terça-feira, 26 de julho de 2011

Os riscos de envelhecer

À medida que envelhecemos, tudo começa a entrar em colapso. Articulações doem, a visão falha entre outro problemas. O principal risco de desenvolver a doença de Alzheimer ou outras formas de demência é simplesmente envelhecer, seguido, conforme alguns estudos sugerem, de doenças importantes como diabetes, doença do coração, pressão alta e derrame. Mas uma nova pesquisa aponta que pequenas dores, mal-estares ou incapacidades de pequena monta que com frequência se acumulam com a idade são fatores ligados ao aumento de risco de Alzheimer. O novo estudo comparou dados de 7.239 canadenses com 65 anos ou mais que não sofriam nenhuma doença cognitiva. Depois de períodos de 5 e 10 anos, a nova pesquisa foi feita com eles sobre clareza mental e sobre 19 diferentes fatores de saúde e bem-estar (entre eles audição, problemas nos pés e nos dentes). Depois de completada a década, das 4.324 pessoas que ainda estavam vivas, 416 tinham doença de Alzheimer, 191 tinham outro tipo de doença mental, e 677 tinham outros problemas cognitivos (1.023 demonstraram capacidade cognitiva incerta. Cada queixa individual sobre saúde aumentou o risco de demência em uma média de aproximadamente 3%. Mas, à medida que os problemas acumulavam, o risco de declínio cognitivo também crescia. Um adulto mais velho e saudável tinha chance de 18% de sofrer de demência depois de 10 anos, ao passo que os que informaram ter problemas em relação a uma dúzia dos parâmetros de saúde e bem-estar tinham, em média, risco próximo de 40%.A descoberta sugere que a prevenção de Alzheimer deve se focar não apenas em drogas ou grandes problemas de saúde, mas em “manter o estado geral de saúde para reduzir o risco de problemas mentais”, explica o oficial Kenneth Rockwood, da Divisão de Medicina Geriátrica do Veterans Memorial Lane em Halifax, Canadá, e coautor do novo estudo.
Fonte: Scientific American Brasil

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Açúcar causa dependência como álcool e cigarro, diz médico

Açúcar é veneno. Do mais natureba, o mascavo, até o suco de fruta ou o famigerado xarope de milho, o açúcar está por trás de doenças cardíacas, diabetes e câncer. E deveria ser proibido para menores de 21 anos, como o álcool e o cigarro.
É com essas declarações polêmicas que o americano Robert Lustig, endocrinologista pediátrico da Universidade da Califórnia em San Francisco, ganhou fama internacional nos últimos anos.
Divulgação
O endocrinologista pediátrico Robert Lustig afirma que açúcar deveria ser proibido para menores de 21 anos
Sua palestra "Açúcar: a verdade amarga" teve mais de 900 mil acessos no YouTube. Há duas semanas, suas teses foram tema da reportagem de capa da revista do "New York Times". Abaixo, os principais trechos da entrevista que ele concedeu à Folha, por telefone.
Folha - O senhor defende que as pessoas eliminem totalmente o açúcar da dieta?Robert Lustig - Não, eu não sou um "food nazi". Eu como açúcar, mas muito pouco.Nosso corpo tem uma capacidade muito limitada para metabolizar o açúcar e nós vivemos muito acima dela. Não precisamos de frutose para viver. Nosso corpo ficaria muito bem sem nenhuma frutose [açúcar refinado, a sacarose é composta de 50% de frutose e 50% de glicose].
Qual é o máximo de frutose que deveríamos ingerir?Não temos certeza. Mas uma estimativa é 50 g por dia. Meus estudos mostram as similaridades entre frutose e álcool. Eles são metabolizados da mesma forma, no fígado. E nós sabemos qual é o limite de toxicidade para o álcool: 50 g. A epidemia de obesidade começou quando o consumo de frutose ultrapassou os 50 g por dia [ou 100 g de açúcar, o mesmo que duas latas e meia de refrigerante].
A Associação Cardiológica Americana publicou uma orientação, em agosto de 2009, da qual eu sou coautor, dizendo que o consumo atual de açúcar nos EUA é de 22 colheres de chá por dia. Deveríamos reduzir isso para nove colheres no caso de homens e seis no caso de mulheres.
Qualquer açúcar é ruim, não importa se é mascavo ou xarope de milho?Todos são igualmente ruins.
Deveríamos substituí-los por adoçantes artificiais?Adoçantes artificiais são uma questão complicada. Não fizemos todos os testes para saber o que os adoçantes fazem no organismo.
Segundo uma linha de estudos, uma vez que a língua sente o sabor doce, o cérebro se prepara para a entrada do açúcar no sangue. Se ele não entra, o cérebro fica confuso, o que pode levar a um aumento no consumo de açúcar. Há estudos ligando o consumo de adoçantes a obesidade e doença cardíaca.
Qual a alimentação que os pais devem dar a seus filhos?Crianças devem comer comida de verdade.
Mas isso inclui suco de fruta natural...Não, suco de fruta, mesmo natural, não é comida de verdade. Deus fez suco de fruta? Não. Deus fez fruta. Qual é a diferença entre a fruta e o suco? Fibras. A fibra é a parte boa da fruta, e o suco, a má. Sempre que há frutose na natureza, há muita fibra --há uma exceção, o mel, mas este é policiado pelas abelhas.
As fibras limitam a velocidade da absorção dos carboidratos e das gorduras do intestino para a corrente sanguínea. Quanto mais rápido a energia sai do intestino e vai para o fígado, maiores as chances de danificar o órgão.
Quando o senhor diz que crianças devem comer comida de verdade, isso inclui um sorvete no fim de semana?Sim. Quando eu era pequeno, sobremesa era uma vez por semana. Hoje, é uma vez por refeição. Esse é o problema. Eu tenho duas filhas pequenas e é isso que faço. Se é dia de semana e elas querem sobremesa, ganham uma fruta. Uma bola de sorvete, só no fim de semana. Elas seguem as regras e não ficam sonhando com doces.
O senhor propõe que a venda de doces e refrigerantes seja proibida para menores, como cigarros e álcool.Sim. Refrigerantes não têm valor nutritivo, não fazem nenhum bem às crianças. Se os pais quiserem que seus filhos tomem refrigerante, que comprem para eles.
Não é exagero comparar açúcar a álcool e cigarros?Não. Cigarros e álcool causam dependência, e açúcar também. Nos refrigerantes, tanto a cafeína como o açúcar causam dependência. Sal e gordura causam hábito, mas não dependência.
Como o senhor explica os efeitos nocivos do açúcar?Quatro alimentos foram associados à doença metabólica crônica: gorduras trans, aminoácidos de cadeia ramificada [soja], álcool e frutose.
A frutose, quando é metabolizada, libera substâncias tóxicas chamadas espécies reativas de oxigênio [radicais livres], que levam a danos nas células no longo prazo, envelhecimento e, potencialmente, câncer.
FONTE: FOLHA ONLINE

