A crescente resistência bacteriana aos antibióticos, sobretudo pelo uso inadequado desses medicamentos, pode limitar as opções de tratamento que os médicos têm contra as infecções pneumocócicas, entre as quais a pneumonia é a de maior importância para os adultos brasileiros. A doença, aparentemente simples, é a principal causa das internações no País, segundo o Ministério da Saúde.
O assunto foi tema do XV Congresso Panamericano de Infectologia, realizado na primeira semana de abril, no Uruguai, e acompanhado pelo Jornal da Tarde. “Hoje, há bactérias dentro dos hospitais contra as quais não temos mais antibióticos para prescrever.
Nos EUA, a cada seis crianças que consultam um médico, uma sai com prescrição de antibióticos. Esse exagero é uma preocupação no mundo todo”, diz a infectologista Rosana Richtmann, médica do Instituto Emílio Ribas e presidente da Associação Paulista de Infectologia.
Rosana, que também é vice-presidente da Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH), afirma que as crianças estão entre os pacientes mais atingidos pelo exagero de prescrições. Ela planeja uma campanha de conscientização da população, incentivando que os pacientes cobrem explicações dos médicos sempre que eles prescreverem um antibiótico.
“Se você morasse na Suécia, levasse seu filho ao médico e ele prescrevesse um antibiótico, ele teria de explicar muito bem por que está indicando aquele remédio porque lá a população foi treinada para saber que antibiótico só deve ser tomado quando realmente necessário”, explica.
Na conferência Doenças pneumocócicas: ônus na América Latina, Rosana debateu com outras autoridades em infectologia da Argentina, Uruguai e EUA as estratégias de prevenção contra a pneumonia. A doença também preocupa o Brasil porque o risco de morte e a incidência são maiores nos idosos e a população brasileira está envelhecendo.
A infectologista diz, citando dados do Banco Mundial (Bird), que até 2050 a população idosa brasileira terá triplicado, o que significa que “haverá também três vezes mais potenciais pacientes de pneumonia.”
Durante o evento, o médico Alejandro Cané, professor da Universidade Austrau da Argentina, frisou que a prescrição inadequada de antibióticos é muito comum. “Muitas infecções são virais e não necessitam de antibiótico. Para evitar o mau uso dos medicamentos, é preciso que exista uma educação médica contínua e que as sociedades científicas estabeleçam tratamentos adequados para cada situação.”
Além dos idosos e das crianças menores de dois anos, pacientes com enfermidades crônicas – como diabete, insuficiência renal ou aids – também são mais suscetíveis às doenças pneumocócicas, segundo o médico Eduardo Savio Larriera, assessor na área de doenças infecciosas no Ministério de Saúde Pública do Uruguai.
Fumantes e pessoas que já tiveram uma doença desse tipo formam um outro grupo que apresenta grande vulnerabilidade. FONTE: ESTADÃO ONLINE
segunda-feira, 25 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Composto extraído do tomate promete ação antitrombose
Um ingrediente extraído do tomate pode melhorar a circulação sanguínea e diminuir o risco de trombose.Pelo menos, é o que promete a fabricante, a holandesa DSM, que acaba de trazer a novidade para o Brasil.O concentrado de tomate tem nucleotídeos, flavonoides e polifenois. Já é adicionado a produtos nos EUA e na Europa, com autorização do governo.Um exemplo é a bebida Relaxzen, para pessoas que fazem longas viagens de avião e, por isso, correm maior risco de formação de coágulos.Por aqui, o ativo foi lançado, mas ainda não há produtos com o ingrediente na fórmula. Isso depende do interesse de alguma indústria de alimentos.Segundo Bernd Mussler, pesquisador da DSM, estudos com cerca de 300 pessoas comprovam a eficácia do composto, patenteado com o nome de Fruitflow.A principal ação do ativo aconteceria na inibição da agregação plaquetária ""etapa da coagulação do sangue."Inibir a agregação plaquetária é um mecanismo reconhecido para diminuir risco de doença cardiovascular."Como não é um produto final, não