terça-feira, 31 de maio de 2011

Um em cada cinco jovens tem pressão alta, aponta pesquisa

Pesquisa americana mostra que números atuais podem estar subestimados
hipertensão (pressão arterial alta) é, em geral, uma doença que não apresenta sintomas até ocorrer uma lesão em algum órgão. Por isso, mesmo com uma prevenção simples, baseada na prática regular de exercícios, dieta e medicamentos de controle, a pressão arterial elevada é muitas vezes fatal - trata-se da segunda principal causa de morte nos Estados Unidos, por exemplo. E, agora, uma nova pesquisa americanda indica que o problema é muito maior do que se pensava entre a população jovem: um em cada cinco jovens adultos entre 24 e 32 anos de idade teria pressão alta.Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill comparou seus resultados com uma publicação do governo federal, feita pelo National Health and Nutrition Examination Survey, que apontou apenas 4% dos adultos jovens com pressão alta. Segundo a Universidade da Carolina do Norte, o número chega a 19% dos pacientes - somente a metade sabia da doença por médicos.Ambos os resultados foram definidos sob os mesmo parâmetros: uma leitura de pressão arterial de 140 por 90 milímetros de mercúrio ou mais. A pressão arterial normal é considerada 120 por 80 ou inferior. Contudo, ninguém explica a diferença das estimativas de hipertensão entre os dois levantamentos."As descobertas indicam que muitos jovens correm o risco de desenvolver doenças cardíacas, mas não sabem que têm hipertensão", disse Quynh Nguyen, um estudante de doutorado na University da Carolina do Norte em Chapel Hill, cujo estudo aparece em linha na revista Epidemiology. A relação entre pressão arterial alterada e consumo de sódio, principal causador do problema, não foi estudada pelos pesquisadores.O Instituto de Medicina, por meio da Academia Nacional das Ciências, declarou, no ano passado, que a pressão arterial - condição que aumenta o risco de derrames e ataques cardíacos - é uma "doença negligenciada", que custa aos cofres americanos cerca de 73 bilhões de dólares por ano.O estudo da Universidade de North Carolina analisou, em 2008, mais de 14 mil homens e mulheres, entre 24 e 32 anos, a partir do Estudo Nacional Longitudinal de Saúde do Adolescente, conhecido como Add Health, financiada pelo National Institutes of Health. "O que temos é uma observação nova e precisamos examinar as contradições dos números. O estudo não muda a revisão da política e avaliação de saúde. Ele é apenas um sinal de que precisamos analisar com mais detalhes os dados", diz Steven Hirschfeld, médico do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano.
FONTE: VEJA ONLINE