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Hábitos de vida previnem Alzheimer

Um artigo publicado pela revista científica britânica Lancet Neurology sugere que milhões de casos da doença de Alzheimer, o tipo mais comum de demência em pessoas com mais de 60 anos, poderiam ser prevenidos com o controle de sete condições ou hábitos de vida que interferem no aparecimento e evolução da doença, tais como sedentarismo, pressão alta, tabagismo e obesidade.
O levantamento – uma revisão de cerca de 100 artigos científicos – foi apresentado ontem, em Paris, durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer. A conclusão tem como base um modelo matemático criado por pesquisadores americanos. De acordo com eles, uma redução de 25% em todos os 7 fatores de risco poderia prevenir até 3 milhões de casos da doença em todo o mundo, o que representa quase 10% do total de pacientes com Alzheimer – cerca de 35 milhões. No Brasil, a estimativa é de que existam cerca de 1,5 milhão de pacientes com esse tipo de demência.
“A prevenção é uma opção particularmente atraente dado o estado da terapia. É por isso que desperta muito interesse”, afirma William Thies, cientista à frente da Associação de Alzheimer. Por enquanto, os tratamentos tentam retardar a evolução da doença e diminuir os sintomas, sem promover a cura.
O trabalho usa um modelo matemático para calcular o impacto dos sete principais fatores de risco associados ao Alzheimer, que deveriam ser evitados: tabagismo, depressão, pouca escolaridade, diabete, sedentarismo, obesidade e pressão alta.
A melhora do nível educacional seria a medida de maior impacto para combater a doença no mundo. Em segundo lugar viriam as campanhas antitabagistas. Nos EUA, outras duas ações contribuiriam mais para a prevenção do Alzheimer: o combate ao sedentarismo e à depressão.
O diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Ivan Okamoto, afirma que já havia sido demonstrada a conveniência da eliminação dos fatores de risco cardiovasculares – como combate ao tabagismo, sedentarismo, obesidade e pressão alta. “Em até 20% dos casos, a demência causada pelo Alzheimer vem acompanhada por uma demência vascular”, explica. “Se você evita a demência vascular, os quadros de Alzheimer também melhoram.”
Já a atividade intelectual melhora a reserva cognitiva – conjunto de estratégias que o cérebro utiliza para compensar o déficit provocado pela demência. “Alguém que esquece uma palavra terá mais ferramentas para encontrar sinônimos ou metáforas para substituí-la se estiver acostumado a exercitar o cérebro”, afirma.
Como os demais fatores, a depressão não pode ser apontada como causa do Alzheimer. “Mas há uma evidente comorbidade coincidente das duas doenças”, aponta Okamoto. “Ao tratar a depressão, a qualidade de vida do doente melhora”, completa.
O sintoma mais comum da doença é a perda de memória, mas, com a progressão da doença, surgem outros: confusão, irritabilidade, alterações de humor, falhas na linguagem e prejuízo da capacidade de orientação temporal ou espacial. Ainda não há cura definitiva para a doença, mas alguns remédios podem retardar sua evolução.
PesquisaO estudo apresentado na capital francesa foi coordenado por Deborah Barnes, professora adjunta do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e recebeu financiamento dos Institutos Nacionais para o Envelhecimento, nos Estados Unidos.
FONTE: JORNAL DA TARDE