precisa de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).Mas, caso seja usado na fórmula de alguma bebida, por exemplo, precisará do aval da vigilância.A agência proíbe embalagens de alimento funcional de informar que o produto previne ou cura doenças."Concentrados de alimentos não podem ser usados como remédios", diz Jaime Farfan, professor de engenharia dos alimentos da Unicamp.Segundo ele, flavonoides ajudam na circulação sanguínea, mas isso não é propriedade exclusiva do tomate."Há muitos alimentos com flavonoides. É muito mais seguro consumir vegetais do que ingerir um composto concentrado. A ação não vem apenas de um componente."Para o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital São Luiz, os estudos até agora não são conclusivos."Faltam informações sobre qual seria a molécula ativa e a dose ideal".Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO – SP
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Chá verde e thai chi chuan pode ajudar na prevenção de doenças
Hábitos orientais como beber chá verde e praticar tai chi chuan já são comuns no Ocidente, e fazem bem à saúde, sobretudo para as mulheres. É o que aponta uma pesquisa liderada por Leslie Shen, pesquisadora nascida em Taiwan e radicada nos EUA, num estudo do Instituto Laura W. Bush de Saúde Feminina, no estado do Texas.O chá verde é rico numa substância chamada polifenol, que é conhecida pelo seu efeito antioxidante. Dezenas de pesquisas já mostraram que quem consome níveis maiores dos polifenóis do chá verde tende a ter riscos menores de desenvolver doenças cardiovasculares, entre outros males crônicos.Na pesquisa publicada neste domingo, no congresso “Experimental Biology”, nos EUA, Shen e sua equipe estudaram a capacidade do chá verde, em conjunto com o tai chi chuan, de aumentar a força dos ossos em mulheres que já fizeram a menopausa.O estudo foi feito com 171 mulheres nesta fase da vida (idade média de 57 anos), com ossos fracos, mas sem osteoporose propriamente dita. Elas foram dividas em quatro grupos.O primeiro tomou apenas uma pílula de amido, que é um placebo – termo usado para descrever uma medicação que não tem efeito químico, mas pode agir psicologicamente; o segundo recebeu 500 miligrama por dia de polifenóis de chá verde (equivalente a entre quatro e seis xícaras); o terceiro tomou pílulas de amido e fez tai chi chuan; o quarto recebeu os polifenóis e praticou tai chi chuan. A pesquisa durou seis meses, nos quais elas fizeram exames de sangue, urina e força muscular.Os resultados mostraram que, em três meses, a substância presente no chá verde já apontava melhoras na saúde dos ossos. Com o tai chi chuan, os mesmos efeitos foram apresentados depois de seis meses. A força muscular também apresentou melhora em seis meses, em ambos os casos.Ainda mais importante, segundo a pesquisadora, é o fato de que o chá verde e o tai chi chuan, juntos, reduziram o nível de oxidação. Isso diminui o risco do desenvolvimento não só da osteoporose, mas das doenças inflamatórias como um todo.Fonte: G1
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Ovário policístico contribui para depressão
Estudo publicado recentemente pela revista norte-americana ´´Obstetrics & Gynecolog´´ aponta que mulheres com a síndrome de ovários policísticos (SOP) têm muito mais chances de desenvolver depressão do que as demais. Cientistas da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, observaram que independentemente do aumento de peso - um dos sintomas comuns da síndrome - as chances de desenvolver a depressão pode chegar, segundo o estudos, em até 40% a mais nessas pacientes do que na população geral.A equipe liderada pelo pesquisador Anuja Dokras, analisou a realidade de 522 mulheres com a síndrome e outro grupo composto por 475 mulheres saudáveis. No trabalho os pesquisadores constaram que o risco de obter casos de depressão foi de 4,03 vezes mais elevado nas mulheres com a síndrome do que no segundo grupo.Para a médica ginecologista Naura Tonin, de Toledo (Oeste do Estado), que também é pesquisadora na área, o que