quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Correr uma maratona faz mal ao coração, diz estudo
Correr uma maratona pode machucar o coração, segundo um estudo que acaba de ser apresentado no Congresso Cardiovascular Canadense, que termina amanhã.A pesquisa, da Universidade Laval, no Canadá, examinou 20 corredores amadores saudáveis algumas semanas antes e 48 horas depois de uma prova. Foram feitos testes de esforço, de sangue e ressonância magnética.Os exames mostraram alterações no bombeamento sanguíneo e na oxigenação do coração, além de microlesões e inchaço no órgão.Os piores resultados foram de pessoas com menor índice de absorção de oxigênio pelo teste VO2. Três meses depois, os exames foram repetidos e as alterações tinham desaparecido.O médico canadense Éric Larose, um dos autores do estudo, disse à Folha que, apesar de reversíveis, as mudanças observadas estão associadas à ocorrência de eventos cardiovasculares.Segundo o médico Daniel Arkader Kopiler, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o esforço de uma maratona causa um processo inflamatório reversível, mas preocupante."Há a destruição de células do coração e a liberação de enzimas. Isso pode facilitar o surgimento de lesões."Para o médico Antonio Sergio Tebexreni, professor da Unifesp, em amadores, há uma maior possibilidade de surgirem pequenos coágulos e microlesões no órgão."Quanto maior o preparo físico, melhor vai ser a circulação cardíaca e o aproveitamento. O coração trabalha menos para produzir a mesma quantidade de energia."PARA POUCOS"Correr uma maratona não é como visitar o shopping. Não é para qualquer um", diz o cardiologista Nabil Ghorayeb. Há três anos, ele coordenou um estudo no Instituto Dante Pazzanese que analisou alterações cardíacas em 70 corredores.Os resultados mostraram mudanças fisiológicas. "A recuperação acontece, mas é preciso saber que a modalidade pode causar desidratação, hipertermia, arritimias agudas e até crônicas."Os riscos são maiores em pessoas com doenças cardiovasculares. "Mas a ausência de fator de risco não quer dizer que é permitido", diz. Todos precisam fazer uma avaliação física antes de correr.Também é recomendado fazer um intervalo. "Não é indicado disputar mais de duas maratonas ao ano."Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Pílula com estrogênio elevado pode tornar mulher mais ciumenta
Hormônios presentes em algumas medicações para mulheres podem ser responsáveis pela aumento da preocupação com a fidelidade dos parceiros, advertiram pesquisadores na revista "Personality and Individual Differences". Mulheres que tomam anticoncepcionais com níveis altos de estrogênio são mais suscetíveis e poderiam até colocar o relacionamento em risco. A informação foi publicada no site do jornal britânico "Telegraph". Um quarto das mulheres do Reino Unido tomam pílula, entre 16 e 49 anos de idade. O pesquisador Craig Roberts, da Universidade de Stirling, entrevistou 275 mulheres sobre seus sentimentos e o quanto confiavam em seus parceiros em determinadas circunstâncias. As respostas foram comparadas ao tipo de anticoncepcional que cada uma tomava. Enquanto as pílulas com estrogênio elevado mostraram ter mais influência sobre as emoções, aquelas com mais progesterona têm impacto emocional menor. "Parece que as mulheres não estão plenamente conscientes do leque de potenciais efeitos colaterais psicológicos associados ao uso do anticoncepcional. Especificamente, na escolha da marca", disse Craig Fonte: FOLHA ON LINE
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Brasileiro não sabe como prevenir a doença
O brasileiro não conhece bem as causas, o diagnóstico ou as formas de prevenção e tratamento da osteoporose. Isso é o que revela uma pesquisa inédita, encomendada pelo laboratório Novartis, para avaliar o grau de conhecimento sobre a doença.O levantamento ouviu 2.000 pessoas com mais de 18 anos em nove capitais, incluindo portadores de osteoporose e pessoas saudáveis.Os dados mostram que 33% não sabem como prevenir a doença.Embora grande parte saiba que o problema está relacionado à ingestão de cálcio, 78% desconhecem a importância dos exercícios físicos.Apenas a minoria -1%- sabe que o álcool e o cigarro estão relacionados à osteoporose. Além disso, 17% acreditam que o problema não traz riscos à saúde.ESPERADO"De certa forma, o resultado era esperado, porque há desconhecimento até entre os médicos, que acabam transmitindo informações errôneas", diz o ortopedista Márcio Passini, do Hospital das Clínicas de São Paulo e presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.Passini lembra que três em cada quatro pacientes só são diagnosticados depois de uma fratura. "A doença não tem cura, mas o tratamento reduz o risco de fraturas, que é o que queremos."A pesquisa também revelou que 28% dos brasileiros desconhecem o tratamento. Entre os portadores, 17% não seguem nenhuma terapia.Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Colágeno ajuda a prevenir o envelhecimento da pele
