quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Anfarmag considera precipitada proibição da Anvisa para manipulação da Caralluma

A Anfarmag – Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais – considera precipitada e sem fundamento legal a suspensão de vendas e a proibição para manipulação da Caralluma Fimbriatta determinada pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. As farmácias atendem á regulamentação sanitária, adquirem insumos de fornecedores qualificados mediante documentação de regularidade junto aos órgãos reguladores e só utiliza matérias primas acompanhadas de Certificados de Qualidade do fabricante e distribuidor. Além disso, conforme a regulamentação sanitária os próprios estabelecimentos realizam análises de insumos, além de fazer uma análise em laboratórios externos. Estes distribuidores autorizados pela ANVISA distribuem insumos sintéticos, fitoterápicos e nutracêuticos seguindo suas regulamentações específicas. E mais: nas farmácias de manipulação este nutracêutico é dispensado com a devida orientação farmacêutica. Para a entidade, a decisão da ANVISA resulta de pressão feita por programa de uma emissora de TV de grande audiência que mostrou a dificuldade do trabalho da vigilância sanitária com o produto industrializado Divine Chen. A Caralluma estava anexada à história sem relação de nexo. A entidade vai adotar as medidas cabíveis para defender o interesse de seus associados, correspondente a 2/3 das 7.800 farmácias magistrais do país. ANFARMAG

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cientistas testam remédio para tosse à base de chocolate

A teobromina encontrada no chocolate ajuda a combater a tosse
Pesquisadores britânicos afirmam que um componente químico presente no chocolate poderá ser transformado em um remédio para a tosse persistente em breve.
O remédio, que contém teobromina - um ingrediente encontrado no cacao e no chocolate - está em fase final de testes.
Os cientistas dizem que a droga pode estar no mercado dentro de dois anos.
A tosse é considerada persistente quando dura mais do que suas semanas.
Os remédios mais utilizados no combate a este tipo de tosse são opiáceos como xaropes que contêm codeína, um narcótico.
No entanto, a Agência Reguladora de Remédios e Produtos Medicinais (MHRA) do país disse que menores de 18 anos não podem ingerir remédios com este ingrediente.
Vantagens
Segundo os pesquisadores, o tratamento com teobromina não terá o mesmo problema.
E como o composto não tem sabor, o remédio também poderá ser ingerido por quem não gosta de chocolate.
Acredita-se que a teobromina inibe o estímulo involuntário do nervo vago, uma das principais causas da tosse persistente.
A droga, chamada de BC1036, está sendo desenvolvida pela empresa privada britânica SEEK.
Estima-se que todos os anos cerca de 7,5 milhões de pessoas sofram de tosse persistente na Grã-Bretanha. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
FONTE: ESTADÃO ONLINE

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ANVISA PROIBE CARALLUMA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai intensificar o alerta à população sobre os riscos de consumir produtos de origem e efeitos desconhecidos que são comercializados sob a alegação de promover o emagrecimento.A Anvisa informa que até o momento nenhum produto que contenha em sua composição a Caralluma Fimbriata encontra-se regularizado no país, tendo em vista que não há qualquer comprovação em relação à sua segurança e eficácia.Por essa razão, uma resolução da Agência publicada nesta terça-feira (21/12) no Diário Oficial da União suspendeu a importação da Caralluma Fimbriata, além da sua fabricação, distribuição, manipulação, comércio e o uso em todo o território nacional.A medida de suspensão de uso da Caralluma Fimbriata é diretamente dirigida à população, a quem a Anvisa recomenda que abandone o consumo desse produto, cuja composição não foi analisada pela Agência e que, por isso, são desconhecidos os efeitos adversos que podem trazer à saúde humana.A primeira ação da Anvisa em relação às falsas alegações do produto de propriedades relacionadas a emagrecimento foi tomada no dia 3 de maio deste ano, com a publicação da Resolução RE 1992/2010, que proibia a propaganda de insumos anunciados como “naturais” e com propriedade capazes de acelerar a perda de peso, entre eles a Caralluma Fimbriata.A resolução desta terça-feira da Anvisa amplia o que previa a RE 1992/2010 porque permite que, a partir de sua publicação, as equipes das vigilâncias sanitárias dos estados e dos municípios possam ir aos estabelecimentos comerciais e às farmácias para retirar o produto da prateleira.Nesta visita de fiscalização, as formulações que contêm Caralluma Fimbriata serão isoladas pelos fiscais em embalagens que ficam lacradas até que a Agência conclua o processo administrativo sobre a presença dessa substância no mercado brasileiro.Confira a resolução na íntegra.
Imprensa - Anvisa

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Substituir refeições por shakes não ajuda adolescentes a emagrecer

Adolescentes que substituem as refeições por shakes e entradas industrializadas podem até emagrecer nos primeiros meses da dieta, mas a perda de peso não é mantida depois de um ano, segundo uma pesquisa publicada no periódico "Obesity".
Os pesquisadores do Children's Hospital da Filadélfia (EUA) dividiram 113 adolescentes obesos e suas famílias em três grupos e os submeteram a uma das dietas propostas durante um ano.
Um dos grupos seguiu um regime de baixa caloria considerado padrão, com 1.300 a 1.500 calorias por dia. No outro, os participantes substituíram as refeições por três doses diárias de shakes, uma entrada industrializada (uma barra de cereal, por exemplo) e cinco porções de frutas e legumes durante quatro meses e, nos oito meses seguintes, seguiram uma dieta de baixa caloria. O terceiro grupo fez as substituições durante um ano inteiro.
Depois de quatro meses, os integrantes dos grupos que fizeram as substituições tinham reduzido seu IMC (índice de massa corpórea) em 6,3%, em comparação à perda de 3,8% dos adolescentes da dieta padrão.
Mas, após um ano, não houve diferença estatística significativa da perda de peso entre os três grupos. A redução do IMC do grupo que fez a dieta de baixa caloria foi de 2,8%, nos participantes que fizeram a substituição e a dieta, 3,9%, e no grupo que fez apenas a substituição, 3,4%.
FONTE: FOLHA ONLINE

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Consumo de açúcar está acima do recomendado em todas classes de renda

Do total de calorias dos alimentos adquiridos para consumo nos lares brasileiros, 16,4% vêm dos chamados açúcares livres, ou seja, o açúcar adicionado aos alimentos durante seu processamento ou consumo. O percentual está acima do limite de 10% recomendado por nutricionistas o excesso é fator de risco para doenças como diabetes.
Consumo de açúcar entre brasileiros de todas as classes está acima do limite de 10% recomendado por nutricionistas
O consumo de gordura saturada, a mais perigosa para a saúde cardiovascular, também se aproxima do máximo de 10% recomendado. Na média nacional, está em 8,3%, mas já chega a 10,6% entre os membros de famílias com renda superior a R$ 6.225,00. Os dados são da pesquisa "Avaliação nutricional da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil", divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Como boa notícia, o estudo trouxe a informação de que o consumo de proteínas está adequado (entre 10% e 15% das calorias totais) em todas as faixas de renda --e mais da metade delas são de origem animal, que têm maior valor biológico.
Em média, a disponibilidade de calorias por pessoa nos domicílios foi de 1.611 kcal por dia em 2009, ante 1.791 kcal por dia em 2003. A redução pode estar relacionada à maior frequência com que a população está comendo fora de casa, já que foram analisados apenas os alimentos adquiridos para consumo no domicílio.
FONTE: FOLHA ONLINE

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Estresse de fim de ano pode prejudicar o coração

A combinação pode ser fatal. Excesso de comida e bebida alcoólica, gastos além da conta, estresse, depressão e a obrigação de parecer feliz no fim de ano podem causar problemas de saúde.
Quem já tem hipertensão, arritmia ou depressão, por exemplo, corre mais risco de sofrer um derrame ou ataque cardíaco como consequência do que os americanos chamam de "holiday heart syndrome" (síndrome de fim de ano), segundo Elias Knobel, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Mas qualquer um pode ter uma síncope nessa época devido ao estresse e à alta descarga de adrenalina.
A lista de problemas de saúde ainda inclui doenças circulatórias, gastrointestinais e insônia.
A "obrigação" de estar bem, aliada às mensagens onipresentes de felicidade geram ansiedade, diz Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da International Stress Management Association.
Segundo pesquisa da associação, feita em 2009 com 678 pessoas de 25 a 50 anos, o estresse individual aumenta 75% e atinge 80% da população no período que vai da última semana de novembro até o fim de dezembro.
Por isso, nos prontos-socorros, há aumento dos casos relacionados a ansiedade e depressão, segundo Daniel Magnoni, diretor de nutrição do Hospital do Coração.
No CVV (Centro de Valorização da Vida), o número de ligações sobe 20% na época.
As fontes de estresse e de piora do quadro de depressão envolvem expectativas não atingidas em relação aos presentes e às festas, sobrecarga de funções e atividades, solidão, frustração e culpa ao fazer um balanço negativo do ano que termina.
As emoções e as recordações do reencontro familiar, positivas ou negativas, também podem ser um gatilho.
Foi o caso de Josefa Luzia Jaqueto, 76. Na véspera de um Natal, ela conta que ficou emocionada com a presença de parentes na festa e a exibição de fotos antigas da família. Momentos depois, uma de suas netas notou que parte de sua boca estava paralisada. Josefa nem tinha percebido que sofrera um AVC (acidente vascular cerebral).
FONTE: FOLHA ONLINE

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Suco de romã pode frear metástase de câncer de próstata

Componentes químicos do suco da romã também poderiam ser usados em outros tipos de câncer
Pesquisadores da Universidade Riverside, da Califórnia, identificaram componentes no suco de romã que podem inibir os movimento de células cancerosas e a metástase do câncer de próstata.
A descoberta, diz Manuela Martins-Green, uma das pesquisadoras, pode ainda ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.
Quando o câncer de próstata reaparece no paciente depois de tratamentos como cirurgia e/ou radiação, geralmente o próximo passo é a supressão do hormônio masculino testosterona, um tratamento que inibe o crescimento das células cancerosas, pois elas precisam do hormônio para crescer.
Mas, com o tempo, o câncer desenvolve formas de resistir também a esse tratamento, se transforma em um câncer muito agressivo e sua metástase ataca a medula óssea, pulmões, nódulos linfáticos e geralmente resulta na morte do paciente.
O laboratório americano aplicou o suco de romã em células de câncer de próstata cultivadas em laboratório que já eram resistentes à testosterona - quanto mais resistente à testosterona uma célula cancerosa é, maior é a sua tendência à metástase.
Os pesquisadores então descobriram que as células tratadas com o suco de romã que não morreram com o tratamento mostraram uma maior adesão, o que significa que menos células se separavam, e também queda na movimentação dessas células.
Em seguida os pesquisadores identificaram os grupos ativos de ingrediente no suco de romã que tiveram impacto molecular na adesão das células e na migração de células cancerosas no câncer de próstata já em estado de metástase.
"Depois de identificá-los, agora podemos modificar os componentes inibidores do câncer no suco de romã para melhorar suas funções e fazer com que eles sejam mais eficazes na prevenção da metástase do câncer de próstata, levando a terapias com remédios mais eficazes", disse Manuela Martins-Green.
Outros tipos de câncer
A pesquisadora afirma que a descoberta pode ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.
"Devido (ao fato de) os genes e proteínas envolvidas no movimento das células de câncer de próstata serem essencialmente os mesmos que os envolvidos no movimento de células em outros tipos de câncer, os mesmos componentes modificados do suco poderão ter um impacto muito mais amplo no tratamento do câncer", afirmou.
Manuela Martins-Green explicou ainda que uma proteína importante produzida na medula óssea leva as células cancerosas a se mover para a medula onde elas poderão formar novos tumores.
"Mostramos que o suco de romã inibe a função dessa proteína e, assim, esse suco tem o potencial de evitar a metástase das células do câncer de próstata para a medula", disse.
Os próximos planos da pesquisadora são fazer testes adicionais em um organismo vivo com câncer de próstata em em fase de metástase para determinar se os mesmos componentes que foram eficazes nas células cultivadas em laboratório poderão evitar a metástase sem efeitos colaterais. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 
FONTE: ESTADÃO ONLINE

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Problemas ósseos ameaçam crianças com sobrepeso