chama a atenção na análise é a constatação de que a imagem corporal não é necessariamente o único motivo das mulheres apresentarem depressão, o que, segundo ela, se acreditava anteriormente. ´´Uma paciente obesa por conta das alterações hormonais apresenta depressão e outra que não é obesa, mas que também tem a síndrome dos ovários policístico, também tem depressão. Sendo assim, é bem provável que haja alguma característica genética ou neuroendócrina que contribui para essa alteração orgânica. Com certeza, a partir daí, os estudos continuarão a ser feitos para se chegar aos neurotransmissores responsáveis pela depressão´´, diz.Por isso a médica alerta quanto a importância de todas mulheres com ovários policísticos serem avaliadas e acompanhadas para sintomas depressivos que, muitas vezes, podem estar associadas à baixa aderência aos tratamentos propostos. Além disso, elas precisam ficar atentas ao acompanhamento periódico dos índices de colesterol, triglicerídeos e glicemia sob orientação de um médico de sua confiança e serem constantemente incentivadas a desenvolver atividade física e controle alimentar.´´A mulher deprimida não consegue levar o tratamento até o final e na maioria das vezes também não consegue levar uma rotina de vida saudável como a prática de atividade física e alimentação mais saudável. Sendo assim, a partir dessa pesquisa os médicos devem ficar mais atentos ao dignóstico da depressão para pensar num tratamento mais eficaz de acordo com a realidade da paciente´´, finaliza.Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Proteína de Soja
Aproveite todos os benefícios dessa poderosa aliada no combate às doenças A proteína de soja traz benefícios para o organismo de diversas formas, seu consumo é indicado para jovens, adultos, idosos e atletas. Antes utilizada apenas como alternativa de se obter proteína não-animal, a proteína de soja é uma grande aliada da alimentação saudável, pois é uma proteína completa, de alta qualidade de fácil digestão. Possui inúmeros benefícios com a vantagem de possuir um baixo teor de gordura, colesterol e lactose. Dos vinte aminoácidos que o ser humano requer, onze são produzidos pelo nosso corpo. Os outros nove devem ser obtidos pela alimentação. A proteína de soja provê todos os nove restantes. A soja contribui também para o ganho de massa magra.Segundo pesquisas realizadas, o consumo diário de proteína de soja, em conjunto com um estilo de vida saudável e aliado com uma dieta rica em fibras e com baixos teores de gordura saturada, pode auxiliar no controle da obesidade e proteger o organismo contra doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose e diabetes. A proteína de soja é rica em fitosterol, substância que tem demonstrado reduzir os níveis de colesterol. De com a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, “o consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol”.Na saúde feminina, alivia sintomas da menopausa, ajuda a previnir o câncer de mama, além de possuir isoflavonas que possuem poderosos efeitos antioxidantes. Na saúde do homem: protege o coração, previne o câncer de próstata, entre outros benefícios. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Antidepressivos aumentam risco para o coração
Homens de meia idade que tomam antidepressivos têm mais risco de desenvolver estreitamento dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de infartos e derrames, segundo um estudo divulgado sábado (2). Uma pesquisa feita com gêmeos achou evidências de aterosclerose associada a antidepressivos. Os remédios aumentaram a espessura dos vasos dos usuários, de acordo com o estudo, feito com 500 homens gêmeos com idade média de 55 anos. O trabalho foi apresentado em um encontro de cardiologistas americanos em New Orleans. Os homens que tomavam antidepressivos tinham a espessura das carótidas maior que a de seus irmãos gêmeos. Segundo os autores do estudo, é preciso levar em conta efeitos colaterais dos remédios que podem passar despercebidos. FONTE: FOLHA ONLINE
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