Com o passar dos anos nosso organismo começa a apresentar perdas naturais como a baixa de hormônios. O envelhecimento da pele é um processo degenerativo progressivo que surge naturalmente e é resultante de um declínio fisiológico das funções do tecido cutâneo. "O declínio da qualidade do colágeno tem um papel primordial neste processo, resultando em sinais como a flacidez da pele, formação de rugas e prejuízo na renovação celular" explica o farmacêutico bioquímico Carlos Henrique Portes Malatrasi. De forma natural, o colágeno é sintetizado e renovado continuamente por nosso organismo, no entanto, com o decorrer dos anos, sua síntese e renovação vão sofrendo um declínio progressivo, com evidente prejuízo corporal, físico e funcional. "A suplementação alimentar com colágeno hidrolisado é benéfico à saúde, pois é capaz de auxiliar no tratamento de alguns processos patológicos ou mesmo fisiológicos, como o próprio envelhecimento", diz o especialista. Segundo pesquisas, os aminoácidos mais característicos do colágeno são a hidroxiprolina, que juntamente com a glicina e a prolina formam a seqüência predominante da cadeia colagênica, sendo este um fator determinante que contribui para a função estrutural e de sustentação do colágeno no tecido conjuntivo. Para o bioquímico estes aminoácidos são essenciais para a manutenção da estrutura da pele. "Estudos têm demonstrado efeitos positivos de suplementação do colágeno em processos de envelhecimento, cicatrização e até mesmo em tratamentos degenerativos", conclui. Dose recomendada De acordo com pesquisa desenvolvida no Brasil pelo Medcin Instituto da Pele, a ingestão diária de 5g de colágeno hidrolisado constatou, na avaliação subjetiva e clínica, melhora na hidratação e flacidez da pele. Já na análise instrumental, foi identificada melhora de 5,5% na firmeza e 10% na elasticidade facial, além de melhora na hidratação cutânea. Sem dúvida, os benefícios do colágeno hidrolisado no processo de envelhecimento cutâneo são evidentes. Esta importante proteína tem um grande potencial de prevenção e cuidado com a pele, sendo necessário apenas a ingestão diária de 5g. A suplementação de colágeno é essencial a partir dos 25 anos, principalmente para quem deseja retardar o envelhecimento da pele.Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Estudo mostra que maioria das mulheres apresenta sobrepeso na menopausa
Estudo do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) indica que 68% das mulheres chegam na menopausa com sobrepeso ou obesidade. O levantamento mostra ainda que 67% têm problemas relacionados aos sistemas vasomotores a contração e a dilatação dos vasos sanguíneos. A pesquisa constatou que no primeiro atendimento para tratar a menopausa, as mulheres apresentam geralmente hipertensão arterial (44,94%), diabetes (10,01%), e tabagismo (8,39%).
O estudo, um dos mais amplos já realizados no Brasil sobre o tema, revela que a média etária de ocorrência da menopausa no Brasil é de 48,1 anos. O levantamento foi feito com cerca de 6 mil mulheres, em uma investigação que durou 11 anos (entre 1983 e 2004) e foi feita no Setor de Climatério do Hospital das Clínicas.
O levantamento também mostra que a idade da mulher na época em que ocorre a menopausa tem influência significativa sobre os sintomas e as doenças que normalmente aparecem no período: 27,8% das pacientes que tiveram a menopausa entre 41 e 45 anos de idade apresentaram sintomas vasomotores acentuados, contra 18,3% entre aquelas que entraram na menopausa com idade acima de 55 anos.
A professora do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do estudo, Angela Maggio da Fonseca, destaca, por ocasião do Dia Mundial da Menopausa, comemorado nesta segunda (18), que o estudo é uma forma de os médicos conhecerem a fisiologia desse período da mulher. "E possibilita a escolha de um tratamento adequado, melhorando a qualidade de vida de todas elas".
Segundo a professora, nesse período são necessários uma alimentação adequada e exercícios físicos, principalmente a caminhada. "E hoje nós temos os hormônios, tão criticados, mas que são excelentes. O que precisa é ter prudência e dar os hormônios a quem precisa, na dosagem certa, na quantidade e no tempo apropriado", recomenda. FOLHA ONLINE
O estudo, um dos mais amplos já realizados no Brasil sobre o tema, revela que a média etária de ocorrência da menopausa no Brasil é de 48,1 anos. O levantamento foi feito com cerca de 6 mil mulheres, em uma investigação que durou 11 anos (entre 1983 e 2004) e foi feita no Setor de Climatério do Hospital das Clínicas.
O levantamento também mostra que a idade da mulher na época em que ocorre a menopausa tem influência significativa sobre os sintomas e as doenças que normalmente aparecem no período: 27,8% das pacientes que tiveram a menopausa entre 41 e 45 anos de idade apresentaram sintomas vasomotores acentuados, contra 18,3% entre aquelas que entraram na menopausa com idade acima de 55 anos.
A professora do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do estudo, Angela Maggio da Fonseca, destaca, por ocasião do Dia Mundial da Menopausa, comemorado nesta segunda (18), que o estudo é uma forma de os médicos conhecerem a fisiologia desse período da mulher. "E possibilita a escolha de um tratamento adequado, melhorando a qualidade de vida de todas elas".
Segundo a professora, nesse período são necessários uma alimentação adequada e exercícios físicos, principalmente a caminhada. "E hoje nós temos os hormônios, tão criticados, mas que são excelentes. O que precisa é ter prudência e dar os hormônios a quem precisa, na dosagem certa, na quantidade e no tempo apropriado", recomenda. FOLHA ONLINE
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Unifesp recruta voluntários para pesquisas sobre chocolate e menopausa
SÃO PAULO - A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) está recrutando voluntários para duas pesquisas: uma sobre compulsão por chocolate e outra sobre tratamentos alternativos para menopausa.
Para o primeiro estudo, o Departamento de Psicobiologia precisa de pessoas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 45 anos e que apresentem compulsão por chocolate. O levantamento está focado em um tratamento alternativo, baseado na ingestão de Ômega 3, pelo período mínimo de dois meses.
O interessado deve ter Índice de Massa Corpórea (IMC) dentro da normalidade - de 18 a 25 -, não usar nenhum tipo de medicamento psicoativo (antidepressivos ou antipsicóticos) nem ter doenças psiquiátricas.