terça-feira, 24 de maio de 2011

Incidência de enfarte cai em homens e sobe em mulheres

Pesquisa do HCor mostra que o número geral de enfartados entre seus pacientes caiu 12% de 2009 para 2010, mas a população feminina está na contramão dessa tendência: entre elas houve aumento de 3,8% nos casos da doença
O coração feminino é mais frágil que o do homens. E não se trata de romantismo. Pesquisa inédita do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo mostra que o número de enfartes entre mulheres cresceu 3,8% de 2009 para 2010, enquanto houve queda de 17% no sexo masculino no mesmo período e de 12% na média geral. O fenômeno é multifatorial, dizem os médicos.
Homens resistem mais do que elas a problemas como diabete, hipertensão e obesidade, por exemplo, fatores de risco cardiovascular para ambos os sexos. Além disso, há ameaças exclusivamente femininas, como o uso da pílula anticoncepcional aliado ao tabaco, além de peculiaridades orgânicas, como o fato de a mulher ter artérias mais finas e sensíveis. Mas não é só.
Referência em saúde do coração, a American Heart Association (AHA) definiu neste ano novos fatores de risco para a saúde cardiovascular das mulheres. Doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, complicações na gravidez - hipertensão e diabete gestacional - e depressão foram incluídas entre as ameaças para o sexo feminino.
Os médicos lembram também que, na mulher, quadros de enfarte costumam ser confundidos com outros problemas de saúde. "Os sintomas, na mulher, são mais silenciosos", explica o cardiologista do HCor, César Jardim. "São associados à falta de ar, mal estar, desconforto e dores no estômago."
Não foi a clássica dor no peito que levou a dona de casa Valéria Alves de Oliveira, 44 anos, ao cardiologista. Uma forte dor no ombro esquerdo, confundida por ela com problemas de coluna, foi o sinal do problema cardiovascular. "Nunca pensei que pudesse ser um enfarte", diz Valéria. Apesar da surpresa, seu histórico carregava naquele momento vários fatores de risco: era diabética, fumante e sedentária (leia mais ao lado).
Na pesquisa do Hcor foram avaliados 201 pacientes enfartados em 2010, ante 228 em 2009. De acordo com Jardim, outro problema com relação à população feminina é a falta de atendimento adequado no pronto-socorro, já que os socorristas, segundo ele, suspeitam mais de enfarte em homens que em mulheres.
Chefe do laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, órgão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marcelo Ferraz Sampaio concorda. "Muitas vão para casa sem diagnóstico correto. Há um certo preconceito (no atendimento) e diferenças culturais importantes, pois a mulher demora mais para procurar ajuda", diz. "Ela cuida dos afazeres primeiro e, depois, pensa em ir ao médico."
A própria natureza joga contra a mulher em relação às doenças cardiovasculares, a começar pelas artérias. "São mais estreitas e menos tolerantes ao álcool e ao cigarro, por exemplo", alerta Abrão José Cury, supervisor de Clínica Médica da Unifesp.
"Síndromes metabólicas, como obesidade, colesterol ruim, diabete e triglicérides elevados, afetam muito mais a mulher que o homem", completa o diretor da Sociedade de Cardiologia de São Paulo, Pedro Sílvio Farsky. Após a menopausa, quando a mulher perde estrogênio (hormônio feminino), fator de proteção cardiovascular, o risco cresce ainda mais.
Dor no braço: um aviso que costuma ser ignorado
A dor forte que ia do ombro esquerdo às pontas dos dedos era algo diferente de tudo que Valéria Alves de Oliveira já havia sentido em 39 anos de vida. "Nunca pensei que pudesse ser um enfarte."
Hoje, aos 44, cinco anos após ter feito um cateterismo, passado por uma angioplastia e ganhado uma hipertensão, Valéria mudou seus hábitos alimentares e de vida. "Quando você pensa que tem pessoas que podem ficar sem você, passa a ter medo", diz, referindo principalmente aos filhos, na época com 3 e 11 anos.
Embora o vício tenha sido abandonado, a alimentação esteja mais saudável e a ioga e caminhada tenham sido incorporadas à sua rotina, Valéria ainda sente medo de passar por tudo novamente. "A dor foi inesquecível."
A aposentada Esther Lopes, de 77 anos, também não esquece a dor forte que sentiu no braço esquerdo durante uma noite inteira em 2008. Quando chegou ao hospital, na manhã seguinte, ela se assustou ao ouvir o médico dizer: "a senhora está enfartando".
"Meu marido gritava de dor no peito nas três vezes em que teve enfarte. Eu achava que para ter enfarte ia ser igual", conta, relembrando os apuros que passou para socorrê-lo. "Pensei que não ia mais ver meus filhos e netos."
O susto maior foi saber que, em seu caso, a doença estava "camuflada" e que havia tido um enfarte antes, sem saber. Com um stent (aparelho para desobstruir artérias) e sem abusar dos doces, Esther está mais atenta. "Na primeira vez eu escapei, na segunda fui parar na UTI, mas se não tomar cuidado, não escapo da terceira." / Verônica Dantas
Amamentar ajuda a proteger o coração materno
Amamentar por pelo menos um ano pode reduzir em 13% o risco de enfarte, segundo estudo do American Journal of Obstetrics & Gynecology. De acordo com a publicação, essa proteção pode chegar a 37% quando o tempo de aleitamento, consideradas todas as gestações, ultrapassa dois anos. O benefício foi observado em mulheres cujo último filho havia nascido até 30 anos antes.
A pesquisa, que avaliou 89.326 mulheres, todas mães, trouxe a primeira evidência de que o tempo acumulado de amamentação pode influenciar a saúde cardiovascular no longo prazo. Dessas mulheres, 63% já haviam amamentado.
Os pesquisadores levaram em consideração fatores como idade, número de partos, peso, história familiar, dieta e sedentarismo. Uma das hipóteses levantadas pelos especialistas é a de que a amamentação tenha um efeito antiestresse de longa duração, por conta da produção do hormônio oxitocina, que melhora a resposta ao estresse.
A mãe que amamenta também tem mais facilidade de recuperar o perfil metabólico que tinha antes da gravidez. Isso porque, durante a gestação, a quantidade de gordura visceral, a resistência à insulina e os níveis de lipídios e triglicérides aumentam, sobrecarregando o sistema cardiovascular da mãe.
MAIS FATORES DE RISCO
Referência mundial em saúde do coração, a American Heart Association (AHA) divulgou neste ano novas diretrizes para medir riscos cardiovasculares e apontou as mulheres como público mais vulnerável às doenças do coração. Entre os fatores estão:
Doenças autoimunes: como lúpus e artrite reumatoide
Complicações na gravidez: sobretudo a diabete gestacional e quadros hipertensivos no período
Fator psiquiátrico: depressão
CORAÇÃO SAUDÁVEL
O Hospital do Coração preparou uma lista de indicadores para uma boa saúde cardíaca
Colesterol abaixo de 200mg/dL
Pressão sanguínea menor que 120/80 mm Hg
Glicose menor que 100 mg/gL
Índice de massa corpórea abaixo de 25, ou seja, fora das faixas de sobrepeso e obesidade
Não fumar
Praticar, semanalmente, no mínimo 150 minutos de exercícios moderados (caminhada, por exemplo) ou 75 minutos de exercícios de alta intensidade
(como a corrida)
Cuidar da alimentação, priorizando o consumo de fibras e controlando a ingestão de gorduras saturadas e sódio
FONTE: ESTADÃO ONLINE