O excesso de peso de crianças e adolescentes, comumente ligado a risco de diabetes e doenças cardíacas, acendeu a luz amarela também entre ortopedistas.Os quilos a mais podem alterar o sistema musculoesquelético, causando dores e elevando o risco de artrose.Segundo o IBGE, cerca de um terço (33,5%) das crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso no país. Já a obesidade atinge 14,3% da população nessa faixa etária."Estamos nos tornando um país cada vez mais gordo e com cada vez mais jovens gordos", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, Anastácio Kotzias Neto. Isso é agravante de problemas ortopédicos.Normalmente, o bebê tem as pernas arqueadas, o que é chamado de geno varo. Perto dos dois anos, a tendência se inverte e o eixo dos joelhos se volta para dentro, no geno valgo. Após alguns anos, ele adquire o alinhamento que terá na vida adulta.A obesidade prejudica esse processo. "Uma criança gordinha afasta as pernas para caminhar, o que pode fazer com que o geno valgo vire um problema", diz Kotzias.A deformidade pode causar dores e desgastar as articulações, predispondo à artrose no futuro.A nutricionista Annie Bello, da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), cita também cifose, lordose e rebaixamento do arco plantar como efeitos do sobrepeso. "São alterações que prejudicam as atividades físicas, o que coloca as crianças num círculo vicioso."Bello, que tem doutorado em fisiopatologia, lembra que a má alimentação também é fator de risco para fraturas. "Muitos trocam leite por refrigerante, queijo por biscoito, almoço por sanduíche e têm baixa ingestão de cálcio e vitamina D, importantes para a saúde óssea."O chefe do Centro de Ortopedia da Criança e do Adolescente do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), Pedro Henrique Mendes, diz que a ocorrência de osteocondrites, em especial no calcâneo (osso do calcanhar), também pode ser agravada pela obesidade.Associada ao impacto repetitivo e caracterizada por uma inflamação conjunta do osso e da cartilagem, a osteocondrite causa dores e pode até levar a criança a mancar. Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Melhor remédio para memória é manter aprendizado ativo

Novos conhecimentos fortalecem as conexões cerebrais e fixam as lembranças
O segredo para uma boa memória está no empenho da pessoa em manter um aprendizado sempre ativo. Segundo um estudo publicado na revista Nature Neuroscience, as conexões cerebrais ficam mais fortes e as lembranças se fixam melhor à medida que se adquire mais conhecimento na prática.
“Ter o controle da situação de aprendizado é um fator muito poderoso para a memória e nós começamos a entender por quê”, salienta Neal Cohen, psicólogo da Universidade de Illinois e coordenador do estudo. “Trechos inteiros do cérebro se conectam quando você explora ativamente o mundo.” Há décadas já se sabe que o hipocampo, localizado na região do cérebro próxima aos ouvidos, desempenha um papel importante na memória. Mas ele não faz esse trabalho sozinho. Grandes conexões neurais o ligam a outras partes da mente, transmitindo as mensagens.
Para descobrir como funcionavam as conexões cerebrais no aprendizado passivo e ativo, voluntários foram submetidos a uma experiência. Foi dado a cada um deles um monitor com objetos dispostos na tela. Pequenas janelas que abriam e fechavam revelavam a localização de cada um. A um primeiro grupo foi dito que eles poderiam estudar as janelas e os objetos como quisessem, abrindo-as e fechando-as como achassem melhor. A um segundo grupo, foi mostrado o vídeo de um outro aluno, ativo, sendo submetido ao teste.
Conclusão - Quando os pesquisadores pediram para os voluntários mostrassem onde estavam os objetos memorizados, o grupo do aprendizado ativo acertou muito mais. Os pesquisadores também identificaram que seus cérebros estavam significaticamente mais ativos do que os dos colegas que haviam aprendido por intermédio do vídeo. Não só o hipocampo funcionava melhor, como outras partes do cérebro também estavam mais sincronizadas.
Mais tarde, os pesquisadores fizeram a mesma simulação com pacientes vítimas de amnésia devido a danos no hipocampo. Nenhum deles obteve vantagem do aprendizado ativo. "Esses dados sugerem que o hipocampo tem um papel não só na formação de novas memórias, mas também nos efeitos benéficos do controle sobre as que já existem", escreveram os pesquisadores.
As novas descobertas desafiam ideias anteriores sobre o papel do hipocampo na aprendizagem, segundo Joel Voss, coautor do estudo. “É uma surpresa que outras regiões do cérebro - que são conhecidas pelo seu envolvimento no planejamento e na estratégia, por exemplo - não possam fazer muito a não ser que interajam com o hipocampo", complementa.
VEJA ONLINE

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Botox pode causar atrofia em músculo, aponta pesquisa

Estudo feito na Universidade de Calgary, Canadá, sugere que o uso prolongado da toxina botulínica pode causar atrofia e perda de força muscular tanto nas regiões próximas quanto nas distantes do local da aplicação.
O levantamento, que será publicado no "Journal of Biomedics", avaliou efeitos de aplicações em 20 coelhos, divididos em quatro grupos.
O grupo submetido ao maior número de doses e por mais tempo (seis meses), apresentou maior atrofia e maior perda de força e de massa musculares.
Estudos anteriores já haviam apontado que a aplicação de botox poderia causar esses mesmos efeitos. Médicos ouvidos pela Folha afirmaram que músculos próximos ao local que recebeu a aplicação podem ser afetados, ainda que isso seja raro.
No entanto, essa é a primeira pesquisa a mostrar que os efeitos podem ocorrer em áreas do corpo distantes daquela que recebeu a injeção.
No estudo com os coelhos, foram observadas atrofia e perda da força muscular nas patas que receberam a toxina e nas que não receberam.
HUMANOS E ANIMAIS
As dosagens aplicadas na pesquisa foram similares às usadas em tratamentos terapêuticos -como em casos de espaticidade, que é uma rigidez excessiva da musculatura, sequela comum em pessoas que tiveram derrame. Essas quantidades costumam ser seis vezes maiores do que as usadas em tratamentos estéticos.
Segundo o fisioterapeuta Rafael Fortuna, autor da pesquisa, os resultados sugerem que podem ocorrer esses efeitos com o uso prolongado da toxina tanto em tratamentos terapêuticos quanto estéticos, já que a substância é a mesma, como ele diz.
Mas, segundo o pesquisador, é difícil prever que os efeitos em humanos sejam exatamente iguais aos observados em animais.
O neurologista Henrique Ballalai Ferraz, do departamento de transtornos do movimento da Academia Brasileira de Neurologia, diz que já se suspeitava da ação à distância da toxina botulínica.
Mas, segundo ele, os resultados da pesquisa só são relevantes para quem utiliza doses muito elevadas da substância, o que é incomum.
Carlos Casagrande, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, concorda.
"São feitas milhares de aplicações estéticas de botox todos os dias e não há relatos desses efeitos sistêmicos, de aplicar numa região e um músculo distante ser paralisado", diz.
Sobre as causas desse efeito, Fortuna diz que há apenas especulações. Uma é que a toxina migra de região pela corrente sanguínea.
"Como o botox é utilizado há relativamente pouco tempo [nos EUA, ele foi aprovado em 1989], há poucos estudos sobre seu uso prolongado", diz o pesquisador. Por isso, ele recomenda "cautela e bom senso" em seu uso.
Fortuna, no entanto, diz acreditar que os efeitos positivos do botox, em especial no uso terapêutico (para problemas como estrabismo, hiper-hidrose e paralisia cerebral), compensam os riscos. FONTE: FOLHA ONLINE

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

CARALLUMA FIMBRIATA

Perca peso para o verão controlando o apetite, aumentado o metabolismo e queimando as gordurasCaralluma Fimbriata é uma planta suculenta encontrada na selva da África, nas Ilhas Canárias, Índia, Arábia, Europa e Afeganistão. Utilizada pelos camponeses na Índia para gerar a sensação de saciedade, suprimindo o apetite durante as longas viagens.Utilizada como supressora do apetite a Caralluma Fimbriata, quando ingerida, inibe o mecanismo sensorial da fome no hipotálamo, aumentado a sensação de saciedade. Com isso, a redução do apetite é de no mínimo 30%, ou seja, com a utilização da Caralluma você irá se satisfazer com uma porção bem menor de alimento nas suas refeições.A Caralluma também aumenta a energia e o metabolismo, além de bloquear a atividade de várias enzimas responsáveis pela formação de gordura, fazendo dessa forma o organismo queimar a gordura armazenada.Estudos sobre a segurança do produto também foram bem sucedidos. Os testes de investigação demonstraram que os efeitos colaterais adversos são bastante reduzidos, diferente de outras substancias utilizadas no controle de peso. Benefícios: - Promove sensação de saciedade diminuindo a vontade de comer. - Reduz o desejo por doces- Aumenta o metabolismo e a energia- Proporciona a queima gordura abdominalUtilização: 1 hora antes do almoço e do jantar. A diminuição do apetite começa em 30 minutos o pico é atingido em uma hora.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Liberdade e doença

Passou quase despercebida a última resolução da Anvisa regulando a venda de antibióticos mediante uma receita especial. Até então valia um receituário normal, que era normalmente seguido pelas farmácias, embora houvesse uma certa liberalidade na sua venda. Nada, aliás, que não pudesse ser resolvido por uma fiscalização. No entanto, em vez de fiscalizar, os órgãos de Estado se comprazem com novas regulamentações, coibindo progressivamente a liberdade do cidadão.No caso, chama particularmente a atenção o fato de que a mencionada liberalidade na venda de antibiótico resultava também de que, muitas vezes, o médico dava orientações por telefone ou o paciente já sabia o que precisava tomar por ser a mera repetição de uma doença. Em todo caso, quem compra antibióticos por própria conta se torna, evidentemente, responsável por sua ação. Algo normal para quem exerce a liberdade de escolha.No entanto, foi agora inventado que há uma nova "superbactéria", que teria nascido da livre compra de antibióticos por cidadãos, que exerceram uma opção própria. Nem uma palavra é dita quanto aos médicos que, por exemplo, em postos de saúde, receitam costumeiramente antibióticos, aliás, junto com cortisona, para cobrir um amplo leque de doenças possíveis. Também nada é dito sobre os ambientes hospitalares, particularmente propícios à proliferação de bactérias. Em vez disso, são as farmácias e as indústrias farmacêuticas que, pelo "lucro", estariam interessadas na livre venda de medicamentos. Sobre o aumento do número de consultas, que favorece os médicos, nada é mencionado. Interesses existem em ambos os lados.A mensagem, contudo, é clara: a liberdade de escolha é a causa da criação de superbactérias!Há, nesse sentido, uma longa história em curso, a história do politicamente correto, que invade cada vez mais o espaço privado dos cidadãos. As restrições quanto à liberdade de fumar entram nessa mesma linha. Não se trata, evidentemente, de defender a ideia de que os fumantes interfiram no direito alheio, dos não fumantes. Trata-se, apenas, de reservar espaços privados para cada um exercer as suas respectivas escolhas, segundo o que cada um estima como o seu próprio "bem" ou "prazer". O Estado não deveria interferir nessa esfera.Ele, no entanto, entra diretamente nessa esfera, ditando ao cidadão o que deve fazer, como se deve comportar, como se fosse um indivíduo irresponsável e dependente desse tipo de orientação. Considerando o nexo causal entre o ato de fumar e o câncer de pulmão, o Estado parte para o banimento progressivo desse tipo de escolha. Cabem, isso sim, informações sobre os efeitos nocivos do cigarro, aliás, estampados no próprio maço. Agora, se o indivíduo, apesar dessas imagens, optar por fumar, exerce propriamente a sua escolha.A mensagem, contudo, é clara: a liberdade de escolha é causa do câncer!Outro caso em curso é a tentativa de coibir a publicidade de bebidas alcoólicas, em especial a cerveja. As restrições não foram ainda impostas, seja pela reação das empresas, seja pelos meios de comunicação, seja ainda pelos cidadãos. A campanha, no entanto, começa com a formação progressiva da opinião pública, para que o Estado possa entrar também nessa seara, vindo a controlar mais esse "bem", esse "prazer", na perspectiva do cidadão.Aqui cabe mencionar um problema específico relativo à publicidade. Os órgãos estatais tendem a não fazer a distinção entre determinar e influenciar. Segundo seus burocratas, a publicidade determinaria completamente o comportamento dos indivíduos, como se estes não fossem seres capazes de discriminação própria. Seriam pessoas irresponsáveis, incapazes de qualquer apreciação racional. Precisariam ser guiadas pelo Estado, que os orientaria como agir. Não se dão - ou não se querem dar - conta de que a publicidade influencia os comportamentos, porém não os determina, não os molda. A influência deixa intacta a capacidade racional de discriminação. Amanhã, com limitações progressivas na publicidade, as próprias empresas de comunicação seriam afetadas, por perda de suas receitas, sendo esta contrabalançada com maior propaganda estatal e, por consequência, com maior dependência política dela derivada.Para que esse caminho seja percorrido, é necessário, preliminarmente, passar duas outras mensagens: A liberdade de escolha causa alcoolismo. A liberdade de escolha é anulada pela publicidade.Outras campanhas já estão em curso. Seus mentores são infatigáveis, verdadeiros agentes do "bem" em sua cruzada pela "saúde" dos cidadãos, embora estes não saibam exatamente do que se trata, pois são incapazes de ver com seus próprios olhos. Campanhas contra determinados alimentos contendo gordura ou sódio podem também vir a ter sua publicidade controlada e - por que também não? - amanhã a sua venda. Não se trata, reitero, de retirar do Estado o dever de informar sobre os malefícios causados por determinados alimentos e a relação entre sua ingestão e certas doenças cardiovasculares. No entanto, se as pessoas, de posse dessa informação, optarem por tais alimentos, a responsabilidade é totalmente delas.A mensagem, contudo, é clara: a liberdade de escolha é causa de doenças cardiovasculares.O epílogo desta história é o seguinte. Considerando que o Estado se arroga a função de controlar o que ele considera como o "bem" do cidadão, considerando que ele despreza a liberdade de escolha, considerando que as pessoas precisam de cuidados - da alma e do corpo -, torna-se necessário que ele, imbuído dessa missão, seja, consequentemente, financiado. Um novo imposto, eufemisticamente chamado de contribuição (para dar a impressão de ser voluntário), deve, então, ser criado. O desfecho é a recriação da CPMF, evidentemente, em nome da "saúde" do cidadão.A mensagem é clara: com a nova CPMF, o Estado vai, enfim, cuidar de você. Logo, pague por esse cuidado especial! Abdique de sua liberdade de escolha! Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO – SP