Para o segundo trabalho, o Ambulatório do Climatério estuda um tratamento que combata os sintomas da menopausa, com medicamento à base de soja. As voluntárias devem ter entre 40 e 65 anos, atividade sexual regular e queixas sobre o sexo, esquecimento e perda de memória. É necessário que as mulheres apresentem ausência de menstruação por pelo menos um ano e não tenham utilizado nenhum tipo de terapia hormonal nos últimos três meses. ESTADÃO ONLINE
Para o primeiro estudo, o Departamento de Psicobiologia precisa de pessoas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 45 anos e que apresentem compulsão por chocolate. O levantamento está focado em um tratamento alternativo, baseado na ingestão de Ômega 3, pelo período mínimo de dois meses.
O interessado deve ter Índice de Massa Corpórea (IMC) dentro da normalidade - de 18 a 25 -, não usar nenhum tipo de medicamento psicoativo (antidepressivos ou antipsicóticos) nem ter doenças psiquiátricas.
Para o segundo trabalho, o Ambulatório do Climatério estuda um tratamento que combata os sintomas da menopausa, com medicamento à base de soja. As voluntárias devem ter entre 40 e 65 anos, atividade sexual regular e queixas sobre o sexo, esquecimento e perda de memória. É necessário que as mulheres apresentem ausência de menstruação por pelo menos um ano e não tenham utilizado nenhum tipo de terapia hormonal nos últimos três meses. ESTADÃO ONLINE
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Consumo de nozes combate o estresse
Comer regularmente uma porção de nozes pode diminuir o aumento da pressão sanguínea causada pelo estresse, diz um novo estudo feito pela Pennsylvania State University, nos Estados Unidos. De acordo com os cientistas, este benefício se deve a presença de ômega-3, gordura insaturada encontrada nas oleaginosas. O estudo observou 22 adultos saldáveis, mas com elevados níveis de colesterol ruim, o LDL. Os participantes foram separados em três grupos, que receberam alimentação diferenciada durante seis semanas. Além disso, as pessoas que participaram da pesquisa foram expostas a situações estressantes duas vezes ao dia, e depois sua pressão sanguínea era medida. Os pesquisadores descobriram que o grupo que consumia em média 18 nozes e óleo de nozes todos os dias tinha o nível de pressão arterial até dois pontos mais baixo do que os outros participantes, inclusive em momentos de estresse. O coração também agradeceAlém disso, os cientistas também descobriram que depois de consumir nozes, os participantes tinham uma dilatação nas artérias e uma reação anti-inflamatória nos vasos sanguíneos, o que pode ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares. A noz é conhecida como uma rica fonte de fibras, antioxidantes, gorduras insaturadas e ômega-3. Essas características, segundo os pesquisadores, favorecem a regulação do peso corporal e o equilíbrio das taxas de colesterol sanguíneo. A oleaginosa também oferece boas doses de selênio, considerado um oligoelemento, já que o organismo precisa de pouca quantidade dele para suprir sua necessidade. O mineral é um antioxidante que atua juntamente com a vitamina E. Entre as funções desempenhadas pelo selênio, destacam-se a participação na síntese de hormônios tireoidianos e o auxílio a enzimas que dependem dele para terem um bom funcionamento. Em outras palavras, ele é essencial para o controle da produção hormonal e para a saúde dos cabelos, pele e visão. Relaxe comendoA noz sozinha pode não dar conta do recado. Por isso, conheça outros alimentos que combatem o estresse e melhoram a sensação de bem-estar. Banana: a fruta é um carboidrato rico no aminoácido triptofano ( cada 100g da banana contém em média 18mg de triptofano). Acontece que este aminoácido é uma substância precursora da serotonina. "Sem serotonina, o organismo fica suscetível a males como depressão, irritabilidade, insônia, ansiedade, mal humor e hiperfagia (aumento exagerado da fome)", explica a nutricionista Lucyanna Kalluf. A serotonina também é considerada como sendo uma substância anorexígena, diminuindo a compulsividade e a fome. Mel: o alimento é um carboidrato fonte de triptofano, com ação calmante que induz a uma sensação de bem estar melhorando a função da serotonina no cérebro. O mel tem uma função importante como regenerador da microflora intestinal, quando combinado aos lactobacilos presentes no intestino. Sabe-se que mais de 90% da serotonina é produzida no intestino, portanto o mel ajuda a manter a integridade intestinal colaborando com uma melhor regulação neuro-endócrina, com mais serotonina e mais disposição e sensação de prazer. Abacate: esta fruta rica em ácido fólico, vitamina B3 ( niacinamida) e potássio. O abacate também tem mais proteína que qualquer outra fruta, cerca de 2 g para cada porção de 110 g. Possui, ainda, quantidades úteis de ferro, magnésio e vitaminas C, E e B6. A niacinamida ( Vitamina B3) tem ação específica sobre o sistema nervoso central, colaborando com a manutenção de hormônios que regulam as substâncias químicas do cérebro e garante efeito relaxante. Esta vitamina tem ação conjunta com o ácido fólico, que atua como coenzima de diversos neurotransmissores do bom humor. Dica: fique atento ao valor calórico da fruta: cada 110 g contém cerca de 200 calorias.Chá verde: afasta os riscos do estresse oxidativo, que é a deficiência de substâncias antioxidantes no organismo, trazendo como consequências doenças como a obesidade e até depressão. O chá verde é rico em polifenóis, nutrientes antioxidantes que atacam os radicais livres das células cerebrais, mantendo a sua atividade neuroprotetora, diminuindo a probabilidade de inflamação cerebral e favorecendo sensação de bem-estarFonte: O ESTADO D0 PARANÁ – PR
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Droga anti-impotência é ligada a tumor na próstata, sugere pesquisa
Uma pesquisa inédita da PUC do Paraná em parceria com os NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA) sugere que o uso de medicamentos contra a impotência sexual pode aumentar as chances de câncer de próstata.
Esse é o segundo tumor mais frequente entre homens -o primeiro é o câncer de pele que não o melanoma.