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dieta vegetariana pode proteger contra distúrbio intestinal comum

A alta ingestão diária de fibras previne a doença diverticular

Seguir uma dieta vegetariana reduz em um terço os riscos da doença diverticular, um distúrbio comum do intestino. De acordo com uma pesquisa publicada na versão online do British Medical Journal, é a alta ingestão de fibras, típica do vegetarianismo, que ajuda a prevenir a doença.
A doença diverticular afeta o intestino grosso ou o cólon e é mais frequente em pacientes idosos. Acredita-se que a condição seja causada por hábitos alimentares, com o baixo consumo de fibras. Entre os sintomas estão cólicas abdominais dolorosas, inchaço, gases, constipação e diarreia.
Na pesquisa, Francesca Crow, da Universidade de Oxford e coordenadora do estudo, analisou dados de 47.033 voluntários. Desses, 15.459 seguiam uma dieta vegetariana. Depois de um acompanhamento de 11 anos, existiam 812 casos de doença diverticular – 806 pacientes deram entrada no hospital e seis morreram. Após considerar fatores como cigarro, álcool e índice de massa corporal (IMC), a equipe chegou à conclusão que os vegetarianos tinham menos riscos de desenvolver a doença.
Descobriu-se ainda que as pessoas que mantinham uma ingestão relativamente alta de fibras (25 gramas por dia ou mais) tinham menos riscos de dar entrada em hospital ou de morrer em função da doença, quando comparados àqueles que comiam pouca fibra (14 gramas por dia ou menos).
“A oportunidade de prevenir a doença diverticular, bem como condições como cancro do cólon reside na modificação da dieta”, dizem os pesquisadores. Eles afirmam ainda que há a necessidade de mais evidências para que um novo guia alimentar seja apresentado à população.
FONTE: VEJA ONLINE

terça-feira, 19 de julho de 2011

Nutrientes no vermelho

Em sua forma natural ou em molhos caseiros e industrializados, o consumo de tomate pode ajudar a prevenir o câncer de próstata, de ovário e de útero. Tudo isso se deve ao licopeno, pigmento que dá a cor vermelha à fruta e que pode ter sua quantidade intensificada com a ajuda do fogão. “Quando o tomate é cozido, a celulose amolece e libera muito dessa substância”, explica a professora do curso de Nutrição da Pontifícia Univer­sidade Católica do Paraná (PUCPR), Gisele Pontaroli Raymundo.Em um prato de arroz e feijão, a presença do tomate ajuda o corpo a absorver o ferro presente no feijão e em outros vegetais. Rico em potássio, ele auxilia no controle da pressão arterial. No entanto, o cozimento e o processo de industrialização geram a perda de vitamina C – que auxilia o sistema imunológico e os processos de cicatrização. “O bom mesmo é variar o consumo entre o cru e o cozido”, diz a nutricionista.Na hora da escolha no supermercado, a aparência vem em primeiro lugar. “Prefira aqueles que estão bem vermelhos, pois a cor indica a presença de licopeno: quanto mais vermelho melhor”, diz a professora de Tecnologia de Alimentos do curso de nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Sila Mary Rodrigues Ferreira. Observe a pele e a firmeza da fruta, que não pode estar rachada, enrugada, nem ser muito mole. Antes de guardá-lo, o processo de higienização é importante: “Use uma esponja suave e lave com água e sabão, pois o tomate geralmente é cultivado com muito agrotóxico. Antes de armazená-lo é preciso secar bem, pois molhado ele apodrece rapidamente”, diz a nutricionista Gisele.Em relação aos molhos industrializados, o grande perigo está na concentração de sódio e açúcar – principalmente no ketchup. “O sódio tem que ser consumido com muita restrição, pois em excesso pode levar à hipertensão”, alerta a nutricionista Sila Mary. A maior desvantagem destes produtos está na perda das vitaminas presentes na fruta in natura. Veja a comparação:AgrotóxicosO consumo exagerado de alimentos com agrotóxicos pode causar leves desequilíbrios no organismo como náuseas, vertigens e até alterações neurológicas, tremores e hepatomegalia, que é o aumento exagerado do tamanho do fígado.2400 mg de sódiodeve ser o valor máximo de consumo diário de sódio, quantidade presente em seis gramas de sal. O tomate seco e o ketchup são as opções que mais têm sódio na composição, por isso merecem cuidado.
Fonte: GAZETA DO POVO – PR

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vitamina C é essencial para a proteção de células do olho