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quilinhos a mais aumentam risco de morte

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - Uma revisão de estudos envolvendo 1,5 milhão de pessoas trouxe más notícias para quem tem pneuzinhos a mais, ainda que sejam poucos.Apesar de muitas pesquisas ligarem a obesidade a problemas cardíacos, diabetes e câncer, o sobrepeso não tinha esse tipo de associação.Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer americano pode mudar essa percepção do gordinho saudável.Segundo o estudo, publicado ontem no "New England Journal of Medicine", o intervalo mais seguro do índice de massa corporal é de 22,5 a 24,9.O número é calculado dividindo o peso em quilos pela altura ao quadrado, em metros. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um resultado de 25 a 30 significa sobrepeso e mais de 30 é obesidade."Há um pequeno aumento no risco de morte associado ao sobrepeso, cerca de 10% na comparação com quem tem peso normal", afirmou Amy Berrington, líder do estudo, que acompanhou pessoas por períodos de cinco a 28 anos.Pessoas com obesidade mórbida (IMC maior do que 40) têm um risco duas vezes e meia maior de morrer do que outras com peso normal e da mesma idade.Os magros demais também não escapam. Pessoas com índice de massa menor do que 20 tiveram mortalidade maior do que as de peso normal. Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ALFA-CAROTENO X LONGEVIDADE

Coma cenoura. E um pouco da abóbora que sobrou de ontem. Pessoas com altos níveis de alfa-caroteno no sangue --o antioxidante encontrado em frutas e vegetais de cor laranja-- vivem mais e possuem menor probabilidade de morrer de doença cardíaca e câncer do que pessoas com pouca ou nenhuma quantidade de alfa-caroteno no sangue, de acordo com um novo estudo.
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O estudo não prova a relação de causa e efeito, apenas uma associação. Mesmo assim, os resultados são intrigantes. Pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças analisaram níveis de alfa-caroteno em amostras de sangue de mais de 15 mil adultos que participaram de um estudo de acompanhamento da terceira Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição, de 1988 a 1994. Até 2006, os pesquisadores observaram que 3.810 participantes tinham morrido. Os que tinham maiores níveis de alfa-caroteno tiveram maior probabilidade de terem sobrevivido, mesmo depois que os cientistas controlaram variáveis como idade e tabagismo.
As pessoas com maior concentração do antioxidante tinham quase 40% menos probabilidade de terem morrido do que as com concentração menor de alfa-caroteno. Os indivíduos com níveis intermediários tinham probabilidade 27% menor de terem morrido do que aqueles com concentração menor de alfa-caroteno.
"É muito impressionante", disse o epidemiologista Chaoyang Li, principal autor do estudo, que foi publicado online no dia 22 de novembro no "Archives of Internal Medicine". FONTE: FOLHA ONLINE

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

OLIGO-SEA NO EMAGRECIMENTO

OLIGO-SEA

Oligo-sea é rico em cálcio, niacina, vitamina c, oligoelementos, entre eles “glucanos”, que podem estimular o sistema imunológico. Contêm ainda pigmentos, com destaque para fucoxantina com importantes propriedades nutracêuticas, incluindo: melhora da resposta antioxidante, desintoxicação do corpo, controle de peso e tratamento de doença viral.

Mecanismo de Ação
Pesquisadores japoneses demonstraram que a fucoxantina pode causar a perda de peso, de até 10%, em animais experimentais por efeito direto na redução do estoque da gordura abdominal.
A fucoxantina parece estimular as proteínas desacopladoras (UCP1), que causam a oxidação da gordura e sua conversão em energia ou calor-termogênese. A UCP1 parece estar presente no tecido adiposo branco(gordura abdominal) e atua na mitocôndria de uma forma direta promovendo a oxidação de ácidos graxos livres, reduzindo os estoques de tecido adiposo.
A fucoxantina presente no Oligo-Sea é absorvida pelo organismo e transformada em fucoxantinol, desencadeando as seguintes funções:

- Efeito antioxidante e ação antiinflamatória;
- Aumento da síntese de DHA no fígado;
- Efeito antiobesidade através do estímulo à proteína UCP1, na gordura branca;
- Índices glicêmicos normalizados e benefícios sobre o tecido muscular.

Oligo-Sea é também uma excelente fonte de iodo, elemento essencial para a função normal da glândula tireóide. A presença de certos polissacarídeos mal absorvidos, funcionam como fibras e podem ajudar a promover o efeito da sensação de plenitude gástrica ou no hábito intestinal regular. FONTE: LITERATURA DO FABRICANTE

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Excesso de vitamina D pode fazer mal à saúde, aponta estudo

Novos critérios de ingestão diária, divulgados nesta terça-feira, afirmam que não há prova de que doses altas de vitamina D possam prevenir doenças como o câncer, o que pode frustrar os entusiastas dos suplementos.
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A decisão do Insituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos deve baixar a febre pela vitamina D. Os pesquisadores alertam que doses superelevadas podem trazer riscos.
"Mais não é necessariamente melhor", afirmou Joann Manson, da Harvard Medical School, uma das autoras do estudo do instituto.
A maioria das pessoas nos EUA e no Canadá, com idades entre um e 70 anos, precisa consumir até 600 unidades internacionais de vitamina D por dia para se manter saudável, segundo a pesquisa. Pessoas com mais de 70 anos precisam de 800 unidades.
Esse limite fica bem abaixo das 2.000 unidades que alguns cientistas recomendam, com base em estudos que mostram que pessoas com baixos níveis de vitamina D têm mais risco de desenvolver câncer ou doenças cardíacas.
"Isso é surpreendentemente desapontador", afirmou Cedric Garland, da Universidade da Califórnia, em San Diego, que não participou do estudo e afirma que o risco de câncer de cólon seria bem menor em quem consome vitamina D o bastante.
A vitamina D e o cálcio andam juntos e é preciso ingerir o suficiente de ambos para manter ossos fortes. Mas o estudo do Instituto de Medicina concluiu que o possível papel da vitamina em outras doenças ainda não está estabelecido. Algumas pesquisas mostram que a substância pode ter alguma influência, outros mostram até que a vitamina pode ser prejudicial.
Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer dos EUA foi o último a mostrar que a vitamina D não protege contra o câncer e que pode até aumentar o risco de tumor no pâncreas. Doses altas demais (acima de 10 mil unidades ao dia) pode causar danos aos rins.
Manson lembrou também que outros suplementos, como vitaminas C e E e o betacaroteno, além dos comprimidos de reposição hormonal, que já foram apontados como protetores contra câncer e doenças cardíacas, acabaram se mostrando perigosos depois.
Para resolver a questão da vitamina D, a médica vai fazer um estudo com 20 mil americanos para ver se tomar 2.000 unidades de vitamina D protege mesmo contra doenças cardíacas, derrame e alguns tipos de câncer.
Enquanto isso, é difícil consumir 600 unidades de vitamina D comendo normalmente. Uma xícara de leite ou de suco de laranja fortificados com vitamina D tem cerca de cem unidades internacionais. As melhores fontes são os peixes gordos. Algumas porções de salmão podem ser suficientes. Outra boa fonte são os cereais fortificados.
O estudo traz outro dado surpreendente. Ainda que existam pessoas com deficiência de vitamina D, o americano médio tem mais do que o suficiente em sua circulação. Isso acontece porque produzimos vitamina D pela exposição ao sol e porque muitas pessoas já adotaram o hábito de tomar suplementos de vitaminas.
A pesquisa recomenda também a ingestão de mil miligramas de cálcio por dia para adultos, de 700 a mil mg par crianças, e 1.300 mg para adolescentes e mulheres na menopausa. Cálcio em excesso pode causar pedras nos rins, especialmente se a pessoa consome mais do que 2.000 mg por dia. FOLHA ONLINE

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Analgésico é ligado a alergias em crianças

O uso do paracetamol em crianças pode estar ligado ao desenvolvimento de alergias e asma mais tarde em suas vidas, segundo um estudo.
Mas maiores pesquisas são necessárias para esclarecer essa descoberta, e os benefícios do paracetamol para controlar a febre ainda são maiores do que o potencial para o desenvolvimento posterior de alergias, disse Julian Crane, professor da Universidade de Otago, em Wellington, autor do estudo.
"O problema é que o paracetamol é dado livremente às crianças", afirmou.
O relatório, publicado na revista "Alergia Clínica e Experimental", é baseado no Estudo Cohort em Asma e Alergia, da Nova Zelândia, que investigou o uso de paracetamol em 505 crianças na cidade de Christchurch e 914 crianças entre 5 e 6 anos de idade na mesma cidade para ver se desenvolviam sinais de sensibilidade para asma ou alergias.
"A maior descoberta foi que crianças que usam paracetamol antes dos 15 meses de idade (90 %) tinham mais de três vezes maior probabilidade de se tornarem sensíveis a substâncias alérgicas e duas vezes mais probabilidade de desenvolver asma aos 6 anos em relação às crianças que não usam paracetamol", disse Crane, em comunicado.
"No entanto, ainda não sabemos por que isso ocorre. Precisamos de testes clínicos para ver se essas associações são causais ou não, e esclarecer o uso dessa medicação."
Mas as descobertas mostram um risco maior para aqueles com graves sintomas de asma.
Ele disse que na falta de outras opções e estudos confirmando uma ligação causal, o paracetamol deveria continuar sendo usado por enquanto.
"Se eu tivesse um filho com febre, eu lhe daria paracetamol", acrescentou. FONTE: FOLHA ONLINE

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Extrato de Agave substitui o açúcar com menos calorias.