Os pesquisadores avaliaram tumores de próstata de 50 pacientes do Hospital AC Camargo, de São Paulo, e descobriram que, em 30%, há uma redução da função de uma proteína do gene PDE11A, que estaria associada ao câncer de próstata.
Acontece que drogas contra impotência (em especial as de longa duração e uso contínuo) também causam, de forma indireta, a diminuição da função dessa proteína, segundo Fábio Rueda Faucz, professor de genética molecular pela PUC e um dos autores do trabalho.
"A gente encontrou na pesquisa uma simulação do que o medicamento faz. O problema maior estaria nos medicamentos de longa duração, que são administrados a cada 36 horas. Eles podem criar uma condição de suscetibilidade ao câncer."
Segundo Faucz, pacientes que fazem uso constante desses medicamentos devem ser submetidos a exames preventivos regulares, como o toque retal e o PSA.
"É preciso atenção especial, já que os pacientes que normalmente buscam o tratamento para a impotência sexual são aqueles que já se enquadram no grupo de risco do câncer de próstata, que é idade superior a 50 anos."
A pesquisa foi publicada no "Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism", a principal publicação mundial da especialidade. FOLHA ONLINE
Esse é o segundo tumor mais frequente entre homens -o primeiro é o câncer de pele que não o melanoma.
Os pesquisadores avaliaram tumores de próstata de 50 pacientes do Hospital AC Camargo, de São Paulo, e descobriram que, em 30%, há uma redução da função de uma proteína do gene PDE11A, que estaria associada ao câncer de próstata.
Acontece que drogas contra impotência (em especial as de longa duração e uso contínuo) também causam, de forma indireta, a diminuição da função dessa proteína, segundo Fábio Rueda Faucz, professor de genética molecular pela PUC e um dos autores do trabalho.
"A gente encontrou na pesquisa uma simulação do que o medicamento faz. O problema maior estaria nos medicamentos de longa duração, que são administrados a cada 36 horas. Eles podem criar uma condição de suscetibilidade ao câncer."
Segundo Faucz, pacientes que fazem uso constante desses medicamentos devem ser submetidos a exames preventivos regulares, como o toque retal e o PSA.
"É preciso atenção especial, já que os pacientes que normalmente buscam o tratamento para a impotência sexual são aqueles que já se enquadram no grupo de risco do câncer de próstata, que é idade superior a 50 anos."
A pesquisa foi publicada no "Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism", a principal publicação mundial da especialidade. FOLHA ONLINE
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
O nascimento da saúde
Prevenir doenças sempre foi um dos principais objetivos da medicina. O mais recente avanço nesse sentido é a descoberta, por meio de diversos estudos realizados em todo o mundo, de que as sementes da saúde e da doença são plantadas em uma fase ainda mais precoce do que se imaginava: antes do nascimento, ainda durante a vida intra-uterina. Os cientistas estão cada vez mais convencidos de que os nove meses de gestação são decisivos para a saúde do indivíduo durante toda a sua vida. “A mãe deve ser entendida como o primeiro ambiente ecológico da criança”, considera o ginecologista e obstetra Eliezer Berenstein, um dos autores do livro “Gerar e Nascer”. “Na gravidez, toda a história física e emocional do bebê estará sendo construída e será influenciada por aquilo que a mãe come, por exemplo, e por seu comportamento emocional durante a gestação”, afirma o ginecologista Márcio Coslovsky, especialista em reprodução humana da Clínica Huntington, do Rio de Janeiro. De fato, as pesquisas já demonstram, entre outras coisas, como doenças infecciosas da mãe, seus níveis de estresse, a qualidade de sua alimentação e até do ar que ela respira podem contribuir para que a criança venha a desenvolver, na infância ou na vida adulta, problemas cardíacos, alergias, asma, obesidade, câncer e outras enfermidades. Uma das doenças nas quais esta relação encontra-se muito bem estabelecida é a diabetes. Se a mãe for diabética e não controlar a doença durante a gestação, a chance de dar à luz uma criança também portadora é muito alta. Um dos trabalhos mais exemplares a provar essa conexão foi o realizado pela epidemiologista Dana Dabelea, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, com índios pima americanos. Essa população registra os maiores índices de diabetes tipo 2 (associada ao estilo de vida) do planeta. Ao examinar a incidência da doença nas crianças pima com mais de 10 anos, os pesquisadores verificaram que, além da genética, outro fator contribuía para elevar os riscos de elas manifestarem a diabetes. “Trata-se da exposição, antes do nascimento, a altas taxas de açúcar no sangue da mãe”, disse Dana à ISTOÉ.O esforço, agora, é entender por que isso acontece. Uma pesquisa da Universidade do Alabama (EUA) jogou luz sobre o assunto. “Essas crianças são mais propensas a ter baixa sensibilidade à ação da insulina, um conhecido fator de risco para a doença”, disse à ISTOÉ Paula Chandler-Laney, autora do estudo. A insulina é o hormônio que permite a saída do açúcar do sangue e sua entrada nas células. Se o indivíduo manifestar resis¬tência ao seu funcionamento, ela não agirá corretamente. O resul¬tado é que haverá mais glicose na circulação sanguínea, caracteri¬zando a diabetes. Mas por que o feto desenvolveria essa resistência? “A maior quantidade de açúcar que está no sangue da mãe dia¬bética atravessa a placenta”, explica o médico Ivan Ferraz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. “E isso obriga o pâncreas do bebê a produzir mais insulina para manter o equilíbrio. Como resposta ao excesso da substância, o corpo se torna menos sensível à ação do hormônio”, complementa a americana Paula.No caso da tendência à obesidade, a confirmação de que ela pode ser adquirida dentro do útero também vem de diversos e consistentes trabalhos. O pesquisador John Kral, da Suny Downstate Medical Center, de Nova York, por exemplo, comparou