sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cientistas refinam botox para uso médico contra Parkinson e enxaqueca

Cientistas britânicos desenvolveram uma nova forma de unir e reconstruir moléculas e usá-las para refinar o antirrugas botox. O esforço pode melhorar a utilização do botox no tratamento do Parkinson, paralisia cerebral e enxaqueca crônica.
Pesquisadores do Laboratório de Investigação Médica do Conselho de Biologia Molecular disseram que os resultados também abrem caminhos para desenvolver novas formas de Clostridium botulinum da neurotoxina, vulgarmente conhecida como botox, que pode ser utilizada como analgésico a longo prazo.
"Agora, será possível produzir medicamentos à base de botox por um caminho mais seguro e econômico", disse Bazbek Davletov, que liderou o estudo.
Ao quebrar as moléculas de botox em dois blocos distintos, a equipe de Davletov foi capaz de produzi-los separadamente e de forma segura e, em seguida, juntou-os novamente, segundo em um relatório de trabalho no PNAS (Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos).
O novo método produziu uma molécula refinada como a do botox, de acordo com eles, que seria prática para uso clínico e não teria efeitos tóxicos indesejáveis.
Nos últimos anos, o botox tem sido usado cada vez mais usado como tratamento médico por profissionais que exploram sua capacidade de relaxar os músculos e os nervos, seja para tentar controlar espasmos e tremores em pacientes com Parkinson, ou para aliviar a dor.
Em julho, o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar a droga --vendida sob a marca botox pela Allergan-- como tratamento para a enxaqueca.
Mas a substância é extremamente tóxica e só pode ser usada de forma muito diluída, um fator que limita seu desenvolvimento para outros usos.
Davletov disse que a nova técnica de refino poderia permitir aos cientistas outras formas de produção de botox com maior uso medicinal, como um analgésico de longa duração, por exemplo.
"Esta é a primeira vez em que fomos capazes de tratar as moléculas de proteína, como blocos de construção, combinando-as a fim de criar uma base de tratamento que não era possível anteriormente", disse ele.
O método pode permitir que os pesquisadores desenvolvam uma forma de alívio da dor crônica que pode durar tanto tempo quanto uma única injeção de botox --entre quatro e seis meses, disse ele. FOLHA ONLINE

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