Uma planta de origem mexicana é a nova sensação entre os adeptos dos adoçantes: o Agave, cujo extrato tem se revelado um bom substituto do açúcar. O Agave é uma planta suculenta, usado como matéria-prima para a fabricação da tequila, bebida destilada tradicional no México. Segundo a nutricionista Flávia Morais, o extrato líquido do Agave (como costuma ser vendido) tem coloração amarela clara, odor agradável, textura mais suave que o mel e é rico em frutose, o mesmo tipo de açúcar encontrado nas frutas. Mas quais são as vantagens desse extrato em relação ao açúcar? Nesse comparativo, o agave ganha por ter menos calorias e adoçar mais, sendo indicado para quem quer substituir o açúcar, e até mesmo o adoçante, por uma opção mais saudável. "Ele é melhor que o açúcar, pois não é um alimento refinado, é orgânico, ou seja isento de contaminação química e tem menor índice glicêmico, além de ser digerido mais devagar que o açúcar, portanto não sobrecarrega o pâncreas", explica Flávia. Além disso, não contém glúten, nem lactose. Diabéticos devem ter cuidado! O Agave, apesar de ter menos calorias que o açúcar comum, tem bem mais que os adoçantes, possuindo 33 kcal a cada 20g (contra 77kcal do açúcar refinado e quase zero dos adoçantes sintéticos). Além de ser mais calórico, existem algumas ressalvas para o consumo do Agave: quem sofre com o diabetes não deve consumi-lo. Como tem alto teor de frutose, para os diabéticos ele é tão perigoso quanto o mel. No caso de portadores de diabetes, se a ideia é substituir o adoçante artificial por um natural, a nutricionista Fernanda Machado Soares recomenda a stevia - outro adoçante natural. "Além de ser mais doce que o açúcar, pode ser consumido a vontade por todos", diz a especialista. Como usar o Agave Para usar o Agave como adoçante a nutricionista Flávia Morais recomenda que se substitua uma colher de sopa de açúcar (15g) por uma colher de sobremesa de extrato de agave (10g). O Agave também atua como potencializador de sabor, realçando o sabor de outros ingredientes, como frutas e cereais. Uma dica é amassar a banana ou cozinhar maçãs e peras e adoçar com um fio de extrato de agave. O extrato ainda pode ser usado no dia a dia para adoçar cafés, chás, assim como sobremesas, waffles, pães, panquecas, bolos e outras receitas. Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dieta rica em proteínas é a melhor para perder peso, diz estudo dinamarquês.

Cientistas analisaram a maior pesquisa já feita sobre dieta, em oito países europeus desde 2005.EfeCOPENHAGUE - A melhor maneira para perder peso é fazer uma dieta rica em proteínas, com mais carnes magras, legumes e produtos lácteos de baixo nível de gordura, segundo estudo apresentado nesta quarta-feira, 24, pela Universidade de Copenhague, na Dinamarca.De acordo com publicação da revista científica americana New England Journal of Medicine, deve-se reduzir também o consumo de amidos refinados como pão e arroz branco.A pesquisa recolhe os resultados do maior estudo do mundo sobre dieta, o Projeto Diógenes (Dieta, Obesidade e Genes), realizado desde 2005 em oito países europeus (com 772 famílias, incluindo 938 adultos e 827 crianças), com fundos da União Europeia e dirigido pela Universidade de Copenhague.Os melhores resultados foram obtidos por aqueles que seguiram a dieta rica em proteínas, com um aumento de peso 0,93 quilo menor do que aqueles que tiveram uma alimentação pobre em proteínas.O objetivo era comparar as recomendações dietéticas oficiais na Europa com uma alimentação baseada nos últimos conhecimentos sobre a importância das proteínas e dos carboidratos para regular o apetite."Nosso trabalho alerta que as autoridades recomendem à população a comer mais proteínas para prevenir a obesidade", afirmou Thomas Meinert Larsen, um dos diretores do projeto. Fonte: ESTADÃO ON LINE

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

FABULESS

FABULESS

Fabuless™ é um ingrediente inovador, que afeta a quantidade de tempo que o indivíduo leva para ficar com fome novamente depois de uma refeição, e a quantidade de comida ingerida na próxima.
Os componentes patenteados de Fabuless™ e sua tecnologia são inteiramente naturais. Fabuless™ consiste de um pó emulsionável, fabricado a partir de óleo de palma revestido com galactolipídeos de óleo de aveia. A fração específica de aveia é digerida muito lentamente, permitindo que Fabuless™ penetre profundamente no sistema intestinal. O corpo identifica um nível relativamente alto de gordura não digerida em um estágio tardio do processo digestivo. Desta forma, os sinais de fome que normalmente começariam a ser gerados são suprimidos.
Várias autoridades européias e americanas endossaram produtos que contenham Fabuless™, considerando segura sua combinação de ingredientes alimentares.
Propriedades
Produto 100% natural, derivado de óleos vegetais purificados;
Aciona o mecanismo de controle natural do apetite;
Aumenta a saciedade;
Reduz o apetite e o consumo calórico;
Reduz a circunferência abdominal e a gordura corporal;
Eficaz na redução e manutenção do peso corpóreo;
Efeitosduram de 4 a 8 horas, podendo se estender por mais tempo;
Disponível na forma de pó.
Origem: ALEMANHA
FONTE: LITERATURA DO FABRICANTE

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Tratamento que bloqueia "hormônio da fome" ajuda a controlar peso

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (Maryland), comprovou com sucesso um tratamento que bloqueia o chamado "hormônio da fome" e que, além de controlar o peso, pode ter outros benefícios metabólicos, informou na quinta-feira (18) a revista "Science".
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Brad Barnett e sua equipe do Departamento de Farmacologia e Ciências Moleculares criaram um composto que interfere na grelina, um hormônio produzido principalmente pelo estômago e que, entre outros efeitos nos mamíferos, é responsável pela sensação de fome.
"O aumento contínuo da proporção de indivíduos com excesso de peso na sociedade ocidental ao longo das últimas três décadas se vinculou a um aumento substancial da morbidade, e isto é um grave problema de saúde pública", informou o artigo.
Para enfrentar este problema "estão em andamento intensos esforços para esclarecer as interações de nutrientes e hormônios que contribuem para o aumento de peso", acrescentou.
Estudos anteriores estabeleceram que os níveis desse hormônio de origem natural no sangue são mais baixos imediatamente após a ingestão de comida e aumentam gradualmente durante o jejum.
Além disso, os cientistas determinaram que os níveis de grelina são mais altos nas pessoas magras em comparação com as que sofrem de obesidade.
Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins também sabiam que a grelina só age se for portadora de uma cadeia secundária de um octanoil específico, acrescentado por uma enzima denominada aciltransferasa-O-grelina (GOAT, pela sigla em inglês).
A equipe de Barnett criou, então, um composto de base péptida chamado GO-CoA-Tat, que inibe a GOAT, e o injetou em ratos que eram alimentados com alto conteúdo de gordura.
Depois, observaram as cobaias e comprovaram que o composto melhorava a tolerância à glicose e retardava o aumento de peso sem que reduzisse a quantidade de comida ingerida. De acordo com os pesquisadores, o resultado indica que o composto afeta o metabolismo, ao invés de diminuir o apetite.
O artigo informa que o tratamento requer repetidas injeções de GO-CoA-Tat, ou seja, é pouco provável que seja desenvolvido como um medicamento contra obesidade.
A importância do estudo determina que a GOAT é um resultado potencialmente valioso para o desenvolvimento de esforços futuros para um tratamento contra a obesidade. FOLHA ONLINE

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Testes genéticos detectam doenças ligadas a alimentos

Chegam ao Brasil os primeiros testes genéticos ligados ao campo emergente da nutrigenômica, que estuda como os alimentos interagem com certos genes.
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Os exames detectam a predisposição a três problemas: obesidade, intolerância a lactose e doença celíaca.
A intolerância a lactose é causada pela ausência da enzima que quebra o açúcar do leite. Já a doença celíaca é a intolerância ao glúten.
No caso da obesidade, o teste pode indicar como a pessoa vai responder a dietas, segundo Claudia Moreira, diretora científica da Eocyte, uma das empresas responsáveis pelos testes.
"É uma ferramenta que vai permitir ao médico adaptar o tratamento de acordo com o perfil do paciente", diz.
Em relação a diagnósticos clínicos, o teste é mais preciso. Mas seu uso divide médicos. O presidente da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro, José Augusto Messias, afirma não acreditar que traga benefícios, porque o surgimento das doenças é determinado por outros fatores, não só pela genética.
Já na avaliação de Luiz Vicente Rizzo, diretor do Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein, o teste vale, mas só para a doença celíaca. "Nesse caso, o diagnóstico precoce é fundamental, permite preparos específicos." FOLHA ONLINE

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Concentração no que se faz reduz a infelicidade, diz estudo

Pessoas que divagam em meio a suas atividades sentem-se menos felizes do que pessoas que se concentram no que estão fazendo no momento. E não importa se a divagação é no sentido de um pensamento feliz - as férias, por exemplo - e a atividade, desagradável.
Divulgação/Science
Detalhe da tela do telefone com questão do teste
Essa é a conclusão, publicada na edição desta semana da revista Science, de um estudo conduzido entre mais de 2.000 adultos, que foram consultados via iPhone sobre seus pensamentos e estado de espírito.
"Não descartamos a possibilidade de que algumas situações sejam tão ruins que seria melhor divagar, mas como não vimos evidência desse tipo, nossos dados sugerem que elas são raras", disse o principal autor do trabalho, o psicólogo Matthew A. Killingsworth, da Universidade Harvard.
Para realizar o levantamento, Killingsworth cadastrou voluntários usuários de iPhone, a partir do site http://www.trackyourhappiness.org/. Essas pessoas passaram a receber torpedos três vezes ao dia, perguntando o que estavam fazendo, no que estavam pensando e se se sentiam felizes ou não.
"Nós simplesmente perguntávamos às pessoas se elas estavam pensando 'em alguma outra coisa' diferente do que estavam fazendo, de acordo com suas definições próprias", explica o pesquisador.
Um resultado foi o de que as pessoas passam cerca de metade do tempo em que estão acordadas divagando. "Divagações ocorreram em 46,9% das amostras", escrevem Killingsworth e seu coautor, Daniel T. Gilbert. A menor taxa de divagação foi a medida durante o sexo: 10%. Nas demais atividades, o mínimo encontrado foi de 30%.
A maioria dos voluntários é dos EUA, mas Killingsworth disse que Brasil, Canadá, Reino Unido e Alemanha também tiveram muitos participantes. O levantamento continua, e agora já conta com cerca de 5.000 participantes.
A divagação com pensamentos negativos foi a que trouxe mais infelicidade, mas divagações neutras ou positivas também reduziram a felicidade experimentada, na comparação com a das pessoas que estavam concentradas em suas atividades.
Entre as atividades, a que trouxe mais felicidade aos voluntários foi "fazer amor", seguida de "exercitar-se". As menos felizes são "dormir" e "trabalhar".
O artigo diz ainda que os pensamentos permitem prever o estado de espírito das pessoas melhor que as atividades.
A análise estatística dos dados, dizem os autores, revela que a divagação precede a infelicidade -- e, portanto, que as pessoas não começam a divagar porque estão tristes.
As análises também levaram os autores a concluir que a atividade realizada explica apenas 4,6% da variação de felicidade das pessoas entre dois momentos, e somente 3,2% da variação na comparação com outras pessoas.
Já o que a pessoa está pensando explica 10,8% da variação de um momento para o outro, e 17% da variação de uma pessoa para a outra.
Críticas
A filósofa Olgária Matos classifica a pesquisa como um "fenômeno tipicamente americano". "Faz gráficos, junta pontos e não quer dizer absolutamente nada. É uma tentativa de cientifização do cérebro. Recaída do positivismo na ciência, que volta na figura da neurociência", diz.
Para Olgária, a divagação, ou "mind-wandering" de que a pesquisa fala não pode ser entendida como sinônimo de pensar. "Para pensar você precisa de concentração e imersão no seu objeto de pensamento. O que a pesquisa chama de 'wandering' é a dispersão da contemporaneidade. É fruto da exaustão causada pelo excesso de informação, impossibilita o pensamento."
O psicanalista Jorge Forbes faz críticas ainda mais ácidas à pesquisa, que ele classifica como um "comportamentalismo banal e reducionista"."Acho extremamente preocupante que a revista Science, uma das duas maiores referência mundiais em ciência, publique algo tão medíocre".
O ideal para os autores, afirma Forbes, seria que os seres humanos passassem a agir como animais, ou seja, sem se questionar sobre o que estão fazendo ou deixando de fazer.
"Assim, todos os aspectos criativos vão por água abaixo. É porque o ser humano duvida que ele inventa novas situações. Você nunca verá um congresso de vacas porque elas pensam sempre a mesma coisa."ESTADÃO ONLINE