o peso de adolescentes nascidos de mulheres que engordaram muito durante a gestação com o de seus irmãos, gerados após suas mães terem se submetido a cirurgias bariátricas. O resultado foi impressionante. “Vimos que os irmãos tinham herdado os genes da obesidade, porém a taxa de obesos entre os que nasceram após as mães terem feito a cirurgia para perda de peso foi 52% menor”, disse Kral à ISTOÉ. Ele e sua equipe agora investigam os mecanismos intrauterinos atuantes nestes casos. “Uma hipótese é a de que a nutrição exagerada alteraria a função de alguns genes do feto”, diz o especialista.O excesso de peso materno também pode estar relacionado ao aumento de risco de a criança tornar-se mais vulnerável à alergia, à asma e a doenças neurodegenerativas, como doença de Alzheimer e doença de Parkinson. Essa indicação foi dada por pesquisas com animais feitas na Duke University (EUA). “Nossa esperança é de que estes dados levem as mães a considerarem as consequências do que ingerem não apenas para a própria saúde, mas para a saúde dos filhos e, potencialmente, até dos netos”, afirmou Staci Bilbo, do Departamento de Psicologia e Neurociência da instituição americana e participante do trabalho. “Hoje se estima que a boa alimentação da mãe afeta não apenas o filho como as próximas duas gerações”, diz a nutricionista funcional Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro. Diante dessas evidências, os médicos começam a ressaltar a importância do emagrecimento para a mulher que deseja ter filhos e que está acima do peso. “A indicação para essas mulheres é fazer a cirurgia bariátrica pelo menos um ano antes de engravidar”, afirma Thomas Szego, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.Se o acúmulo de peso é um problema para a criança, o inverso também é verdadeiro. Bebês nascidos com baixo peso têm, por exemplo, um maior risco de apresentar doenças cardíacas na idade adulta. “Essa relação está comprovada”, disse à ISTOÉ a epidemiologista Janet Rich-Edwards, do Women’s Brigham Hospital, em Boston, nos EUA. E o que as pesquisas estão demonstrando é que várias das causas para o nascimento de crianças com peso abaixo do normal estão relacionadas às condições da mãe. Fumo e depressão não tratada na gravidez, por exemplo, podem resultar em bebês magros demais. Outra razão é a adoção de uma dieta pobre em nutrientes importantes. Quando isso acontece, o feto deixa de receber ingredientes necessários à formação correta dos tecidos. A consequência é que acabam sendo priorizados o desenvolvimento de alguns órgãos, como o cérebro, em detrimento de outros.Sabe-se também que a alimentação materna pode ter impacto na chance de a criança vir a desenvolver câncer. “Dependendo de sua qualidade, a nutrição da mãe pode produzir células geneticamente instáveis e propensas à doença”, disse à ISTOÉ David Barker, da Universidade de Southampton, na Inglaterra. Um dos principais vilões, neste caso, são os embutidos. “Eles apresentam em sua composição uma substância carcinogênica que pode atuar sobre o feto”, explica a nutricionista Elaine de Pádua, de São Paulo. Porém, o risco para o bebê não está apenas na dieta equivocada. Se a gestante fumar, usar drogas ou tomar antibióticos inadequados, também deixará o feto mais vulnerável à enfermidade. “E há evidências de que a exposição da grávida a inseticidas aumenta as chances de tumores renais”, afirma a oncopediatra Viviane Sonaglio, do Hospital do Câncer de São Paulo. Presente no cotidiano da maioria dos moradores das grandes cidades, a poluição é considerada um dos maiores inimigos da evolução saudável dos fetos no ambiente uterino. Diversos trabalhos feitos pela equipe do Children’s Environmental Health, da Universidade Colúmbia, nos EUA, mostram que, além de aumentar os riscos de câncer de modo geral, os poluentes emitidos pela queima de combustíveis por veículos, pesticidas ou pelo fumo passivo estão ligados a problemas de desenvolvimento do raciocínio dos pequenos. Uma investigação feita com crianças de 3 anos de idade, nascidas de mães expostas a constante poluição atmosférica, indicou atraso em funções cerebrais como a compreensão dos tamanhos, a habilidade para fazer contas e a identificação de padrões bastante simples. “Esses resultados têm se repetido nos estudos em andamento em vários países”, disse à ISTOÉ Julia Vishnevetsky, coordenadora do centro de pesquisa da instituição americana. “As crianças que já manifestam algum déficit de cognição originado quando ainda estavam no útero da mãe poderão ter pior desempenho escolar quando forem mais velhas, se nada for feito. Mas os danos podem ser revertidos se houver uma intervenção precoce”, diz a especialista.Outro fator comum ao estilo de vida atual e extremamente nocivo é o estresse. Há indicativos de que ele seja capaz de produzir sequelas físicas e mentais no ser em formação. Um exemplo é aumentar a predisposição do bebê à asma, como atestou um estudo americano feito com 557 famílias. Os cientistas analisaram o cordão umbilical dos filhos das mulheres submetidas a tensão intensa e contínua com o das crianças geradas por mães mais tranquilas. “Vimos diferenças importantes na produção de substâncias associadas ao risco de asma na vida adulta”, disse Rosalind Wright, uma das autoras da pesquisa. “Nos bebês gerados por mães estressadas, a chance de surgimento da doença era muito maior”, disse a estudiosa.Tão forte quanto isso é o impacto do estresse da mãe na formação de toda a rede de neurônios do bebê. “As experiências emocionais da mulher durante a gestação ajudam a moldar a arquitetura do cérebro do bebê. Isso, a longo prazo, vai afetar a capacidade de aprendizagem, o comportamento e a saúde mental da criança”, considera a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Nós Estamos Grávidos”.Um dos assuntos que mais interessam aos pesquisadores nessa área de investigação é entender melhor como o estresse materno pode predispor o bebê a maior chance de vir a sofrer de depressão quando adulto – situação que começa