Substância também pode ajudar no funcionamento de outras partes do cérebro

A vitamina C, presente em frutas e vegetais, é fundamental para o funcionamento adequado das células nervosas do olho. A descoberta de uma equipe de cientistas da Universidade de Oregon, publicada no Journal of Neuroscience, leva a crer ainda que essa vitamina seja essencial para o funcionamento de outras partes do cérebro.
“Nós descobrimos que as células da retina precisam ser ‘banhadas’ em doses relativamente altas de vitamina c, por dentro e por fora, para funcionar adequadamente”, diz Henrique von Gersdorff, cientista sênior da universidade e co-autor da pesquisa. “Como a retina é uma parte do sistema nervoso central, isso sugere que há um papel importante para a vitamina C em todo o cérebro, em um grau que ainda não havíamos percebido.”
Atuação - O cérebro tem receptores especiais, chamados GABA, que ajudam a modular a rápida comunicação feita entre as células. Esse receptores agem como um “freio” inibitório sobre os neurônios do cérebro que provocam excitação. Os pesquisadores descobriram que os receptores gaba das células da retina pararam de funcionar adequadamente quando a vitamina C era removida.
“Como as células da retina são uma espécie de célula cerebral muito acessível, é provável que os receptores GABA de outras partes do cérebro também precisem de vitamina C para funcionar adequadamente”, diz von Gersdorff. De acordo com o pesquisador, uma vez que a vitamina C é um importante antioxidante natural, pode ser que ela preserve de forma essencial os receptores e as células de uma decomposição prematura.
A função exata da vitamina C no cérebro ainda não é bem compreendida pela ciência. Quando o corpo humano sofre privação de vitamina C, a vitamina fica no cérebro por mais tempo do que em qualquer outra parte do corpo. “Talvez o cérebro seja o último lugar que se queira ficar sem vitamina C”, diz von Gersdorff.
Pistas - A descoberta da equipe americana pode ainda oferecer pistas das razões pelas quais o escorbuto age da maneira que age. A doença, causada por uma deficiência grave da vitamina, tem como um de seus sintomas a depressão - que pode ser um resultado da falta de vitamina C no cérebro. Há ainda uma possível relação da deficiência da vitamina com outras doenças, como glaucoma e epilepsia. As duas condições são causadas por uma disfunção das células nervosas na retina e no cérebro, que se tornam excitadas em excesso porque, em parte, os receptores gaba podem não estar funcionando adequadamente.
“Talvez uma dieta rica em vitamina C possa ser neuroprotetora para a retina, especialmente para pessoas que são propensas ao glaucoma”, diz von Gersdorff. “Isso é uma especulação e ainda há muito para se aprender.” A pesquisa sobre a vitamina C foi feita com retinas de peixe, que tem a mesma estrutura geral biológica das retinas humanas.
FONTE: VEJA ONLINE

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dormir demais pode aumentar risco cardiovascular

A Fundação Espanhola do Coração advertiu nesta sexta-feira que dormir nove horas ou mais por dia aumenta 1,57 vez o risco de sofrer uma doença cardiovascular.
A instituição aconselha a não ultrapassar o limite de horas de sono recomendadas, que varia entre sete e oito.

Fundação espanhola recomenda dormir de sete a oito horas diárias; mais do que isso acarretaria problemas à saúde
Alguns dos hábitos mais comuns em dias de folga que podem parecer muito saudáveis, como dormir em excesso à noite ou de dia, mostram-se perigosos para a saúde cardiovascular, alertou a fundação em comunicado.
"Dormir pouco ativa fatores metabólicos e endócrinos prejudiciais para a saúde", diz o cardiologista Lorenzo Silva Melchor.
"Dormir mais horas que as recomendadas pode estar relacionado a distúrbios e qualidade do sono que condiciona alterações de parâmetros cardiovasculares", completa ele.
Para manter um coração saudável, a fundação recomenda manter uma boa hidratação para compensar o suor, seguir uma dieta equilibrada e realizar exercícios físicos com frequência, assim como evitar a exposição solar durante os picos diurnos.
FONTE: FOLHA ONLINE

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Óleo de Coco

Alimento funcional: aumente o seu metabolismo e proteja o seu organismo
O coco, e o seu óleo, podem ser classificados como alimento funcionais, pois são rico em proteínas, carboidratos, óleos e minerais e componentes que trazem benéficos à saúde. Versátil e de sabor agradável, o óleo de coco é um produto que chama a atenção de pesquisadores, nutricionistas e consumidores por ser um grande aliado na elaboração de uma alimentação rica e saudável, além de trazer outros benefícios.O óleo é composto de antioxidantes, diminuindo a ação dos radicais livres, além de ser rico em ácidos graxos, vitamina E, Ômega 6 e Ômega 9. É extraído da fruta fresca, não passando por nenhum tipo de refinamento, logo é um produto 100% natural e livre de agrotóxicos. Dessa forma, o Óleo de coco não possui nenhuma contra indicação quanto ao seu uso.Uma das principais vantagens do óleo de coco é que ele aumenta a resistência insulínica. A gordura do coco quando ingerida proporciona sensação de saciedade, auxiliando no controle do apetite, além disso, ele não estimula a liberação de glicose no sangue ajudando a diminuir a compulsão por carboidratos, principalmente doces.Queima gorduras: o óleo de coco tem ação termogênica, ou seja, uma vez dentro do organismo, é capaz de gerar calor e queimar calorias. Isso porque não necessita de enzimas para a sua digestão e metabolismo. Essa propriedade, aliada à capacidade que a gordura de coco tem de estimular a glândula tireóide, aumenta o metabolismo basal e ajuda a perder peso com muito mais facilidade.*Pesquisas indicam que o óleo de coco também reduz o risco de doença cardíaca e coronariana, reduz o risco de câncer, regulariza o ritmo intestinal, ajuda a controlar o diabetes, aumenta os níveis de energia, melhora a digestão e absorção de nutrientes, aumenta o metabolismo, ajuda a prevenir a osteoporose, mantém a pele macia e previne o envelhecimento precoce. Além disso ajuda a reduzir o colesterol ruim (LDL) e promove a elevação do bom (HDL). Contribuindo assim para a prevenção e o tratamento das doenças cerebrais e cardiovasculares.O óleo de coco pode ser substituir demais óleos na cozinha, pois é um produto com capacidade de suportar altas temperaturas sem sofrer modificação em seus componentes nutricionais pode ser usado em refogados, saladas, vitaminas e na alimentação cotidiana em geral.
Disponível em cápsulas (60 um) e in natura (200 ml)*ALIADO A UMA ALIMENTAÇÃO BALANCEADA