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Estudo liga consumo de analgésicos durante gravidez a distúrbios reprodutivos

O uso de analgésicos leves --como aspirina, paracetamol e ibuprofeno-- durante a gravidez pode explicar, em parte, o aumento acentuado de distúrbios reprodutivos no sexo masculino nas últimas décadas, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira.
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A pesquisa constatou que as mulheres que tomaram uma combinação de mais de um analgésico leve durante a gravidez tiveram um risco maior de dar à luz filhos com criptorquidia --quando o testículo não desce para a bolsa escrotal.
Esta condição é conhecida por ser um fator de risco para a qualidade do sêmen e maior chance de desenvolver câncer de testículo. O estudo constatou que o risco da doença foi especialmente maior durante o segundo trimestre, entre o quarto e o sexto mês de gravidez.
Pesquisadores da Finlândia, Dinamarca e França, cujo trabalho foi publicado na revista "Human Reproduction", disseram é preciso realizar outros estudos com urgência e que as gestantes devem reconsiderar o uso de analgésicos.
"As mulheres podem tentar reduzir o uso de analgésicos durante a gravidez", disse Henrik Leffers de Rigshospitalet, em Copenhagen, que liderou a pesquisa. "No entanto, como biólogos, não é algo que podemos aconselhar as mulheres. Então, nós recomendamos que elas procurarem seus médicos."
Segundo a equipe de Leffers, mais da metade das grávidas em países ocidentais informou que toma analgésicos leves.
Os médicos da maioria dos países geralmente dizem que as mulheres devem evitar tomar medicamentos durante a gravidez, mas que o paracetamol, o ibuprofeno e o ácido acetilsalicílico são considerados seguros em determinadas condições e momentos.
Pesquisas em países desenvolvidos mostraram que as contagens de esperma caíram cerca de 50% na segunda metade do século passado.
Este estudo analisou dois grupos de mulheres, 834 na Dinamarca e 1.463 na Finlândia, que foram questionadas sobre o uso de medicamentos durante a gravidez.
Os bebês do sexo masculino foram examinados ao nascer para todos os sinais de criptorquidia, que vão desde uma forma leve da condição, na qual o testículo está localizado no alto no escroto, para a forma mais grave, em que o testículo está no alto do abdome.
Os resultados do estudo demonstraram que as mulheres que utilizaram mais de um analgésico ao mesmo tempo tiveram um risco sete vezes maior de dar à luz filhos com algum tipo de criptorquidismo em comparação àquelas que não tomaram nada.
"Embora devemos ser prudentes... o uso de analgésicos leves constitui, de longe, a maior exposição aos desreguladores endócrinos entre as mulheres grávidas", disse Leffers.
Sobre os resultados, Allan Pacey da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, disse que eles eram "um tanto alarmante".
'É interessante notar que os investigadores encontraram uma diferença significativa quando as mulheres usaram analgésicos durante duas semanas ou mais, e que o impacto maior foi quando tomaram durante o segundo trimestre. É evidente que são necessárias mais pesquisas como uma questão de prioridade", afirmou.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Emagrecimento sem mistério

A fórmula mágica para o emagrecimento existe. Basta segui-la à risca e o resultado aparece. O melhor de tudo é que não são necessários sacrifícios gigantescos, extravagâncias gastronômicas ou comportamentais. A grande fórmula para se perder peso, os especialistas afirmam, é alimentação equilibrada combinada com a prática regular de exercícios físicos. Se você não viu nenhuma novidade, é isso mesmo. O caminho está longe de ser um mistério – o difícil mesmo é segui-lo.
"Não há mágica: é necessário se gastar mais energia do que se ingere", observa José Kawazoe Lazzoli, especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME). "Pensemos numa balança de feira, onde colocamos num prato o que ingerimos de energia, por meio dos alimentos, e, no outro, a energia que gastamos para manter o nosso corpo funcionando e também o que é gasto com atividades físicas. Dependendo de qual prato for mais pesado, perdemos ou ganhamos peso."
Um dos erros comuns entre os que não conseguem perder e manter o peso, mesmo após incontáveis dietas, é a busca por soluções fáceis e rápidas, obtidas por meio de alimentação limitada – comer só sopa, ou apenas alface ou nada mais do que shakes diets. O problema dessas dietas muito restritivas – que cortam os alimentos cotidianos, as guloseimas prediletas ou grupos alimentares inteiros, como carboidratos – é que, depois do período de regime, a pessoa vai retomando os velhos hábitos incorretos e, assim, ganha de volta os quilos perdidos. É o conhecido efeito sanfona.
Jejuns. Outro problema são os longos períodos sem alimentação ou quando se "pula" refeições. "Nesse caso, o prejuízo ocorre porque o corpo entende o processo como uma privação de alimentos e, para se poupar, passa a gastar menos energia, diminuindo o metabolismo", afirma a nutricionista Renata Alves. Com isso, além de evitar o emagrecimento, a pessoa pode voltar a recuperar, e até aumentar, o peso. "Porque, no retorno da comida, o organismo retardou o metabolismo com medo de nova escassez, então fica mais fácil de a pessoa voltar a engordar", explica.
Por outro lado, reduções muito rápidas de peso não são saudáveis, pois perde-se massa magra também (muscular e, inclusive, óssea), ao invés de apenas gordura. É importante evitar, ainda, as metas irreais. "As pessoas sempre querem perder mais peso do que necessitam", afirma a endocrinologista Rosana Bento Radominski, professora-doutora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Por isso, é recomendável que um nutricionista ou endocrinologista oriente sobre a quantidade de peso a ser perdida e acompanhe todo o processo de emagrecimento.
A reeducação alimentar é o primeiro passo para quem quer emagrecer com saúde. Comer mais frutas, legumes e verduras; fazer refeições em pequenas porções a cada três horas; tomar bastante água (no mínimo, dois litros por dia); evitar frituras, comidas industrializadas; incorporar cereais integrais – que, por terem mais fibras, aumentam a saciedade. O problema é que muitas pessoas não gostam de comer determinados alimentos, então o desafio parece insuperável.
"A orientação deve ser dentro da realidade do paciente. Se ele é chocólatra, não vou proibi-lo de comer chocolate, mas ensiná-lo a não comer muito de uma vez e a deixar por mais tempo o pedaço na boca", exemplifica a nutricionista Renata Alves. Em sua rotina profissional, ela tem percebido a dificuldade dos pacientes em evitar alimentação industrializada e em combater o sedentarismo. "O mundo está ficando mais obeso, ao mesmo tempo em que se faz mais dieta. A conta não está fechando."
Da mesma forma que a alimentação, a prática regular de exercícios físicos deve se adaptar à rotina pessoal e, principalmente, ser prazerosa. Para quem não gosta de academia e de praticar esportes, uma caminhada de 30 minutos por dia é suficiente. Basta tentar fazer os pequenos trajetos diários a pé (padaria, mercado) e, se a ida para o trabalho é feita de ônibus ou metrô, descer um ponto antes do destino e ir caminhando é uma saída. ESTADÃO ONLINE

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Governos deveriam controlar nível de sal nos alimentos, diz estudo australiano

Governos de todo o mundo deveriam impor controle sobre o conteúdo de sal nos alimentos para combater doenças do coração, em vez de deixar essa incumbência aos produtores de alimentos, afirmam pesquisadores que lideraram um estudo sobre o tema na Austrália.
O estudo, publicado na última terça-feira, 2, na publicação médica britânica Heart, mostrou que, quando as empresas de alimentos controlam o teor de sal, os índices de doenças cardíacas e derrames caem cerca de 1%, mas, quando o governo impõe regras, essas taxas diminuem 18%.
A autodisciplina das pessoas para controlar a ingestão de sódio foi considerada o método menos eficaz, reduzindo doenças cardíacas e enfartes em apenas 0,5%.
Comer muito sal aumenta a pressão arterial e coloca as pessoas em risco de derrames e cardiopatias - doenças crônicas que absorvem a maioria dos recursos destinados à saúde pública.
"Se nós confiarmos nas empresas para que, voluntariamente, diminuam o teor de sal dos produtos, haveria algum benefício, mas os ganhos com reduções obrigatórias seriam 20 vezes maiores", disse Linda Cobiac, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Queensland, na Austrália.
Na Austrália, 94% dos homens e 64% das mulheres comem mais sal que o recomendado, segundo Linda, enquanto um estudo recente mostrou que 9 em cada 10 americanos ingerem muito sal.
"Quando o consumo é tão excessivo, faz sentido que o governo intervenha", afirmou a pesquisadora. "Cortar o teor de sal nos alimentos representa uma economia de custos para o governo a longo prazo", completou. ESTADÃO ONLINE

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Correr uma maratona faz mal ao coração, diz estudo

Correr uma maratona pode machucar o coração, segundo um estudo que acaba de ser apresentado no Congresso Cardiovascular Canadense, que termina amanhã.A pesquisa, da Universidade Laval, no Canadá, examinou 20 corredores amadores saudáveis algumas semanas antes e 48 horas depois de uma prova. Foram feitos testes de esforço, de sangue e ressonância magnética.Os exames mostraram alterações no bombeamento sanguíneo e na oxigenação do coração, além de microlesões e inchaço no órgão.Os piores resultados foram de pessoas com menor índice de absorção de oxigênio pelo teste VO2. Três meses depois, os exames foram repetidos e as alterações tinham desaparecido.O médico canadense Éric Larose, um dos autores do estudo, disse à Folha que, apesar de reversíveis, as mudanças observadas estão associadas à ocorrência de eventos cardiovasculares.Segundo o médico Daniel Arkader Kopiler, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o esforço de uma maratona causa um processo inflamatório reversível, mas preocupante."Há a destruição de células do coração e a liberação de enzimas. Isso pode facilitar o surgimento de lesões."Para o médico Antonio Sergio Tebexreni, professor da Unifesp, em amadores, há uma maior possibilidade de surgirem pequenos coágulos e microlesões no órgão."Quanto maior o preparo físico, melhor vai ser a circulação cardíaca e o aproveitamento. O coração trabalha menos para produzir a mesma quantidade de energia."PARA POUCOS"Correr uma maratona não é como visitar o shopping. Não é para qualquer um", diz o cardiologista Nabil Ghorayeb. Há três anos, ele coordenou um estudo no Instituto Dante Pazzanese que analisou alterações cardíacas em 70 corredores.Os resultados mostraram mudanças fisiológicas. "A recuperação acontece, mas é preciso saber que a modalidade pode causar desidratação, hipertermia, arritimias agudas e até crônicas."Os riscos são maiores em pessoas com doenças cardiovasculares. "Mas a ausência de fator de risco não quer dizer que é permitido", diz. Todos precisam fazer uma avaliação física antes de correr.Também é recomendado fazer um intervalo. "Não é indicado disputar mais de duas maratonas ao ano."Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pílula com estrogênio elevado pode tornar mulher mais ciumenta

Hormônios presentes em algumas medicações para mulheres podem ser responsáveis pela aumento da preocupação com a fidelidade dos parceiros, advertiram pesquisadores na revista "Personality and Individual Differences". Mulheres que tomam anticoncepcionais com níveis altos de estrogênio são mais suscetíveis e poderiam até colocar o relacionamento em risco. A informação foi publicada no site do jornal britânico "Telegraph". Um quarto das mulheres do Reino Unido tomam pílula, entre 16 e 49 anos de idade. O pesquisador Craig Roberts, da Universidade de Stirling, entrevistou 275 mulheres sobre seus sentimentos e o quanto confiavam em seus parceiros em determinadas circunstâncias. As respostas foram comparadas ao tipo de anticoncepcional que cada uma tomava. Enquanto as pílulas com estrogênio elevado mostraram ter mais influência sobre as emoções, aquelas com mais progesterona têm impacto emocional menor. "Parece que as mulheres não estão plenamente conscientes do leque de potenciais efeitos colaterais psicológicos associados ao uso do anticoncepcional. Especificamente, na escolha da marca", disse Craig Fonte: FOLHA ON LINE