a ser apontada em alguns trabalhos. Um deles foi realizado, em animais, na Escola de Farmácia da Hebrew University of Jerusalem. Nos seus experimentos, os cientistas observaram que as cobaias submetidas a ambientes estressantes (ouviam sons irritantes em períodos alternados) tiveram filhotes que, quando adultos, demonstraram alguns prejuízos importantes: tinham debilitada sua capacidade de aprendizado e de memória, apresentavam menor habilidade de lidar com situações adversas e manifestavam sintomas de ansiedade e de depressão.Na Inglaterra, pesquisadores do Imperial College of London chegaram inclusive a montar, no ano passado, uma exposição dirigida a pais para informá-los sobre a conexão. O objetivo era deixar bem claro que o estresse da gestante pode ter um impacto tão sério a ponto de alterar o desenvolvimento cerebral da criança, deixando-a suscetível à enfermidade.No entanto, muita coisa ainda precisa ser descoberta sobre como se dá esse tipo de interação. Parte da resposta estaria na exposição do feto aos hormônios desbalanceados da mãe. Sob condições de tensão constante, todos nós produzimos quantidades excessivas do hormônio cortisol, inclusive a gestante. E o excedente passaria através da placenta e chegaria ao feto, provocando mudanças na sua rede neuronal que podem estar associadas ao surgimento da depressão na vida adulta.Todas essas descobertas têm reforçado a importância do pré-natal como um período fundamental para garantir a saúde futura do bebê que está sendo gerado. De acordo com o ginecologista Nilson Melo, presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, o mínimo necessário são sete consultas, distribuídas do primeiro ao nono mês. “É o melhor investimento na dupla mamãe-bebê e na saúde das fu¬turas gerações”, diz o especialista.Fonte: ISTO É
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Cientistas refinam botox para uso médico contra Parkinson e enxaqueca
Cientistas britânicos desenvolveram uma nova forma de unir e reconstruir moléculas e usá-las para refinar o antirrugas botox. O esforço pode melhorar a utilização do botox no tratamento do Parkinson, paralisia cerebral e enxaqueca crônica.
Pesquisadores do Laboratório de Investigação Médica do Conselho de Biologia Molecular disseram que os resultados também abrem caminhos para desenvolver novas formas de Clostridium botulinum da neurotoxina, vulgarmente conhecida como botox, que pode ser utilizada como analgésico a longo prazo.
"Agora, será possível produzir medicamentos à base de botox por um caminho mais seguro e econômico", disse Bazbek Davletov, que liderou o estudo.
Ao quebrar as moléculas de botox em dois blocos distintos, a equipe de Davletov foi capaz de produzi-los separadamente e de forma segura e, em seguida, juntou-os novamente, segundo em um relatório de trabalho no PNAS (Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos).
O novo método produziu uma molécula refinada como a do botox, de acordo com eles, que seria prática para uso clínico e não teria efeitos tóxicos indesejáveis.
Nos últimos anos, o botox tem sido usado cada vez mais usado como tratamento médico por profissionais que exploram sua capacidade de relaxar os músculos e os nervos, seja para tentar controlar espasmos e tremores em pacientes com Parkinson, ou para aliviar a dor.
Em julho, o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar a droga --vendida sob a marca botox pela Allergan-- como tratamento para a enxaqueca.
Mas a substância é extremamente tóxica e só pode ser usada de forma muito diluída, um fator que limita seu desenvolvimento para outros usos.
Davletov disse que a nova técnica de refino poderia permitir aos cientistas outras formas de produção de botox com maior uso medicinal, como um analgésico de longa duração, por exemplo.
"Esta é a primeira vez em que fomos capazes de tratar as moléculas de proteína, como blocos de construção, combinando-as a fim de criar uma base de tratamento que não era possível anteriormente", disse ele.
O método pode permitir que os pesquisadores desenvolvam uma forma de alívio da dor crônica que pode durar tanto tempo quanto uma única injeção de botox --entre quatro e seis meses, disse ele. FOLHA ONLINE
Pesquisadores do Laboratório de Investigação Médica do Conselho de Biologia Molecular disseram que os resultados também abrem caminhos para desenvolver novas formas de Clostridium botulinum da neurotoxina, vulgarmente conhecida como botox, que pode ser utilizada como analgésico a longo prazo.
"Agora, será possível produzir medicamentos à base de botox por um caminho mais seguro e econômico", disse Bazbek Davletov, que liderou o estudo.
Ao quebrar as moléculas de botox em dois blocos distintos, a equipe de Davletov foi capaz de produzi-los separadamente e de forma segura e, em seguida, juntou-os novamente, segundo em um relatório de trabalho no PNAS (Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos).
O novo método produziu uma molécula refinada como a do botox, de acordo com eles, que seria prática para uso clínico e não teria efeitos tóxicos indesejáveis.
Nos últimos anos, o botox tem sido usado cada vez mais usado como tratamento médico por profissionais que exploram sua capacidade de relaxar os músculos e os nervos, seja para tentar controlar espasmos e tremores em pacientes com Parkinson, ou para aliviar a dor.
Em julho, o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar a droga --vendida sob a marca botox pela Allergan-- como tratamento para a enxaqueca.
Mas a substância é extremamente tóxica e só pode ser usada de forma muito diluída, um fator que limita seu desenvolvimento para outros usos.
Davletov disse que a nova técnica de refino poderia permitir aos cientistas outras formas de produção de botox com maior uso medicinal, como um analgésico de longa duração, por exemplo.
"Esta é a primeira vez em que fomos capazes de tratar as moléculas de proteína, como blocos de construção, combinando-as a fim de criar uma base de tratamento que não era possível anteriormente", disse ele.