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Viagra ajuda a combater sintomas da esclerose múltipla

Estudo espanhol apresentou recuperação quase completa em 50% dos casos observados
SÃO PAULO - Pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) divulgaram um estudo que mostra os efeitos positivos da administração de Viagra em animais com esclerose múltipla. Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista Acta Neuropathologica.
Divulgação
Pesquisadores administraram Viagra durante oito dias em animais com esclerose múltipla
De acordo com o estudo de dois grupos, liderados pela Dr. Agustina García e pelo Dr. Juan Hidalgo, ambos da UAB, foram observadas recuperações quase completa em 50% dos casos após tratamento de apenas oito dias. Como o medicamento já é comercializado e bem tolerado, os pesquisadores acreditam que testes com seres humanos serão autorizados em breve.
A esclerose múltipla não tem cura, mas alguns medicamentos já se mostraram eficientes no combate de alguns sintomas e para prevenir a progressão do problema, que é o tipo de doença inflamatória crônica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos. Ela é causada pela presença de focos múltiplos de desmielinização (que resulta na perda da bainha da mielina em torno dos axônios e afeta a capacidade dos neurônios de se comunicarem) e pela neurodegeneração em diferentes áreas do sistema nervoso central.
Os pesquisadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose múltipla conhecida como encefalomielite autoimune experimental (EAE). Eles observaram como o remédio reduziu a infiltração de células inflamatórias na massa branca da medula espinal e por consequência nos danos no axônio da célula nervosa, facilitando a reparação da mielina.
O Sidenafil faz parte de um grupo de medicamentos conhecidos como vasodilatadores e usados nos tratamentos de disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar. Estudos anteriores sobre doenças no sistema nervoso central de animais já mostraram que, além da vasodilatação, este tipo de medicamento pode apresentar ações neuroprotetoras.
FONTE: ESTADÃO ONLINE

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cientistas descobrem suplemento dietético que previne pré-eclâmpsia