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Brasileiro não sabe como prevenir a doença

O brasileiro não conhece bem as causas, o diagnóstico ou as formas de prevenção e tratamento da osteoporose. Isso é o que revela uma pesquisa inédita, encomendada pelo laboratório Novartis, para avaliar o grau de conhecimento sobre a doença.O levantamento ouviu 2.000 pessoas com mais de 18 anos em nove capitais, incluindo portadores de osteoporose e pessoas saudáveis.Os dados mostram que 33% não sabem como prevenir a doença.Embora grande parte saiba que o problema está relacionado à ingestão de cálcio, 78% desconhecem a importância dos exercícios físicos.Apenas a minoria -1%- sabe que o álcool e o cigarro estão relacionados à osteoporose. Além disso, 17% acreditam que o problema não traz riscos à saúde.ESPERADO"De certa forma, o resultado era esperado, porque há desconhecimento até entre os médicos, que acabam transmitindo informações errôneas", diz o ortopedista Márcio Passini, do Hospital das Clínicas de São Paulo e presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.Passini lembra que três em cada quatro pacientes só são diagnosticados depois de uma fratura. "A doença não tem cura, mas o tratamento reduz o risco de fraturas, que é o que queremos."A pesquisa também revelou que 28% dos brasileiros desconhecem o tratamento. Entre os portadores, 17% não seguem nenhuma terapia.Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Colágeno ajuda a prevenir o envelhecimento da pele

Com o passar dos anos nosso organismo começa a apresentar perdas naturais como a baixa de hormônios. O envelhecimento da pele é um processo degenerativo progressivo que surge naturalmente e é resultante de um declínio fisiológico das funções do tecido cutâneo. "O declínio da qualidade do colágeno tem um papel primordial neste processo, resultando em sinais como a flacidez da pele, formação de rugas e prejuízo na renovação celular" explica o farmacêutico bioquímico Carlos Henrique Portes Malatrasi. De forma natural, o colágeno é sintetizado e renovado continuamente por nosso organismo, no entanto, com o decorrer dos anos, sua síntese e renovação vão sofrendo um declínio progressivo, com evidente prejuízo corporal, físico e funcional. "A suplementação alimentar com colágeno hidrolisado é benéfico à saúde, pois é capaz de auxiliar no tratamento de alguns processos patológicos ou mesmo fisiológicos, como o próprio envelhecimento", diz o especialista. Segundo pesquisas, os aminoácidos mais característicos do colágeno são a hidroxiprolina, que juntamente com a glicina e a prolina formam a seqüência predominante da cadeia colagênica, sendo este um fator determinante que contribui para a função estrutural e de sustentação do colágeno no tecido conjuntivo. Para o bioquímico estes aminoácidos são essenciais para a manutenção da estrutura da pele. "Estudos têm demonstrado efeitos positivos de suplementação do colágeno em processos de envelhecimento, cicatrização e até mesmo em tratamentos degenerativos", conclui. Dose recomendada De acordo com pesquisa desenvolvida no Brasil pelo Medcin Instituto da Pele, a ingestão diária de 5g de colágeno hidrolisado constatou, na avaliação subjetiva e clínica, melhora na hidratação e flacidez da pele. Já na análise instrumental, foi identificada melhora de 5,5% na firmeza e 10% na elasticidade facial, além de melhora na hidratação cutânea. Sem dúvida, os benefícios do colágeno hidrolisado no processo de envelhecimento cutâneo são evidentes. Esta importante proteína tem um grande potencial de prevenção e cuidado com a pele, sendo necessário apenas a ingestão diária de 5g. A suplementação de colágeno é essencial a partir dos 25 anos, principalmente para quem deseja retardar o envelhecimento da pele.Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Estudo mostra que maioria das mulheres apresenta sobrepeso na menopausa

Estudo do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) indica que 68% das mulheres chegam na menopausa com sobrepeso ou obesidade. O levantamento mostra ainda que 67% têm problemas relacionados aos sistemas vasomotores a contração e a dilatação dos vasos sanguíneos. A pesquisa constatou que no primeiro atendimento para tratar a menopausa, as mulheres apresentam geralmente hipertensão arterial (44,94%), diabetes (10,01%), e tabagismo (8,39%).
O estudo, um dos mais amplos já realizados no Brasil sobre o tema, revela que a média etária de ocorrência da menopausa no Brasil é de 48,1 anos. O levantamento foi feito com cerca de 6 mil mulheres, em uma investigação que durou 11 anos (entre 1983 e 2004) e foi feita no Setor de Climatério do Hospital das Clínicas.
O levantamento também mostra que a idade da mulher na época em que ocorre a menopausa tem influência significativa sobre os sintomas e as doenças que normalmente aparecem no período: 27,8% das pacientes que tiveram a menopausa entre 41 e 45 anos de idade apresentaram sintomas vasomotores acentuados, contra 18,3% entre aquelas que entraram na menopausa com idade acima de 55 anos.
A professora do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do estudo, Angela Maggio da Fonseca, destaca, por ocasião do Dia Mundial da Menopausa, comemorado nesta segunda (18), que o estudo é uma forma de os médicos conhecerem a fisiologia desse período da mulher. "E possibilita a escolha de um tratamento adequado, melhorando a qualidade de vida de todas elas".
Segundo a professora, nesse período são necessários uma alimentação adequada e exercícios físicos, principalmente a caminhada. "E hoje nós temos os hormônios, tão criticados, mas que são excelentes. O que precisa é ter prudência e dar os hormônios a quem precisa, na dosagem certa, na quantidade e no tempo apropriado", recomenda. FOLHA ONLINE

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Unifesp recruta voluntários para pesquisas sobre chocolate e menopausa

SÃO PAULO - A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está recrutando voluntários para duas pesquisas: uma sobre compulsão por chocolate e outra sobre tratamentos alternativos para menopausa.
Para o primeiro estudo, o Departamento de Psicobiologia precisa de pessoas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 45 anos e que apresentem compulsão por chocolate. O levantamento está focado em um tratamento alternativo, baseado na ingestão de Ômega 3, pelo período mínimo de dois meses.
O interessado deve ter Índice de Massa Corpórea (IMC) dentro da normalidade - de 18 a 25 -, não usar nenhum tipo de medicamento psicoativo (antidepressivos ou antipsicóticos) nem ter doenças psiquiátricas.
Para o segundo trabalho, o Ambulatório do Climatério estuda um tratamento que combata os sintomas da menopausa, com medicamento à base de soja. As voluntárias devem ter entre 40 e 65 anos, atividade sexual regular e queixas sobre o sexo, esquecimento e perda de memória. É necessário que as mulheres apresentem ausência de menstruação por pelo menos um ano e não tenham utilizado nenhum tipo de terapia hormonal nos últimos três meses. ESTADÃO ONLINE

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Consumo de nozes combate o estresse

Comer regularmente uma porção de nozes pode diminuir o aumento da pressão sanguínea causada pelo estresse, diz um novo estudo feito pela Pennsylvania State University, nos Estados Unidos. De acordo com os cientistas, este benefício se deve a presença de ômega-3, gordura insaturada encontrada nas oleaginosas. O estudo observou 22 adultos saldáveis, mas com elevados níveis de colesterol ruim, o LDL. Os participantes foram separados em três grupos, que receberam alimentação diferenciada durante seis semanas. Além disso, as pessoas que participaram da pesquisa foram expostas a situações estressantes duas vezes ao dia, e depois sua pressão sanguínea era medida. Os pesquisadores descobriram que o grupo que consumia em média 18 nozes e óleo de nozes todos os dias tinha o nível de pressão arterial até dois pontos mais baixo do que os outros participantes, inclusive em momentos de estresse. O coração também agradeceAlém disso, os cientistas também descobriram que depois de consumir nozes, os participantes tinham uma dilatação nas artérias e uma reação anti-inflamatória nos vasos sanguíneos, o que pode ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares. A noz é conhecida como uma rica fonte de fibras, antioxidantes, gorduras insaturadas e ômega-3. Essas características, segundo os pesquisadores, favorecem a regulação do peso corporal e o equilíbrio das taxas de colesterol sanguíneo. A oleaginosa também oferece boas doses de selênio, considerado um oligoelemento, já que o organismo precisa de pouca quantidade dele para suprir sua necessidade. O mineral é um antioxidante que atua juntamente com a vitamina E. Entre as funções desempenhadas pelo selênio, destacam-se a participação na síntese de hormônios tireoidianos e o auxílio a enzimas que dependem dele para terem um bom funcionamento. Em outras palavras, ele é essencial para o controle da produção hormonal e para a saúde dos cabelos, pele e visão. Relaxe comendoA noz sozinha pode não dar conta do recado. Por isso, conheça outros alimentos que combatem o estresse e melhoram a sensação de bem-estar. Banana: a fruta é um carboidrato rico no aminoácido triptofano ( cada 100g da banana contém em média 18mg de triptofano). Acontece que este aminoácido é uma substância precursora da serotonina. "Sem serotonina, o organismo fica suscetível a males como depressão, irritabilidade, insônia, ansiedade, mal humor e hiperfagia (aumento exagerado da fome)", explica a nutricionista Lucyanna Kalluf. A serotonina também é considerada como sendo uma substância anorexígena, diminuindo a compulsividade e a fome. Mel: o alimento é um carboidrato fonte de triptofano, com ação calmante que induz a uma sensação de bem estar melhorando a função da serotonina no cérebro. O mel tem uma função importante como regenerador da microflora intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o mel ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer. Abacate: esta fruta rica em ácido fólico, vitamina B3 ( niacinamida) e potássio. O abacate também tem mais proteína que qualquer outra fruta, cerca de 2 g para cada porção de 110 g. Possui, ainda, quantidades úteis de ferro, magnésio e vitaminas C, E e B6. A niacinamida ( Vitamina B3) tem ação específica sobre o sistema nervoso central, colaborando com a manutenção de hormônios que regulam as substâncias químicas do cérebro e garante efeito relaxante. Esta vitamina tem ação conjunta com o ácido fólico, que atua como coenzima de diversos neurotransmissores do bom humor. Dica: fique atento ao valor calórico da fruta: cada 110 g contém cerca de 200 calorias.Chá verde: afasta os riscos do estresse oxidativo, que é a deficiência de substâncias antioxidantes no organismo, trazendo como consequências doenças como a obesidade e até depressão. O chá verde é rico em polifenóis, nutrientes antioxidantes que atacam os radicais livres das células cerebrais, mantendo a sua atividade neuroprotetora, diminuindo a probabilidade de inflamação cerebral e favorecendo sensação de bem-estarFonte: O ESTADO D0 PARANÁ – PR

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Droga anti-impotência é ligada a tumor na próstata, sugere pesquisa

Uma pesquisa inédita da PUC do Paraná em parceria com os NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA) sugere que o uso de medicamentos contra a impotência sexual pode aumentar as chances de câncer de próstata.
Esse é o segundo tumor mais frequente entre homens -o primeiro é o câncer de pele que não o melanoma.
Os pesquisadores avaliaram tumores de próstata de 50 pacientes do Hospital AC Camargo, de São Paulo, e descobriram que, em 30%, há uma redução da função de uma proteína do gene PDE11A, que estaria associada ao câncer de próstata.
Acontece que drogas contra impotência (em especial as de longa duração e uso contínuo) também causam, de forma indireta, a diminuição da função dessa proteína, segundo Fábio Rueda Faucz, professor de genética molecular pela PUC e um dos autores do trabalho.
"A gente encontrou na pesquisa uma simulação do que o medicamento faz. O problema maior estaria nos medicamentos de longa duração, que são administrados a cada 36 horas. Eles podem criar uma condição de suscetibilidade ao câncer."
Segundo Faucz, pacientes que fazem uso constante desses medicamentos devem ser submetidos a exames preventivos regulares, como o toque retal e o PSA.
"É preciso atenção especial, já que os pacientes que normalmente buscam o tratamento para a impotência sexual são aqueles que já se enquadram no grupo de risco do câncer de próstata, que é idade superior a 50 anos."
A pesquisa foi publicada no "Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism", a principal publicação mundial da especialidade. FOLHA ONLINE