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ingrediente de remédio chinês ajuda a conter tumor cerebral

O indirubin, um derivado da planta índigo, pode ajudar a tratar o glioblastoma, um tipo agressivo de tumor cerebral. Segundo um estudo publicado no periódico Cancer Research, a substância evita a formação de vasos sanguíneos locais e a migração das células do tumor para outras áreas do cérebro.
O indirubin é o ingrediente ativo de um remédio herbal chinês chamado Dang Gui Wan Long Hui, usado para tratar a leucemia mielóide crônica. A planta índigo, da qual a substância é derivada, é considerada uma erva medicinal chinesa.
Para a pesquisa, os cientistas usaram múltiplas sequências de células de glioblastoma e dois modelos animais. Eles descobriram, então, que o indirubin reduziu em 40% a migração das células do tumor de um hemisfério para o outro do cérebro de camundongos - responsável por espalhar o câncer. Houve ainda uma redução drástica na formação de novos vasos sanguíneos, processo fundamental para o crescimento do tumor.
“Nós temos métodos eficientes para impedir que o glioblastoma cresça no cérebro humano, mas essas terapias costumam falhar porque as células do tumor migram do local de origem e crescem em outras regiões do cérebro”, diz E. Antonio Chiocca, um dos coordenadores do estudo. Segundo o especialista, a nova descoberta pode significar uma nova estratégia terapêutica para esses tumores.
FONTE: VEJA ONLINE

terça-feira, 12 de julho de 2011

Cientistas mexicanos usam própolis para combater cáries

Um grupo de cientistas mexicanos usa própolis, uma substância produzida pelas abelhas, para combater as cáries. A equipe estuda também se a substância tem propriedades que auxiliam no combate à hipertensão, informou a Unam (Universidade Nacional Autônoma do México).
O própolis é um composto de cera elaborado pelas abelhas para tapar fissuras em suas colmeias à base de compostos aromáticos, ceras, flavonoides, terpenoides, álcoois e pólen. A estrutura química dessa substância varia de acordo com fatores como a estação do ano, a floração e a região onde os insetos fazem suas coletas, explica a universidade.
José Fausto Rivero Cruz, da Faculdade de Química, e os médicos veterinários zootecnistas Ángel López Ramírez e Adriana Correa Benítez são os responsáveis pela pesquisa, cujo objetivo é fomentar o uso e o aproveitamento de um "recurso desperdiçado" no México.
Os estudiosos da Unam estimam que no México são aproveitadas apenas 6 toneladas anuais de própolis, apesar de o país ser considerado o sexto produtor de mel no mundo. O própolis é utilizado com mais frequência na prevenção e no tratamento da tosse, embora sua ação terapêutica seja variada e sirva também para tratar cicatrizes, inflamações, alergias, viroses e dores.
Os cientistas comprovaram os efeitos dessa substância sobre os microorganismos que causam as cáries - Porphyromonas gingivalis e Streptococcus mutans - e já conseguiram isolar alguns compostos que servem para combatê-las.
Alguns compostos atuam sobre as enzimas glicosiltransferasas do Streptococcus mutans, responsáveis pelo aumento na produção da placa bacteriana, e outros inibiram o crescimento das bactérias em diferentes focos.
HIPERTENSÃO
O estudo dos benefícios do própolis no combate à hipertensão, por outro lado, marcha mais devagar.
Com apoio do governo da capital mexicana, os pesquisadores desenvolvem um projeto para determinar o efeito cardiovascular dos compostos de própolis, já que "em outros países são empregados para doenças de circulação, cardíacas e de hipertensão", disse.
Para isso, os especialistas vão ter que separar os compostos com procedimentos químicos e avaliar a reação biológica. Depois, em colaboração com a Universidade Autônoma de Querétaro, farão testes com a aorta isolada de ratos. Posteriormente, algumas cobaias vão tomar a substância por via oral.
As duas pesquisas serão realizadas com 15 tipos de própolis, concedidos por produtores do Centro Ecológico Acuexcómatl, e por apicultores das zonas rurais de Topilejo em Tlalpan, Xochimilco e Milpa Alta, na Cidade do México.
FONTE: FOLHA ONLINE

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dietas ricas em proteína ajudam a reduzir a fome