Tomar um suplemento dietético rico em aminoácidos e vitaminas antioxidantes durante a gravidez pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia entre as mulheres, uma complicação médica da gestação associada à hipertensão.
Segundo publicação na última edição da revista "British Medical Journal", a doença está ligada a uma deficiência de L-Arginina, um aminoácido que ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo durante a gravidez.
A pré-eclâmpsia é uma complicação séria que provoca o aumento da pressão no sangue durante a gestação, que pode afetar tanto a mãe como o feto, e que é registrada em aproximadamente 5% das mulheres grávidas pela primeira vez.
Um grupo de pesquisadores do México e Estados Unidos testaram a teoria de que uma combinação de L-Arginina e antioxidantes previne o desenvolvimento do problema em mulheres com alto risco de adquiri-lo.
Participaram do estudo 672 mulheres grávidas de cinco meses, divididas ao acaso em três grupos diferentes.
O primeiro deles recebeu diariamente uma dose de L-Arginina e vitaminas antioxidantes, enquanto ao segundo foram oferecidas apenas vitaminas. O terceiro recebeu um placebo.
Ao final do experimento, a doença foi desenvolvida por 30,2% das mulheres do grupo que recebeu o placebo e 22,5% das mulheres que só receberam vitaminas.
Já entre as grávidas que tomaram L-Arginina, apenas 12,7% sofreram a complicação.
A equipe de cientistas concluiu então que as mulheres tratadas com L-Arginina e vitaminas estavam menos propensas a desenvolver pré-eclâmpsia em comparação ao grupo que tomou placebo, e que a ingestão de vitaminas, por si só, não reduz de maneira conclusiva os efeitos da doença.
O estudo também mostrou que a L-Arginina e as vitaminas permitem reduzir o risco de parto prematuro.
"Trata-se de um tratamento de baixo custo que pode ajudar a reduzir o risco de sofrer pré-eclâmpsia e evitar os nascimentos prematuros associados a essa complicação", afirmaram os autores da pesquisa.
No entanto, em um editorial que acompanha o estudo, dois especialistas destacam que ainda resta um longo caminho a ser percorrido na investigação dos efeitos da L-Arginina.
Ainda há dúvidas sobre como essa substância se complementa com as vitaminas, quais são os potenciais efeitos negativos da L-Arginina, e como outros grupos da população reagem à substância.
FONTE: FOLHA ONLINE

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Psoríase na infância é sinal de perigo ao coração

Tratada como problema de pele, doença eleva risco de males metabólicos - e é agravada pela obesidade.

Crianças com sobrepeso ou obesas têm até 80% mais chances de desenvolver psoríase, uma doença crônica, inflamatória e não contagiosa da pele. Independente do peso, no entanto, jovens diagnosticados com psoríase apresentam índices de colesterol elevados, um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Devido a essa relação entre peso, psoríase, colesterol e problemas cardiovasculares, uma pesquisa publicada no Journal of Pediatrics defende uma revisão na maneira como esses problemas são tratados. O risco de doenças cardíacas em pacientes com psoríase, por exemplo, começam na infância e, por isso, deveriam ser combatidos a partir dos primeiros sinais de elevação do colesterol.
“Isso significa que teremos de monitorar mais de perto os jovens com psoríase com o objetivo de evitar possíveis doenças cardíacas, especialmente se eles forem obesos”, diz Corinna Koebnick, coordenadora do estudo e pesquisadora do instituto Kaiser Permanente, na Califórnia. Segundo a especialista, ainda se sabe muito pouco sobre a psoríase em crianças, e a doença é frequentemente tratada como um problema de pele e não uma doença metabólica.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram dados de 710.949 crianças de diferentes etnias. Eles descobriram, então, que as chances de desenvolvimento de psoríase crescem 40% entre as obesas e quase 80% entre aquelas que sofrem de obesidade mórbida. Nos dois casos, a psoríase se mostrou quatro vezes mais severa ou mais disseminada pelo corpo do que entre crianças com peso adequado.
Os jovens diagnosticados com psoríase apresentaram ainda níveis de colesterol e de enzimas do fígado de 4% a 16% mais altos, a despeito do peso. “A psoríase pode levar a criança a desenvolver doenças metabólicas, como ocorre em adultos. Estudos como este são importantes para aprendermos qual a melhor forma de fazer os tratamentos primários nessas crianças", diz Amy Porter, coautora do estudo e pediatra do instituto Kaiser Permanente.
Adultos – Estudos epidemiológicos anteriores já haviam apontado que pacientes adultos com psoríase correm mais riscos de desenvolver problemas metabólicos, como diabetes, além de hipertensão, ataques cardíacos e derrame cerebral. Nos adultos, a obesidade foi ainda relacionada a riscos mais elevados de desenvolver a psoríase. A obesidade, assim como a psoríase, tem relação com um aumento nos riscos de problemas cardiovasculares, síndrome metabólica e diabetes. “As duas condições, a síndrome metabólica e a psoríase, são caracterizadas por inflamações crônicas leves”, diz Corinna Koebnick.
FONTE: VEJA ONLINE

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Droga que ajusta relógio biológico é eficaz contra depressão