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O nascimento da saúde

Prevenir doenças sempre foi um dos principais objetivos da medicina. O mais recente avanço nesse sentido é a descoberta, por meio de diversos estudos realizados em todo o mundo, de que as sementes da saúde e da doença são plantadas em uma fase ainda mais precoce do que se imaginava: antes do nascimento, ainda durante a vida intra-uterina. Os cientistas estão cada vez mais convencidos de que os nove meses de gestação são decisivos para a saúde do indivíduo durante toda a sua vida. “A mãe deve ser entendida como o primeiro ambiente ecológico da criança”, considera o ginecologista e obstetra Eliezer Berenstein, um dos autores do livro “Gerar e Nascer”. “Na gravidez, toda a história física e emocional do bebê estará sendo construída e será influenciada por aquilo que a mãe come, por exemplo, e por seu comportamento emocional durante a gestação”, afirma o ginecologista Márcio Coslovsky, especialista em reprodução humana da Clínica Huntington, do Rio de Janeiro. De fato, as pesquisas já demonstram, entre outras coisas, como doenças infecciosas da mãe, seus níveis de estresse, a qualidade de sua alimentação e até do ar que ela respira podem contribuir para que a criança venha a desenvolver, na infância ou na vida adulta, problemas cardíacos, alergias, asma, obesidade, câncer e outras enfermidades. Uma das doenças nas quais esta relação encontra-se muito bem estabelecida é a diabetes. Se a mãe for diabética e não controlar a doença durante a gestação, a chance de dar à luz uma criança também portadora é muito alta. Um dos trabalhos mais exemplares a provar essa conexão foi o realizado pela epidemiologista Dana Dabelea, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, com índios pima americanos. Essa população registra os maiores índices de diabetes tipo 2 (associada ao estilo de vida) do planeta. Ao examinar a incidência da doença nas crianças pima com mais de 10 anos, os pesquisadores verificaram que, além da genética, outro fator contribuía para elevar os riscos de elas manifestarem a diabetes. “Trata-se da exposição, antes do nascimento, a altas taxas de açúcar no sangue da mãe”, disse Dana à ISTOÉ.O esforço, agora, é entender por que isso acontece. Uma pesquisa da Universidade do Alabama (EUA) jogou luz sobre o assunto. “Essas crianças são mais propensas a ter baixa sensibilidade à ação da insulina, um conhecido fator de risco para a doença”, disse à ISTOÉ Paula Chandler-Laney, autora do estudo. A insulina é o hormônio que permite a saída do açúcar do sangue e sua entrada nas células. Se o indivíduo manifestar resis¬tência ao seu funcionamento, ela não agirá corretamente. O resul¬tado é que haverá mais glicose na circulação sanguínea, caracteri¬zando a diabetes. Mas por que o feto desenvolveria essa resistência? “A maior quantidade de açúcar que está no sangue da mãe dia¬bética atravessa a placenta”, explica o médico Ivan Ferraz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. “E isso obriga o pâncreas do bebê a produzir mais insulina para manter o equilíbrio. Como resposta ao excesso da substância, o corpo se torna menos sensível à ação do hormônio”, complementa a americana Paula.No caso da tendência à obesidade, a confirmação de que ela pode ser adquirida dentro do útero também vem de diversos e consistentes trabalhos. O pesquisador John Kral, da Suny Downstate Medical Center, de Nova York, por exemplo, comparou o peso de adolescentes nascidos de mulheres que engordaram muito durante a gestação com o de seus irmãos, gerados após suas mães terem se submetido a cirurgias bariátricas. O resultado foi impressionante. “Vimos que os irmãos tinham herdado os genes da obesidade, porém a taxa de obesos entre os que nasceram após as mães terem feito a cirurgia para perda de peso foi 52% menor”, disse Kral à ISTOÉ. Ele e sua equipe agora investigam os mecanismos intrauterinos atuantes nestes casos. “Uma hipótese é a de que a nutrição exagerada alteraria a função de alguns genes do feto”, diz o especialista.O excesso de peso materno também pode estar relacionado ao aumento de risco de a criança tornar-se mais vulnerável à alergia, à asma e a doenças neurodegenerativas, como doença de Alzheimer e doença de Parkinson. Essa indicação foi dada por pesquisas com animais feitas na Duke University (EUA). “Nossa esperança é de que estes dados levem as mães a considerarem as consequências do que ingerem não apenas para a própria saúde, mas para a saúde dos filhos e, potencialmente, até dos netos”, afirmou Staci Bilbo, do Departamento de Psicologia e Neurociência da instituição americana e participante do trabalho. “Hoje se estima que a boa alimentação da mãe afeta não apenas o filho como as próximas duas gerações”, diz a nutricionista funcional Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro. Diante dessas evidências, os médicos começam a ressaltar a importância do emagrecimento para a mulher que deseja ter filhos e que está acima do peso. “A indicação para essas mulheres é fazer a cirurgia bariátrica pelo menos um ano antes de engravidar”, afirma Thomas Szego, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.Se o acúmulo de peso é um problema para a criança, o inverso também é verdadeiro. Bebês nascidos com baixo peso têm, por exemplo, um maior risco de apresentar doenças cardíacas na idade adulta. “Essa relação está comprovada”, disse à ISTOÉ a epidemiologista Janet Rich-Edwards, do Women’s Brigham Hospital, em Boston, nos EUA. E o que as pesquisas estão demonstrando é que várias das causas para o nascimento de crianças com peso abaixo do normal estão relacionadas às condições da mãe. Fumo e depressão não tratada na gravidez, por exemplo, podem resultar em bebês magros demais. Outra razão é a adoção de uma dieta pobre em nutrientes importantes. Quando isso acontece, o feto deixa de receber ingredientes necessários à formação correta dos tecidos. A consequência é que acabam sendo priorizados o desenvolvimento de alguns órgãos, como o cérebro, em detrimento de outros.Sabe-se também que a alimentação materna pode ter impacto na chance de a criança vir a desenvolver câncer. “Dependendo de sua qualidade, a nutrição da mãe pode produzir células geneticamente instáveis e propensas à doença”, disse à ISTOÉ David Barker, da Universidade de Southampton, na Inglaterra. Um dos principais vilões, neste caso, são os embutidos. “Eles apresentam em sua composição uma substância carcinogênica que pode atuar sobre o feto”, explica a nutricionista Elaine de Pádua, de São Paulo. Porém, o risco para o bebê não está apenas na dieta equivocada. Se a gestante fumar, usar drogas ou tomar antibióticos inadequados, também deixará o feto mais vulnerável à enfermidade. “E há evidências de que a exposição da grávida a inseticidas aumenta as chances de tumores renais”, afirma a oncopediatra Viviane Sonaglio, do Hospital do Câncer de São Paulo. Presente no cotidiano da maioria dos moradores das grandes cidades, a poluição é considerada um dos maiores inimigos da evolução saudável dos fetos no ambiente uterino. Diversos trabalhos feitos pela equipe do Children’s Environmental Health, da Universidade Colúmbia, nos EUA, mostram que, além de aumentar os riscos de câncer de modo geral, os poluentes emitidos pela queima de combustíveis por veículos, pesticidas ou pelo fumo passivo estão ligados a problemas de desenvolvimento do raciocínio dos pequenos. Uma investigação feita com crianças de 3 anos de idade, nascidas de mães expostas a constante poluição atmosférica, indicou atraso em funções cerebrais como a compreensão dos tamanhos, a habilidade para fazer contas e a identificação de padrões bastante simples. “Esses resultados têm se repetido nos estudos em andamento em vários países”, disse à ISTOÉ Julia Vishnevetsky, coordenadora do centro de pesquisa da instituição americana. “As crianças que já manifestam algum déficit de cognição originado quando ainda estavam no útero da mãe poderão ter pior desempenho escolar quando forem mais velhas, se nada for feito. Mas os danos podem ser revertidos se houver uma intervenção precoce”, diz a especialista.Outro fator comum ao estilo de vida atual e extremamente nocivo é o estresse. Há indicativos de que ele seja capaz de produzir sequelas físicas e mentais no ser em formação. Um exemplo é aumentar a predisposição do bebê à asma, como atestou um estudo americano feito com 557 famílias. Os cientistas analisaram o cordão umbilical dos filhos das mulheres submetidas a tensão intensa e contínua com o das crianças geradas por mães mais tranquilas. “Vimos diferenças importantes na produção de substâncias associadas ao risco de asma na vida adulta”, disse Rosalind Wright, uma das autoras da pesquisa. “Nos bebês gerados por mães estressadas, a chance de surgimento da doença era muito maior”, disse a estudiosa.Tão forte quanto isso é o impacto do estresse da mãe na formação de toda a rede de neurônios do bebê. “As experiências emocionais da mulher durante a gestação ajudam a moldar a arquitetura do cérebro do bebê. Isso, a longo prazo, vai afetar a capacidade de aprendizagem, o comportamento e a saúde mental da criança”, considera a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Nós Estamos Grávidos”.Um dos assuntos que mais interessam aos pesquisadores nessa área de investigação é entender melhor como o estresse materno pode predispor o bebê a maior chance de vir a sofrer de depressão quando adulto – situação que começa a ser apontada em alguns trabalhos. Um deles foi realizado, em animais, na Escola de Farmácia da Hebrew University of Jerusalem. Nos seus experimentos, os cientistas observaram que as cobaias submetidas a ambientes estressantes (ouviam sons irritantes em períodos alternados) tiveram filhotes que, quando adultos, demonstraram alguns prejuízos importantes: tinham debilitada sua capacidade de aprendizado e de memória, apresentavam menor habilidade de lidar com situações adversas e manifestavam sintomas de ansiedade e de depressão.Na Inglaterra, pesquisadores do Imperial College of London chegaram inclusive a montar, no ano passado, uma exposição dirigida a pais para informá-los sobre a conexão. O objetivo era deixar bem claro que o estresse da gestante pode ter um impacto tão sério a ponto de alterar o desenvolvimento cerebral da criança, deixando-a suscetível à enfermidade.No entanto, muita coisa ainda precisa ser descoberta sobre como se dá esse tipo de interação. Parte da resposta estaria na exposição do feto aos hormônios desbalanceados da mãe. Sob condições de tensão constante, todos nós produzimos quantidades excessivas do hormônio cortisol, inclusive a gestante. E o excedente passaria através da placenta e chegaria ao feto, provocando mudanças na sua rede neuronal que podem estar associadas ao surgimento da depressão na vida adulta.Todas essas descobertas têm reforçado a importância do pré-natal como um período fundamental para garantir a saúde futura do bebê que está sendo gerado. De acordo com o ginecologista Nilson Melo, presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, o mínimo necessário são sete consultas, distribuídas do primeiro ao nono mês. “É o melhor investimento na dupla mamãe-bebê e na saúde das fu¬turas gerações”, diz o especialista.Fonte: ISTO É

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cientistas refinam botox para uso médico contra Parkinson e enxaqueca

Cientistas britânicos desenvolveram uma nova forma de unir e reconstruir moléculas e usá-las para refinar o antirrugas botox. O esforço pode melhorar a utilização do botox no tratamento do Parkinson, paralisia cerebral e enxaqueca crônica.
Pesquisadores do Laboratório de Investigação Médica do Conselho de Biologia Molecular disseram que os resultados também abrem caminhos para desenvolver novas formas de Clostridium botulinum da neurotoxina, vulgarmente conhecida como botox, que pode ser utilizada como analgésico a longo prazo.
"Agora, será possível produzir medicamentos à base de botox por um caminho mais seguro e econômico", disse Bazbek Davletov, que liderou o estudo.
Ao quebrar as moléculas de botox em dois blocos distintos, a equipe de Davletov foi capaz de produzi-los separadamente e de forma segura e, em seguida, juntou-os novamente, segundo em um relatório de trabalho no PNAS (Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos).
O novo método produziu uma molécula refinada como a do botox, de acordo com eles, que seria prática para uso clínico e não teria efeitos tóxicos indesejáveis.
Nos últimos anos, o botox tem sido usado cada vez mais usado como tratamento médico por profissionais que exploram sua capacidade de relaxar os músculos e os nervos, seja para tentar controlar espasmos e tremores em pacientes com Parkinson, ou para aliviar a dor.
Em julho, o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar a droga --vendida sob a marca botox pela Allergan-- como tratamento para a enxaqueca.
Mas a substância é extremamente tóxica e só pode ser usada de forma muito diluída, um fator que limita seu desenvolvimento para outros usos.
Davletov disse que a nova técnica de refino poderia permitir aos cientistas outras formas de produção de botox com maior uso medicinal, como um analgésico de longa duração, por exemplo.
"Esta é a primeira vez em que fomos capazes de tratar as moléculas de proteína, como blocos de construção, combinando-as a fim de criar uma base de tratamento que não era possível anteriormente", disse ele.
O método pode permitir que os pesquisadores desenvolvam uma forma de alívio da dor crônica que pode durar tanto tempo quanto uma única injeção de botox --entre quatro e seis meses, disse ele. FOLHA ONLINE

