeza, a partir daí, os estudos continuarão a ser feitos para se chegar aos neurotransmissores responsáveis pela depressão´´, diz.Por isso a médica alerta quanto a importância de todas mulheres com ovários policísticos serem avaliadas e acompanhadas para sintomas depressivos que, muitas vezes, podem estar associadas à baixa aderência aos tratamentos propostos. Além disso, elas precisam ficar atentas ao acompanhamento periódico dos índices de colesterol, triglicerídeos e glicemia sob orientação de um médico de sua confiança e serem constantemente incentivadas a desenvolver atividade física e controle alimentar.´´A mulher deprimida não consegue levar o tratamento até o final e na maioria das vezes também não consegue levar uma rotina de vida saudável como a prática de atividade física e alimentação mais saudável. Sendo assim, a partir dessa pesquisa os médicos devem ficar mais atentos ao dignóstico da depressão para pensar num tratamento mais eficaz de acordo com a realidade da paciente´´, finaliza.Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR

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