Um remédio que imita a ação do hormônio do sono é eficaz contra depressão, diz revisão de estudos publicada hoje no periódico "Lancet".
A substância testada foi a agomelatina, que, por ser similar à melatonina ""hormônio que atua à noite"" ajuda a regular o relógio biológico.
Segundo os autores do estudo, pesquisadores das universidades de Sydney e Central Queensland, Austrália, existe uma relação direta entre depressão e desequilíbrio dos ritmos biológicos, marcados pelo horário e pela duração do sono e da vigília.
Uma mudança no relógio biológico pode resultar em alterações metabólicas.
Cerca de 80% das pessoas que têm depressão sofrem de alguma alteração no sono. O inverso também vale: insones têm maior chance de ter transtornos de humor.
"Até pouco tempo, pensava-se que os distúrbios do sono eram um sintoma da depressão. Hoje, sabemos que eles podem levar ao desenvolvimento da doença", afirma a psiquiatra Gisele Minhoto, professora da PUC-PR.
ANTIDEPRESSIVO
A melatonina sozinha, vendida em cápsulas no exterior e pela internet, não é um antidepressivo. A agomelatina, além ser similar ao hormônio, age no neurotransmissor serotonina, como outros antidepressivos.
De acordo com os pesquisadores, que revisaram 105 trabalhos sobre o tema, a droga é tão eficaz quanto os antidepressivos tradicionais, com a vantagem de não ter os mesmos efeitos colaterais (não causa perda de libido ou irritações gastrointestinais).
A longo prazo, os pacientes têm a metade das recaídas em relação ao grupo-controle, dizem os autores do estudo, que declararam ser patrocinados pela Servier, fabricante do Valdoxan, droga à base de agomelatina.
O remédio é vendido no Brasil por, em média, R$ 200.
"É uma nova classe de medicamentos, eficaz e com ação mais localizada. Por isso, tem menos efeitos colaterais", diz José Alberto Del Porto, psiquiatra da Unifesp.
Ele afirma que receita a droga para pacientes depressivos com alterações no sono e para os que não toleram os efeitos colaterais dos outros antidepressivos.
O neurologista John Araujo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, diz que a droga pode causar tontura e boca seca. "É cedo para receitá-la em larga escala. É preciso fazer mais estudos."
FONTE: FOLHA ONLINE

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estudo confirma efeito emagrecedor da Pholia Negra

Erva é eficaz e segura como emagrecedor fitoterápico e pode reduzir o sobrepeso em mais de 10% de acordo com pesquisas da Universidade de São Paulo (USP). O objetivo do estudo foi o de verificar se a erva (Pholia Negra), emagrece realmente e se apresenta algum efeito colateral e tóxico. Após 10 meses a conclusão é a de que a erva é eficaz e segura e a Pholia Negra retarda o esvaziamento gástrico, proporciona sensação de saciedade por mais tempo, promove a manutenção do peso eliminado por até 1 ano e diminui a formação de gordura visceral.O excesso de peso e gordura corporal, especialmente a visceral, é uma ameaça à saúde das pessoas, aumentando os riscos de desenvolvimento de uma série de doenças. Para combater o problema, os especialistas concordam que a combinação de dieta balanceada e exercícios físicos é o método mais eficaz. As pessoas que conseguem emagrecer são as que se conscientizam de que os medicamentos prescritos pelo médico para auxiliar na perda de peso agem de diferentes formas no organismo para complementar seus esforços. A mudança na dieta diária é determinante para a conquista do objetivo. É consenso entre os especialistas que o emagrecimento deve ser um processo gradual, saudável e definitivo. Ou seja, a dieta restritiva é temporária, mas a reeducação alimentar servirá para o resto da vida, para que o novo peso seja mantido.O site Online Farma, do Grupo Sare, oferece a fórmula emagrecedora natural à base de Pholia Negra. De acordo com a nutricionista Alessandra Rocha Lopes, a fórmula à base do extrato de Pholia Negra, além de levar à perda de peso, também possui efeitos antioxidantes e antiinflamatórios, que evitam a degradação das células. "A Pholia Negra deve ser tomada como auxiliar de uma dieta de restrição de calorias, servindo como uma espécie de proteção para possíveis excessos de alimentação", ela afirma. É importante frisar que os medicamentos manipulados devem ser receitados pelo médico.A Online Farma é a farmácia de manipulação do Grupo Sare. Os consumidores são pessoas conectadas das classes A, B ou C que buscam emagrecer, se preocupam com saúde e beleza, fitoterapeutas, naturalistas, nutricionistas, endocrinologistas, dermatologistas e profissionais da área estética, entre outros. Em janeiro de 2011, o site registrou 106 mil visitas. A farmácia segue todas as boas práticas de manipulação de fórmulas, em concordância com a RDC 44/2009 da Anvisa. A navegação é simples e segura e o processo de cadastramento e compra não leva mais de alguns minutos. Na tela de finalização do pedido o cliente escolhe a modalidade de frete que deseja de acordo com os valores e prazos que desejar.Fonte: O DEBATE