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Composto inibe radicais livres ligados a obesidade

O CAPE, substância extraída da própolis e testada em pesquisa da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba, apresenta potencial antioxidante. Os resultados obtidos pela pesquisadora Aline Camila Caetano em experimentos com camundongos revelam que o CAPE pode combater a formação de radicais-livres associados à obesidade e a doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão.
Isolado da própolis produzida pelas abelhas, o CAPE é um composto fenólico que possui várias atividades biológicas, como por exemplo o efeito antiinflamatório e antimicrobiano. “O estudo verificou a propriedade antioxidante em modelo experimental de obesidade e estresse oxidativo em camundongos”, conta a pesquisadora, formada em Ciências dos Alimentos.
Durante a pesquisa, grupos de camundongos tiveram obesidade induzida por uma dieta à base de gordura de porco, por um período de 8 semanas. Em seguida, parte deles recebeu o CAPE por via oral, nas dosagens de 13 e 30 miligramas (mg) por quilo de peso, em período de 15 e 22 dias. Depois desse período, foi verificada a atividade de enzimas associadas ao estresse oxidativo nos tecidos adiposo e hepático.
Nos camundongos que receberam a dosagem de 13 mg, verificou-se no tecido hepático que as enzimas tiveram um comportamento semelhante ao grupo controle, composto por animais não submetidos ao estresse oxidativo gerado pela obesidade. “Não houve aumento da atividade das enzimas, o que evidencia um possível efeito antioxidante do CAPE”, destaca Aline. “Também foi registrado uma redução da produção de peróxido de hidrogênio e da peroxidação lipídica, outro indício do efeito protetor do composto.”
Radicais-livresDe acordo com Aline, a obesidade, devido ao maior consumo de nutrientes na dieta, leva a um aumento da glicose e de ácidos graxos circulantes no organismo, aumentando a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) e radicais-livres. “Essas espécies estão associadas a doenças como resistência à insulina, diabetes tipo 2, esteatose hepática, hipertensão e risco de problemas cardiovasculares”, ressalta. “O processo é conhecido como síndrome plurimetábolica.”
O fígado, por ser um órgão com alta taxa metabólica, permitiu que o efeito antioxidante do CAPE estivesse mais presente e pudesse ser mais facilmente observado. No tecido adiposo, foram observadas poucas mudanças na atividade das enzimas, inclusive devido a dificuldade em se fazer análises na gordura dos animais”, diz Aline.
A pesquisadora aponta que devido ao peso dos camundongos, a dosagem testada é muito pequena, o que leva a necessidade de novos experimentos com animais antes da utilização do CAPE ser tentada em seres humanos. “É um processo que deve levar alguns anos”, observa. “Também será preciso estudar de que forma o composto seria administrado em humanos.”
A pesquisa é descrita na dissertação de mestrado de Aline, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq. O trabalho teve a orientação do professor Severino Matias de Alencar, da Esalq, e de Rosângela Maria Neves Bezerra, pesquisadora e pós-doutoranda na Escola. UOL

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Obesidade custa mais às mulheres

As mulheres pagam mais por cortes de cabelo e lavagem a seco. Agora, um novo estudo descobriu que elas também pagam mais por serem obesas.
Enquanto um homem acumula US$ 2.646 em despesas extras anuais por ser obeso, a obesidade da mulher lhe custa US$ 4.879, quase o dobro.
Segundo a análise, conduzida por pesquisadores da Universidade George Washington, grande parte dessa diferença se deve aos salários e compensações das mulheres obesas, bem menores em relação ao colega de trabalho homem que não é obeso.
O relatório é um dos primeiros a calcular o fardo econômico da obesidade sobre o indivíduo, incluindo custos diretos, como despesas médicas, e indiretos, como salários perdidos e redução de produtividade no trabalho. (O estudo não considerou muitos outros custos pessoais de consumo, como roupas, pois não havia dados disponíveis.)
Baseado num salário anual médio de US$ 32.450 para mulheres em 2009, o relatório descobriu que as mulheres obesas que trabalham em tempo integral recebem US$ 1.855 menos anualmente do que mulheres não obesas, uma redução de 6%. Como comparação, estudos mostram que os salários de homens obesos não têm diferenças significativas em relação aos homens de peso normal.
"Uma possível explicação é que, na obesidade, existe mais discriminação contra as mulheres do que contra os homens, que a obesidade é percebida de maneira diferente para mulheres e homens", disse Avi Dor, diretor do programa de economia da saúde na Universidade George Washington. FOLHA ONLINE

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Homens também fazem reposição hormonal

É bastante conhecido que à medida que o homem envelhece ocorrem várias alterações em sua homeostase hormonal. A produção de testosterona total e livre diminuem, sendo que 20% dos homens saudáveis entre 60 e 80 anos apresentam testosterona total abaixo do normal. Além disto, em todos os homens ocorre aumento da globulina de transporte dos andrógenos (SHBG) e consequentemente diminuição da testosterona bio-disponível, além da diminuição significativa da dehidroepiandrosterona (DHEA) e de sua forma sulfato (DHEAS). Ainda no homem mais velho existe perda do ritmo circadiano da produção de testosterona, a resposta testicular ao estímulo da gonadotrofina coriônica está diminuída, assim como a amplitude dos pulsos de LH; a secreção do hormônio do crescimento diminui 14% por década após a puberdade e, finalmente, ocorre redução da produção de melatonina. Muitos autores chamam esta fase da vida do homem de andropausa, androclise, deficiência androgênica do envelhecimento masculino ou deficiência endócrina do envelhecimento masculino e comparam-na à menopausa, que tem repercussões clínicas muito evidentes na mulher. Quando por alguma razão existe parada da função testicular, aparecem algumas manifestações clínicas evidentes, como diminuição da libido, disfunção erétil, infertilidade e irritabilidade, entre outras. Entretanto, a andropausa não se caracteriza como uma entidade clínica marcante. A grande maioria dos homens, embora tenham níveis de testosterona menores do que na juventude, continuam com esta produção dentro da faixa da normalidade. A andropausa teria início lento e insidioso, onde ocorreria diminuição da libido e qualidade das ereções, principalmente noturnas; alterações de humor com diminuição concomitante da atividade intelectual, orientação espacial, fadiga, depressão e raiva, além de diminuição da massa corpórea com decréscimo associado da massa e força muscular, diminuição da densidade mineral óssea, resultando em osteoporose, perda de pêlos e alterações de pele e aumento da gordura visceral. Porém, alguns dados falam contra a existência de um declínio hormonal significativo como o que ocorre na mulher e que esta situação hormonal seria responsável exclusiva pelos sintomas descritos. Outros possíveis fatores causais são comuns no homem mais velho e poderiam ser considerados como fatores etiológicos para estes sinais e sintomas, entre eles o stress, depressão, doenças, má nutrição, obesidade, medicamentos, drogas, falta de parceria sexual, etc. Além disto a grande maioria dos homens idosos continuam férteis, o que fala contra um desequilíbrio hormonal (cerca de 90% dos homens com mais de 50 anos tem espermatogênese preservada à biópsia testicular). Sidney Glina, coordenador da Unidade de Reprodução Humana do Hospital Israelita Albert Einstein e chefe da Clínica Urológica do Hospital IpirangaFonte: FOLHA DE LONDRINA – PR

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Gestantes tendem a cortar medicação e agravar doenças crônicas

SÃO PAULO - Algumas doenças crônicas podem agravar-se durante a gravidez se não forem bem tratadas. Segundo o pneumologista Rafael Stelmach, do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, os problemas podem aumentar por causa da suspensão de medicamentos nesse período.A falta de remédios contra a asma, por exemplo, leva a mulher a uma menor oxigenação, dificuldade respiratória e, consequentemente, a uma gravidez de alto risco, o que pode causar partos prematuros e bebês de baixo peso. De acordo com Stelmach, se a medicação for regular, a tendência é que o problema respiratório fique estável. "Entre as mulheres que não param de se tratar, cerca de 70% não alteram ou até melhoram o quadro asmático", afirma.Se a preocupação da futura mãe é que as drogas possam causar algum efeito colateral na criança, o pneumologista explica que existe uma classificação de risco para os remédios: A, B, C, D e E. "Os que tratam asma estão entre as classes B e C. Isso, considerando que a "A" não apresenta nenhum problema e a "E" pode causar algum prejuízo para o bebê", explica.O que poucas grávidas sabem é que a medicação para asma pode até ajudar na gravidez. Os mesmos remédios usados em uma crise de falta ar servem para postergar uma gestação prematura. Quando o feto não se desenvolve como deveria, usa-se cortisona para aumentar o tempo de maturação. Outra medicação é o broncodilatador, que relaxa a musculatura, inclusive a do útero, também para evitar trabalho de parto prematuro no quarto ou quinto mês. "Ou seja, no contexto geral, essa medicação faz mais bem do que mal", diz Stelmach.Para as mulheres que têm asma e pretendem engravidar, as três principais dicas são: procurar um especialista que as acompanhem durante os nove meses; não suspender os remédios; e ter uma vida saudável, conforme as indicações médicasFonte: O ESTADO DE SÃO PAULO – SP

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Universidade testa nova cirurgia para reverter impotência

Uma técnica experimental desenvolvida na Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) pode reverter a disfunção erétil em homens que fazem radioterapia ou passaram por cirurgia de retirada total de próstata.Esses procedimentos podem provocar lesões em nervos que ajudam na ereção, provocando a impotência.O método usa a reinervação - uma espécie de "ponte" feita entre nervos- para recuperar a ereção de pacientes que já tentaram tratamentos com comprimidos ou injeções, sem resultado.A pesquisa da Unesp de Botucatu (238 km de SP) quer aplicar na região peniana a mesma técnica que já é usada em outras áreas do corpo.A "ponte" liga nervos lateralmente depois de desviar da área lesionada em função da retirada da próstata. "É como um gato na fiação elétrica", compara o cirurgião plástico Fausto Viterbo, que estuda o método há 18 anos.A reinervação já foi aplicada em casos de paralisia facial, recuperação das cordas vocais e restauração de sensibilidade, diz Viterbo.O ineditismo aqui consiste em usar a técnica para recuperar a ereção, segundo o urologista e ex-reitor da Unesp José Carlos Souza Trindade. O médico explica que serão retiradas "tiras" de outros nervos com a mesma origem dos eretores do pênis.Especialistas ouvidos pela Folha disseram que um outro tipo de reinervação já costuma ser feito durante a cirurgia de retirada de próstata. Na técnica, os nervos são ligados pelas pontas -e não lateralmente. Mas os resultados não são plenos."Há uma cápsula protetora nos nervos que, aparentemente, teria que ser cortada para que impulsos elétricos passem", diz Viterbo.Mas pesquisas indicam que nervos ligados lateralmente podem se fundir e transmitir os impulsos. "É como fios de cobre com capas plásticas. Se ligarmos os fios no meio sem cortar os plásticos, a energia não passa. Mas nos nervos é diferente. A natureza se regenera."Para Joaquim Claro, urologista da Faculdade de Medicina da USP, é "diferente" recuperar a sensibilidade da face, por exemplo, e restabelecer "atividade neural não sensitiva, como a ereção".Marcos Dall´Oglio, da Sociedade Brasileira de Urologia, diz que é preciso esperar os resultados comprovados para avaliar a operação.VOLUNTÁRIOSA pesquisa, aprovada pelo Comitê Nacional de Ética, seleciona voluntários: homens entre 45 e 70 anos há pelo menos dois anos sem ereção.O procedimento é gratuito. As primeiras cirurgias serão feitas em outubro. Os pacientes serão avaliados após 6, 18 e 24 meses.Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP