quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nanotecnologia ajuda a tratar câncer de pele.

Um novo meio de transportar drogas pode ajudar a melhorar o tratamento do câncer de pele, facilitando a ação de um dos remédios usados hoje contra a doença.Trata-se de um nanocarreador -composto químico microscópico criado para conduzir a droga dentro do corpo até seu local de ação.Para se ter uma ideia de sua dimensão, um nanômetro equivale à bilionésima parte de um metro e é 50 mil vezes mais fino do que um fio de cabelo.Alguns medicamentos tópicos usados hoje contra tumores de pele se degradam facilmente. O novo sistema protege o princípio ativo do remédio, aumenta sua estabilidade, melhora a biodisponibilidade (a quantidade disponível para ser absorvida pelo organismo) e facilita a penetração na pele.O projeto vem sendo desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em parceria com a Universidade de São Paulo e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.A pesquisa testou o sistema em várias moléculas, incluindo anti-inflamatórios, antibióticos e ativos cosméticos. Até aqui, os testes foram em células e em animais."Os resultados mostram que não há toxicidade e que o nanocarreador é muito promissor", afirma Natália Cerize, pesquisadora do laboratório de processos químicos e tecnologia de partículas do IPT e uma das responsáveis pelo trabalho.A tecnologia também vai possibilitar que o composto químico seja produzido em escala industrial.O sistema será apresentado em outubro na Second Conference Innovation in Drug Delivery na cidade de Aix-en-Provence, França, e está concorrendo ao Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, que tem a nanotecnologia como tema deste ano. (GC)SAIBA MAIS Disciplina já é tendência nas universidades.DE SÃO PAULOPara especialistas, a nanociência - a capacidade de manipular matéria em nível atômico e molecular- é uma tendência e afetará todos os setores.Tanto que as universidades já têm cursos de nanotecnologia. A PUC-RJ deve iniciar um em 2011.Esses profissionais, que podem ser ao mesmo tempo físicos e químicos, vão poder atuar nas mais diversas áreas, do agronegócio à medicina.As instituições que oferecem os cursos dão ênfase à multidisciplinaridade.É o caso da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Primeiro, os alunos têm disciplinas generalistas e, depois, podem optar por física, materiais ou bionanotecnologia.Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP

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