O método pode permitir que os pesquisadores desenvolvam uma forma de alívio da dor crônica que pode durar tanto tempo quanto uma única injeção de botox --entre quatro e seis meses, disse ele. FOLHA ONLINE
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Composto inibe radicais livres ligados a obesidade
O CAPE, substância extraída da própolis e testada em pesquisa da Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba, apresenta potencial antioxidante. Os resultados obtidos pela pesquisadora Aline Camila Caetano em experimentos com camundongos revelam que o CAPE pode combater a formação de radicais-livres associados à obesidade e a doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão.
Isolado da própolis produzida pelas abelhas, o CAPE é um composto fenólico que possui várias atividades biológicas, como por exemplo o efeito antiinflamatório e antimicrobiano. “O estudo verificou a propriedade antioxidante em modelo experimental de obesidade e estresse oxidativo em camundongos”, conta a pesquisadora, formada em Ciências dos Alimentos.
Durante a pesquisa, grupos de camundongos tiveram obesidade induzida por uma dieta à base de gordura de porco, por um período de 8 semanas. Em seguida, parte deles recebeu o CAPE por via oral, nas dosagens de 13 e 30 miligramas (mg) por quilo de peso, em período de 15 e 22 dias. Depois desse período, foi verificada a atividade de enzimas associadas ao estresse oxidativo nos tecidos adiposo e hepático.
Nos camundongos que receberam a dosagem de 13 mg, verificou-se no tecido hepático que as enzimas tiveram um comportamento semelhante ao grupo controle, composto por animais não submetidos ao estresse oxidativo gerado pela obesidade. “Não houve aumento da atividade das enzimas, o que evidencia um possível efeito antioxidante do CAPE”, destaca Aline. “Também foi registrado uma redução da produção de peróxido de hidrogênio e da peroxidação lipídica, outro indício do efeito protetor do composto.”
Radicais-livresDe acordo com Aline, a obesidade, devido ao maior consumo de nutrientes na dieta, leva a um aumento da glicose e de ácidos graxos circulantes no organismo, aumentando a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) e radicais-livres. “Essas espécies estão associadas a doenças como resistência à insulina, diabetes tipo 2, esteatose hepática, hipertensão e risco de problemas cardiovasculares”, ressalta. “O processo é conhecido como síndrome plurimetábolica.”
O fígado, por ser um órgão com alta taxa metabólica, permitiu que o efeito antioxidante do CAPE estivesse mais presente e pudesse ser mais facilmente observado. No tecido adiposo, foram observadas poucas mudanças na atividade das enzimas, inclusive devido a dificuldade em se fazer análises na gordura dos animais”, diz Aline.
A pesquisadora aponta que devido ao peso dos camundongos, a dosagem testada é muito pequena, o que leva a necessidade de novos experimentos com animais antes da utilização do CAPE ser tentada em seres humanos. “É um processo que deve levar alguns anos”, observa. “Também será preciso estudar de que forma o composto seria administrado em humanos.”
A pesquisa é descrita na dissertação de mestrado de Aline, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq. O trabalho teve a orientação do professor Severino Matias de Alencar, da Esalq, e de Rosângela Maria Neves Bezerra, pesquisadora e pós-doutoranda na Escola. UOL
Isolado da própolis produzida pelas abelhas, o CAPE é um composto fenólico que possui várias atividades biológicas, como por exemplo o efeito antiinflamatório e antimicrobiano. “O estudo verificou a propriedade antioxidante em modelo experimental de obesidade e estresse oxidativo em camundongos”, conta a pesquisadora, formada em Ciências dos Alimentos.
Durante a pesquisa, grupos de camundongos tiveram obesidade induzida por uma dieta à base de gordura de porco, por um período de 8 semanas. Em seguida, parte deles recebeu o CAPE por via oral, nas dosagens de 13 e 30 miligramas (mg) por quilo de peso, em período de 15 e 22 dias. Depois desse período, foi verificada a atividade de enzimas associadas ao estresse oxidativo nos tecidos adiposo e hepático.
Nos camundongos que receberam a dosagem de 13 mg, verificou-se no tecido hepático que as enzimas tiveram um comportamento semelhante ao grupo controle, composto por animais não submetidos ao estresse oxidativo gerado pela obesidade. “Não houve aumento da atividade das enzimas, o que evidencia um possível efeito antioxidante do CAPE”, destaca Aline. “Também foi registrado uma redução da produção de peróxido de hidrogênio e da peroxidação lipídica, outro indício do efeito protetor do composto.”
Radicais-livresDe acordo com Aline, a obesidade, devido ao maior consumo de nutrientes na dieta, leva a um aumento da glicose e de ácidos graxos circulantes no organismo, aumentando a produção de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) e radicais-livres. “Essas espécies estão associadas a doenças como resistência à insulina, diabetes tipo 2, esteatose hepática, hipertensão e risco de problemas cardiovasculares”, ressalta. “O processo é conhecido como síndrome plurimetábolica.”
O fígado, por ser um órgão com alta taxa metabólica, permitiu que o efeito antioxidante do CAPE estivesse mais presente e pudesse ser mais facilmente observado. No tecido adiposo, foram observadas poucas mudanças na atividade das enzimas, inclusive devido a dificuldade em se fazer análises na gordura dos animais”, diz Aline.
A pesquisadora aponta que devido ao peso dos camundongos, a dosagem testada é muito pequena, o que leva a necessidade de novos experimentos com animais antes da utilização do CAPE ser tentada em seres humanos. “É um processo que deve levar alguns anos”, observa. “Também será preciso estudar de que forma o composto seria administrado em humanos.”
A pesquisa é descrita na dissertação de mestrado de Aline, apresentada no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq. O trabalho teve a orientação do professor Severino Matias de Alencar, da Esalq, e de Rosângela Maria Neves Bezerra, pesquisadora e pós-doutoranda na Escola. UOL
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Obesidade custa mais às mulheres
As mulheres pagam mais por cortes de cabelo e lavagem a seco. Agora, um novo estudo descobriu que elas também pagam mais por serem obesas.
Enquanto um homem acumula US$ 2.646 em despesas extras anuais por ser obeso, a obesidade da mulher lhe custa US$ 4.879, quase o dobro.
Segundo a análise, conduzida por pesquisadores da Universidade George Washington, grande parte dessa diferença se deve aos salários e compensações das mulheres obesas, bem menores em relação ao colega de trabalho homem que não é obeso.
O relatório é um dos primeiros a calcular o fardo econômico da obesidade sobre o indivíduo, incluindo custos diretos, como despesas médicas, e indiretos, como salários perdidos e redução de produtividade no trabalho. (O estudo não considerou muitos outros custos pessoais de consumo, como roupas, pois não havia dados disponíveis.)
Baseado num salário anual médio de US$ 32.450 para mulheres em 2009, o relatório descobriu que as mulheres obesas que trabalham em tempo integral recebem US$ 1.855 menos anualmente do que mulheres não obesas, uma redução de 6%. Como comparação, estudos mostram que os salários de homens obesos não têm diferenças significativas em relação aos homens de peso normal.
"Uma possível explicação é que, na obesidade, existe mais discriminação contra as mulheres do que contra os homens, que a obesidade é percebida de maneira diferente para mulheres e homens", disse Avi Dor, diretor do programa de economia da saúde na Universidade George Washington. FOLHA ONLINE
Enquanto um homem acumula US$ 2.646 em despesas extras anuais por ser obeso, a obesidade da mulher lhe custa US$ 4.879, quase o dobro.
Segundo a análise, conduzida por pesquisadores da Universidade George Washington, grande parte dessa diferença se deve aos salários e compensações das mulheres obesas, bem menores em relação ao colega de trabalho homem que não é obeso.
O relatório é um dos primeiros a calcular o fardo econômico da obesidade sobre o indivíduo, incluindo custos diretos, como despesas médicas, e indiretos, como salários perdidos e redução de produtividade no trabalho. (O estudo não considerou muitos outros custos pessoais de consumo, como roupas, pois não havia dados disponíveis.)
Baseado num salário anual médio de US$ 32.450 para mulheres em 2009, o relatório descobriu que as mulheres obesas que trabalham em tempo integral recebem US$ 1.855 menos anualmente do que mulheres não obesas, uma redução de 6%. Como comparação, estudos mostram que os salários de homens obesos não têm diferenças significativas em relação aos homens de peso normal.
"Uma possível explicação é que, na obesidade, existe mais discriminação contra as mulheres do que contra os homens, que a obesidade é percebida de maneira diferente para mulheres e homens", disse Avi Dor, diretor do programa de economia da saúde na Universidade George Washington. FOLHA ONLINE
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Homens também fazem reposição hormonal
É bastante conhecido que à medida que o homem envelhece ocorrem várias alterações em sua homeostase hormonal. A produção de testosterona total e livre diminuem, sendo que 20% dos homens saudáveis entre 60 e 80 anos apresentam testosterona total abaixo do normal. Além disto, em todos os homens ocorre aumento da globulina de transporte dos andrógenos (SHBG) e consequentemente diminuição da testosterona bio-disponível, além da diminuição significativa da dehidroepiandrosterona (DHEA) e de sua forma sulfato (DHEAS). Ainda no homem mais velho existe perda do ritmo circadiano da produção de testosterona, a resposta testicular ao estímulo da gonadotrofina coriônica está diminuída, assim como a amplitude dos pulsos de LH; a secreção do hormônio do crescimento diminui 14% por década após a puberdade e, finalmente, ocorre redução da produção de melatonina. Muitos autores chamam esta fase da vida do homem de andropausa, androclise, deficiência androgênica do envelhecimento masculino ou deficiência endócrina do envelhecimento masculino e comparam-na à menopausa, que tem repercussões clínicas muito evidentes na mulher. Quando por alguma razão existe parada da função testicular, aparecem algumas manifestações clínicas evidentes, como diminuição da libido, disfunção erétil, infertilidade e irritabilidade, entre outras. Entretanto, a andropausa não se caracteriza como uma entidade clínica marcante. A grande maioria dos homens, embora tenham níveis de testosterona menores do que na juventude, continuam com esta produção dentro da faixa da normalidade. A andropausa teria início lento e insidioso, onde ocorreria diminuição da libido e qualidade das ereções, principalmente noturnas; alterações de humor com diminuição concomitante da atividade intelectual, orientação espacial, fadiga, depressão e raiva, além de diminuição da massa corpórea com decréscimo associado da massa e força muscular, diminuição da densidade mineral óssea, resultando em osteoporose, perda de pêlos e alterações de pele e aumento da gordura visceral. Porém, alguns dados falam contra a existência de um declínio hormonal significativo como o que ocorre na mulher e que esta situação hormonal seria responsável exclusiva pelos sintomas descritos. Outros possíveis fatores causais são comuns no homem mais velho e poderiam ser considerados como fatores etiológicos para estes sinais e sintomas, entre eles o stress, depressão, doenças, má nutrição, obesidade, medicamentos, drogas, falta de parceria sexual, etc. Além disto a grande maioria dos homens idosos continuam férteis, o que fala contra um desequilíbrio hormonal (cerca de 90% dos homens com mais de 50 anos tem espermatogênese preservada à biópsia testicular). Sidney Glina, coordenador da Unidade de Reprodução Humana do Hospital Israelita Albert Einstein e chefe da Clínica Urológica do Hospital IpirangaFonte: FOLHA DE LONDRINA – PR
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