quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Hormônios extraídos da soja e do inhame retardam o envelhecimento

SÃO PAULO - O uso de hormônios bioidênticos - compostos extraídos da soja e do inhame que teriam a mesma função e composição dos hormônios produzidos pelo corpo humano - pode proteger contra doenças do envelhecimento e aumentar a expectativa e qualidade de vida. A tese é defendida pelos médicos reunidos no I Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine (Wosaam) e no V Simpósio de Fisiologia Hormonal e Longevidade realizado desde sexta-feira, em São Paulo.Os efeitos dos bioidênticos, porém, estão longe de serem uma unanimidade entre médicos. Na prática, há convergência de pensamento entre os adeptos do antienvelhecimento e os profissionais mais ortodoxos. Ambos concordam que alguns pacientes se beneficiam de reposição hormonal. O tratamento com a tiroxina (hormônio tiroidiano), progesterona natural (hormônios ovarianos), testosterona (hormônio masculino) e hormônio do crescimento, entre outros é uma realidade._ Havendo o desequilíbrio e os sintomas, os hormônios devem ser usados - diz o endocrinologista Ricardo Meirelles, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).A diferença está em dois pontos. O uso dos hormônios é visto como uma espécie de elixir da juventude pelos médicos antiaging. O mantra é dito pelo médico ginecologista Ítalo Rachid, formado pela American Board of Anti-Aging Medicine:- Envelhecemos porque as taxas de hormônio caem. Não o contrário. Não existe equilíbrio no organismo sem hormônios - diz Rachid.Para garantir um envelhecimento mais suave, com menos riscos de doenças como demência, osteoporose, Alzheimer, diabetes e perda de massa muscular, entre outras, os médicos indicam o uso de terapias hormonais como forma de prevenção.Para isso, os médicos do grupo defendem que seja feita a chamada modelação hormonal. O paciente passaria por exames de sangue para detectar suas carências hormonais. A ideia é de que se deve buscar níveis hormonais semelhantes aos da juventude.- A partir dos 35 anos, mais ou menos, ocorre uma grande queda na produção dos hormônios. Podemos reprogramar nosso cérebro pela modulação hormonal e dizer para ele que o envelhecimento está errado - diz o médico indiano Anoop Chatruvedi.Para a modulação dar certo, os médicos defendem os hormônios bioidênticos. Embora até façam eventuais concessões aos produtos sintéticos, produzidos em laboratório, eles afirmam que o ideal é o uso do medicamento extraído da soja e do inhame e manipulado de forma não-industrial.- Ele tem exatamente a mesma composição do hormônio produzido pelo corpo humano e não abre portas para os efeitos colaterais, alguns deles cancerígenos, dos sintéticos.Os dois são pontos são contestados pelos médicos ortodoxos.- Não há nenhuma pesquisa científica séria publicada que demonstre que o uso de hormônios por ´precaução´ retarde o envelhecimento. A literatura médica mais moderna inclusive orienta a reduzir o uso de medicamentos - diz Meirelles.Além disso, segundo Meirelles, a chamada avaliação individualizada dos hormônios é muito difícil.- É difícil mensurar a variação dos níveis de hormônio no sangue. Há uma série de fatores fisiológicos envolvidos. Uma pessoa pode ter um salto hormonal em pouco tempo. Isso não significa, porém, que haja um problema de saúde.Por fim, Meirelles diz que a indústria farmacêutica já produz medicamentos idênticos aos produzidos pelo corpo humano.- Inclusive são submetidas a um controle de qualidade bem maior que as farmácias de manipulação.
Fonte: O GLOBO - RJ

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vitamina D diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2

Pessoas que têm em seu organismo um bom suprimento de vitamina D correm menos riscos de desenvolver o tipo 2 da diabetes, afirma um estudo realizado na Alemanha, pelo Centro Helmholtz de Munique. Segundo os pesquisadores, o efeito protetor da vitamina D deve-se ao fato dela ser anti-inflamatória. Como a diabetes é uma doença autoimune, causada por uma reação do próprio organismo, a vitamina poderia prevenir este quadro.
Saiba mais
DIABETES TIPO 2Enquanto a diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, na do tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. É causada por uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas que têm o tipo 2 da diabetes são obesas.
O estudo foi feito com 1.684 pessoas de meia idade, 416 com diabetes tipo 2 e 1.267 sem a doença. "A deficiência de vitamina D é comum atualmente por causa do estilo de vida que levamos", afirma Barbara Thorand, do Instituto de Epidemiologia do Centro Helmholtz. "Se os resultados do acompanhamento confirmarem os resultados da pesquisa, um aumento no suprimento de vitamina pode reduzir o risco de diabetes na população."
O corpo humano, por meio de uma síntese que ocorre no fígado e nos rins, é capaz produzir vitamina D sozinho se houver exposição suficiente à luz do Sol. O suprimento de vitamina D também pode ser ampliado pelo consumo de alimentos como ovos, laticínios e peixes.
Estima-se que existam 366 milhões de pessoas diabéticas no mundo, sendo que a diabetes tipo 2 é de oito a dez vezes mais comum que a tipo 1. Anualmente, a doença causa 4,6 milhões de mortes.
FONTE: VEJA ONLINE