Alimentos proteicos aumentam saciedade em homens obesos e com sobrepeso.
Refeições ricas em proteína reduzem a fome e aumentam a sensação de saciedade ao longo do dia em pessoas que estão em processo de emagrecimento. É o que sugere uma pesquisa publicada no periódico científico Obesity, que faz uma comparação com outras dietas que pregam o consumo de alimentos proteicos apenas em sua quantidade normal. De acordo com o estudo, homens obesos e com sobrepeso que tentaram emagrecer consumindo entre 18% a 35% de proteína tiveram a fome reduzida.
Para a pesquisa, Heather Leidy, professora de nutrição e fisiologia do exercício da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, verificou a frequência com que se alimentavam os homens com obesidade e sobrepeso em tentativa de emagrecimento. De acordo com os resultados, aqueles que consumiam mais proteína e faziam três refeições diárias tiveram menos fome durante o dia e a noite do que aqueles que comeram as quantidades normais de proteína e fizeram seis refeições diárias.
Segundo Leidy, o estudo acrescenta evidências a pesquisas anteriores que já sugeriam que dietas ricas em proteínas estão associadas à diminuição do consumo calórico. No ano passado, uma pesquisa publicada pela revista científica Nutrition Research mostrou que pessoas que consomem ovos no café da manhã ingerem 400 calorias a menos do que aqueles que comem pães. Outra pesquisa mostrou que pessoas com sobrepeso que comem ovos pela manhã perderam 65% mais peso e sentiram-se com mais energia do que as pessoas que fizeram um café da manhã com pães, com o mesmo número de calorias e volume.
FONTE: VEJA ONLINE

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os hábitos que fazem bem ao cérebro

Estudos recentes sugerem que o desempenho do cérebro melhora conforme envelhecemos. Algumas habilidades, como a capacidade de resolver problemas, atingem seu ápice entre os 40 e 60 anos. A boa nova, porém, vem acompanhada de um aviso: para manter os circuitos em pleno funcionamento com o passar dos anos, é necessário tomar precauções e colocar o corpo e a mente para funcionar.Atividades físicasDesde que os pesquisadores descobriram que os neurônios continuam a nascer durante toda a vida, ainda na década de 1980, o foco das pesquisas se voltou para descobrir quais fatores estimulariam a geração dessas novas células. Os cientistas descobriram que quanto mais sangue circular pelo cérebro, maior o número de novas neurônios. E uma ótima maneira de aumentar o fluxo sanguíneo é praticar exercícios.Os estudos mais recentes sugerem que a atividade física estimula o desenvolvimento de novos neurônios em uma região do cérebro responsável pela memória, o hipocampo. O efeito se dá especificamente em uma pequena área do hipocampo, chamada de giro dentado. Outras regiões cerebrais, ligadas à cognição e ao raciocínio, também se beneficiam com atividades físicas. O neurocientista Art Kramer, da Universidade de Illinois, monitorou um grupo de pessoas com mais de 60 anos que praticou exercícios regularmente durante seis meses. O grupo teve um aumento do volume cerebral em áreas do lobo frontal, região importante para o raciocínio, e do corpo caloso, área que une as duas metades do cérebro. Pesquisas anteriores sugerem que, quando essa região sofre deterioração com o passar dos anos, a velocidade do raciocínio é prejudicada.Não é preciso se tornar um atleta de triatlo para cuidar do cérebro. Caminhar trinta minutos, três vezes por semana já tem seus efeitos, dizem os especialistas.AlimentaçãoA ciência ainda está começando a desvendar se - e como - a alimentação pode ajudar a manter o bom desempenho do cérebro. O que se sabe até o momento é que certos nutrientes podem chegar, sim, até o cérebro e afetar seu funcionamento, e que doenças crônicas ligadas à obesidade, como o diabetes, podem aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer.Os estudos na área estão direcionados para a ação de agentes anti-inflamatórios e anti-oxidantes (substâncias que impedem o acúmulo de moléculas nas células, que podem causar erros de funcionamento). Um experimento feito em animais pela pesquisadora Barbara Shukitt-Hale, da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, sugere que anti-oxidantes encontrados no morango, uva e derivados, espinafre e, principalmente, no mirtilo, (fruta comum na Europa) adiaram danos à memória e a funções motoras. No estudo, os ratos mais velhos, que já apresentavam declínio cognitivo, foram alimentados com extrato de mirtilo e morango. Os animais tiveram um desempenho melhor nos testes que mediram habilidades cognitivas e motores. E quando os pesquisadores analisaram o cérebro dos animais, perceberam que havia menos moléculas que podem causar erros de funcionamento nas células. “Nosso estudo mostrou que esses agentes antioxidantes têm efeito direto no cérebro, aumentando a produção de neurônios e de ligações entre essas células”, diz Barbara.Ginástica CerebralAté a Nintendo, com o seu Brain Age, entrou no mercado dos games de ginástica cerebral, que prometem deixar a mente mais afiada e retardar os efeitos da idade. Nenhum desses jogos apresentou provas científicas do seu funcionamento, mas o surgimento desse nicho de consumo deixa a dúvida: é possível, por meio de estímulos direcionados, “treinar” nosso cérebro? Sudoku e palavra cruzada ajudam? Podemos exercitar nossa mente para resistir aos efeitos do envelhecimento? É o que os neurocientistas buscam descobrir no momento.Estímulos à concentração e desvio de foco para treinar o cérebro parecem ter efeitos positivos. Um estudo conduzido na Universidade de Columbia pelo neurocientista Yaakov Stern usou um jogo chamado Fortaleza Espacial, que induz seus jogadores a se concentrar em tarefas distintas. Os resultados iniciais do estudo sugerem que treinar a concentração em uma tarefa, enquanto outras são realizadas ao mesmo tempo, melhora o desempenho em testes cognitivos.Para Ivan Okamoto, pesquisador do Instituto da Memória da Universidade Federal de São Paulo, devemos apostar em atividades estimulantes em vez de investir em exercícios destinados apenas a melhorar o desempenho cognitivo. “A complexidade da tarefa é que vai fornecer mais dados, mais habilidades, tanto motoras quanto sensoriais e sensitivas”, diz Okamoto. “Melhor do fazer palavras cruzadas, é aprender uma língua estrangeira. Melhor do que jogar xadrez é navegar no computador”. O importante é viver em um ambiente estimulante e procurar sempre adquirir novas habilidades, seja um novo idioma ou aprender a tocar um instrumento. O relacionamento com a família e os amigos é outra maneira de estimular o cérebro. “Isso mantém a atividade intelectual e emocional”, diz Okamoto.
Fonte: ÉPOCA

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Novos antibióticos são promessa contra superbactérias resistentes

Dois novos antibióticos com diferentes mecanismos de ação sobre o ribossomo (estrutura celular que fabrica proteína) das bactérias são as promessas no combate às infecções causadas por agentes multirresistentes.
Um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2009, o americano Thomas Steitz relatou a ação dessas novas drogas, em fase de pesquisa clínica.

Uma delas age em área específica do ribossomo -onde outros fármacos não atuam-, e a outra causa um bloqueio que impede a sua atividade.

"Chamamos isso de constipação molecular", disse Steitz, durante palestra em Lindau (Alemanha), para uma plateia de jovens cientistas e jornalistas.

Os antibióticos curam várias doenças por meio do bloqueio da função dos ribossomos bacterianos. Se o ribossomo não funciona, a bactéria não pode sobreviver.

Para a infectologista brasileira Ana Luíza Gibertoni Cruz, presente no evento, essas novas pesquisas são importantes porque, especialmente no caso de pacientes hospitalizados, o número de infecções por bactérias multirresistentes vem crescendo.

"As novas drogas infelizmente não têm acompanhado a velocidade com que as bactérias conseguem escapar dos tratamentos", diz ela.
INÍCIO
Há dois anos, Steitz e outros dois cientistas (Venkatraman Ramakrishnan e a israelense Ada Yonath) levaram o prêmio por trabalhos que mostraram imagens dos ribossomos com uma definição que lhes permitiu interpretar as posições atômicas da estrutura deles, facilitando entender seu funcionamento.
Em entrevista à Folha, Yonath contou que hoje 40% dos antibióticos disponíveis atacam o ribossomo da bactéria. "Muitos antibióticos matam a bactéria, impedindo-as que fabriquem suas proteínas vitais. Mas é fundamental buscar novas formas de combate para enfrentar as superbactérias."
Yonath e os outros dois premiados explicaram, por meio de modelos tridimensionais, como o DNA é lido pela célula e mostraram o ribossomo em funcionamento.
Eles utilizaram um método chamado cristalografia de raios X para mapear a posição de cada um das centenas de milhares de átomos que formam o ribossomo.
FONTE: FOLHA ONLINE

terça-feira, 5 de julho de 2011

Refrigerantes diet aumentam acúmulo de gordura na cintura

A bebida eleva ainda os riscos de diabetes tipo 2, derrame e doenças cardíacas
Os refrigerantes diet sempre estiveram relacionados a hábitos saudáveis, já que contêm poucas calorias. Mas eles podem ser extremamente prejudiciais à saúde, apontam pesquisas recentes. Segundo dados apresentados em uma conferência da Associação Americana de Diabetes, o consumo regular da refrigerante dietético resultou em um aumento até 70% maior na circunferência da cintura em relação às pessoas que não consomem a bebida. Esses refrigerantes ainda aumentariam os riscos de diabetes tipo 2, síndrome metabólica, derrame e doenças cardíacas.
No estudo, pesquisadores pela Escola de Medicina da Universidade do Texas analisaram dados de 474 adultos durante quase dez anos. Os voluntários informaram a frequência da ingestão do refrigerante diet e tiveram a circunferência da cintura, altura e peso medidos em quatro momentos diferentes. O objetivo era rastrear qualquer relação entre a bebida e o acúmulo de gordura no corpo com o passar do tempo.
Ao fim do estudo, os pesquisadores perceberam que a média da cintura de todos os participantes tinha aumentado. Mas aquelas pessoas que consumiam periodicamente refrigerantes diet tiveram um aumento 70% maior do que os que não consumiam refrigerantes de qualquer espécie. o período entre a primeira e a última medição foi nove anos e seis meses. Entre os consumidores mais vorazes, que bebem dois ou mais refrigerantes diet ao dia, o aumento na cintura foi de 500%.
Os motivos exatos que relacionam a bebida ao acúmulo de gordura abdominal, no entanto, não foram descobertos pela equipe de pesquisadores. Uma das hipóteses é a de que essas bebidas enganariam o cérebro, já que alimentos doces tendem a ser altamente calóricos, o que não acontece com a bebida. Assim, o cérebro estaria recebendo uma resposta errada do refrigerante, por causa do seu gosto doce. Algumas pesquisas afirmam que isso levaria o organismo a acumular mais gordura de reserva; outras, que isso aumentaria o apetite por alimentos altamente calóricos para suprir a lacuna criada pela bebida.
Diabetes — Outra pesquisa apresentada durante a conferência mostrou que os refrigerantes diet também estão relacionados com o diabetes tipo 2. No estudo, também da Universidade do Texas, a equipe mostrou que camundongos que ingeriam aspartame — adoçante usado nas bebidas — tinham níveis elevados de glicemia em jejum, um indicador do diabetes ou da condição pré-diabética.
Não é a primeira vez que se apontam os riscos dos refrigerantes dietéticos. Um estudo publicado no começo de 2011 já alertava que os refrigerantes diet podem ser responsáveis pelo aumento dos riscos de infarto e derrames.
FONTE: VEJA ONLINE

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Distúrbio faz com que pessoas não saibam que dormiram

Ninguém consegue passar meses absolutamente sem dormir. Ainda assim, muita gente jura que está há vários anos sem pregar os olhos. Essas pessoas não estão mentindo. Elas simplesmente não percebem que dormiram.
"Alguns pacientes têm uma quantidade normal de horas dormidas, mas, por uma alteração cognitiva, não se dão conta disso", explica o neurologista Luciano Ribeiro, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).Embora pouco conhecido, o distúrbio, chamado de insônia paradoxal, não é um subtipo especial de insônia --problema que afeta cerca de 32% dos paulistanos.
"Estudos já mostraram que pessoas com insônia têm a tendência de subestimar suas horas dormidas. Nesses casos, então, isso vai ao extremo", explica Ribeiro.
"Há pacientes que chegam ao consultório e dizem que não dormem há dois, três anos. Isso, claro, é biologicamente impossível, mas eles não se dão conta desse fato."
LEMBRANÇAS
A maioria das pessoas que sofre com esse distúrbio consegue se lembrar de boa parte do que aconteceu durante a noite, o que reforça a ideia de que passaram praticamente a noite toda acordadas.
Isso acontece porque quase 50% do tempo de sono é do chamado sono leve, quando se pode registrar estímulos visuais e auditivos.
"Grosso modo, é como acontece quando alguém cochila rapidamente vendo televisão. Muitas vezes a pessoa sequer percebe que dormiu, porque consegue lembrar das imagens e das falas", afirma o neurologista.
Normalmente existe uma espécie de bloqueio do organismo que nos "desliga" desses estímulos. Em quem sofre com a insônia paradoxal, por alguma razão, isso não costuma acontecer.
SINTOMAS
Para o bom funcionamento do organismo, não basta dormir. É preciso ter consciência do sono. Por isso, muitos dos que têm esse distúrbio costumam apresentar sintomas típicos da verdadeira privação de sono, como cansaço e irritabilidade.
Assim como na insônia "convencional", os principais afetados são aqueles submetidos a situações de stress ou desgaste emocional.
Esses sintomas típicos da privação de sono, aliados ao desconhecimento do distúrbio, costumam mascará-lo.
FONTE: FOLHA ONLINE

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura, diz estudo

Malhar enquanto se passa fome pode ir contra a sabedoria convencional, mas muitos atletas e "ratos de academia" fazem força com o estômago vazio, acreditando que dessa maneira irão queimar mais gordura.
O conceito, defendido em livros populares de condicionamento físico na última década, dita que o ato de exercitar-se com o estômago vazio força o corpo a buscar combustível nos depósitos de gordura acumulada em vez de correr atrás dos carboidratos mais facilmente disponíveis depois de um almoço ou lanche pré-malhação.
Mas, embora isso pareça fazer sentido, pesquisas mostram que exercitar-se desse jeito não oferece nenhum benefício, podendo inclusive trabalhar contra a saúde.
Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano no "Strength and Conditioning Journal" concluiu que o corpo queima basicamente a mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se alimentou ou não antes do exercício. Porém, você pode perder musculatura fazendo esforço em um estado de esgotamento e, sem o combustível necessário para apoiar esse esforço, a intensidade do exercício e a queima global de calorias podem sofrer redução.
Uma das pesquisas revisadas para o relatório examinou ciclistas quando treinavam depois de comer e quando treinavam em jejum. Quando treinavam sem nada em seus estômagos, aproximadamente 10% das calorias queimadas vinham de proteínas, incluindo perda muscular.
Em uma outra pesquisa publicada em 2002, cientistas descobriram um benefício adicional de uma refeição pré-malhação: mulheres saudáveis que consumiam 45 gramas de carboidratos antes de seu exercício acabavam comendo menos durante o restante do dia.
FONTE: FOLHA ONLINE