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Café, sexo e assoar nariz são principais gatilhos de derrames

Café, sexo e assoar o nariz podem aumentar o risco de se sofrer um derrame, segundo uma pesquisa feita na Holanda.
O estudo feito com 250 pacientes identificou oito fatores de risco que estariam ligados a sangramentos no cérebro.
Todos eles aumentam a pressão arterial que podem provocar ruptura dos vasos sanguíneos, de acordo com pesquisa, publicada na revista especializada britânica Stroke.
O sangramento pode acontecer quando um vaso sanguíneo enfraquecido, conhecido como um aneurisma cerebral, estoura. Isso pode resultar em danos cerebrais ou morte.
Os pesquisadores do University Medical Center, em Utrecht, acompanharam 250 pacientes durante três anos para identificar o que provoca derrames.
Todos os fatores citados na pesquisa aumentam a pressão arterial capaz de resultar em ruptura dos vasos sanguíneos, de acordo como estudo.
Segundo a Stroke Association, uma entidade assistencial britânica voltada para o tratamento de acidente vascular cerebral (AVCs), serão necessárias mais pesquisas para verificar se os fatores citados podem de fato provocar derrames.
Apenas no Reino Unido, mais de 150 mil pessoas sofrem de um AVC por ano, dos quais quase 29 mil se devem a sangramentos no cérebro.
O estudo revelou ainda que café foi o responsável por 10,6% dos casos em que o aneurisma rompeu. Exercícios vigorosos e assoar o nariz foram os "gatilhos" de derrames respectivamente em 7,9% e 5,4% dos casos. Fazer sexo e fazer esforço para defecar responderam por 4,3% e 3,6%.
De acordo com a neurologista Monique Vlak, autora do estudo, 'todos esses fatores induzem a uma súbita redução da pressão sanguínea, o que parece ser uma causa possível para a ruptura do aneurisma''.
A pesquisa mostra ainda que uma em cada 50 pessoas têm um aneurisma cerebral, mas somente algumas poucas sofrem um derrame.
O estudo só se debruçou sobre elementos que causam a ruptura. A alta pressão sanguínea enfraquece os vasos sanguíneos e isso pode ser provocado por se estar acima do peso, pelo fumo e por falta de exercícios fisicos.
Sharlim Ahmed, pequisador da Stroke Assocation, afirmou que ''um súbito aumento da pressão sanguínea pode aumentar a possiblidade de ruptura de um aneurisma. Mas é muito difícil determinar se os fatores identificados nesses estudo estão definitivamente relacionados com um derrame ou se seriam apenas coincidências''.
''É preciso realizar diversos outros estudos para aferir se cada um desses fatores identificados pode fazer com que um aneurisma se rompa'', comentou Ahmed. FONTE: FOLHA ONLINE

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rejuvenescer sem cirurgia

A partir dos 30 anos, a produção de colágeno pelo organismo começa a diminuir, resultando na perda da elasticidade da pele. No rosto, além da flacidez, os sinais do tempo se evidenciam na forma de rugas, sulcos, manchas e na perda de volume em regiões da face. A boa notícia é que, hoje, uma série de tratamentos de beleza, bem menos invasivos do que a cirurgia plástica, conseguem amenizar os efeitos da idade com a mesma eficiência dos bisturis. A cirurgiã dermatologista Dóris Hexsel, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), explica que o envelhecimento da pele do rosto envolve várias alterações. ´´A face mais jovem tem uma aparência mais cheia. A medida que envelhece ela vai adquirindo a forma de um triângulo, com a ponta para baixo. Perdemos volume, aparecem as rugas de expressão, a ação dos raios ultravioleta provocam manchas. Temos perda de colágeno e gordura´´, afirma. A tendência, segundo ela, têm sido o uso de uma combinação de técnicas de rejuvenescimento, o que resulta no tratamento mais indicado de acordo com as características de cada paciente. ´´Se a pessoa tem rugas de expressão, por exemplo, usa-se a toxina botulínica, se há perda volumétrica, como lábios finos, pode-se aumentá-los com segurança usando um preenchedor como o ácido hialurônico´´, diz a dermatologista que participou de palestras sobre o assunto no XXIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, realizado mês passado, em Curitiba. Uma das técnicas mais conhecidas é a aplicação da toxina botulínica, mais conhecida por um de seus nomes comerciais, Botox. A toxina é injetada nas áreas das chamadas rugas de expressão, causadas pelo movimento repetitivo dos músculos. É o caso das rugas da testa, da glabela (entre os supercílios) e da região ao lado dos olhos, conhecida como pés de galinha. A toxina atua impedindo a contração dos músculos faciais que dão origem às rugas. Com a interrupção da contração ocorre o relaxamento muscular e as rugas se atenuam. Em casos de perdas volumétricas é feito o preenchimento cutâneo. A técnica é utilizada para a correção de sulcos, rugas e cicatrizes. Em geral é usada para correção do sulco nasogeniano (aquele que se acentua com o sorriso e vai do canto do nariz ao canto da boca), do sulco ao redor dos lábios, conhecido como ´´bigode chinês´´ e ainda para aumentar lábios finos. A técnica consiste na injeção de substâncias sob a área a ser tratada elevando-a e diminuindo a sua profundidade, com consequente melhora do aspecto. O produto mais utilizado é o ácido hialurônico - considerado um dos produtos mais seguros para o preenchimento cutâneo. Apesar de ser produzido em laboratório, trata-se de um componente natural da segunda camada da pele, mas que também torna-se mais escasso com o passar da idade. Segundo Dóris Hexsel, a segurança dos dois procedimentos é comprovada pelo uso da técnica há 15, 20 anos em outros países sem resgistro de problemas. Efeitos colaterias são raros, explica, podendo aparecer algum hematoma ou um pouco de inchaço. As duas técnicas podem ser realizadas no consultório, em sessões rápidas, que em geral não necessitam nem mesmo de anestesia. Por questões éticas, a cirurgiã não comenta preços dos tratamentos. Tratamentos temporários O único inconveniente, de acordo com a Dóris, é que os tratamentos são temporários, pois as substâncias são absorvidas pelo organismo. A duração da toxina botulínica é de cerca de seis meses e do ácido hialurônico é em média de 12 meses. Ela explica que a própria SBCD orienta pela não utilização de preenchimentos definitivos para rejuvenescimento porque há maior risco, exceto em indicações específicas. É o caso do tratamento da Lipodistrofia em pacientes portadores do vírus HIV, que precisam repor um volume de gordura muito grande no rosto para não serem socialmente estigmatizados. Outra técnica comumente associada é o peeling, indicado principalmente para tratar danos causados pelo sol e alterações superficiais da pele, como aparecimento de manchas e mudanças de textura. Dóris ressalta, no entanto, que o tratamento vai depender, sempre, de indicação médica. A cirurgia plástica ainda é o caminho indicado para muitos casos, como, por exemplo, excesso de pele no pescoço, nas pálpebras ou bolsa de gordura embaixo dos olhos.Produto permite ´esculpir´ o rostoUm tipo de ácido hialurônico com maior viscosidade é a mais recente aposta no ramo da dermatologia. O produto é indicado quando é necessário atuar em rugas profundas e na reposição de grandes volumes da face. ´´Pode-se dizer que os preenchimentos são um tratamento bidimensional e esse é tridimensional´´, compara Giovana Pacini, gerente de produtos da Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos. ´´Com o tempo, o rosto vai perdendo gordura, massa óssea. Com isso fica mais fino, sem volumes, aparecem áreas de sombras´´, diz, ressaltando que o produto vai complementar os outros tratamentos. ´´Ele é aplicado mais profundamente, e age como uma escultura no rosto´´, diz, explicando que o produto vai remodelar a face, corrigir depressões e repor perdas mais substanciais. A aplicação é feita com anestesia em creme ou local, semelhante à usada por dentistas, em uma ou duas sessões, dependendo do grau de envelhecimento. A duração é de 15 a 18 meses em média. (M.G.)Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR